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segunda-feira, 5 de março de 2018

Nacional vence e mantém o tabu contra o Juventus na Rua Javari

Texto e fotos: Fernando Martinez


Por nunca terem sido grandes rivais, chamar o duelo entre Juventus e Nacional de clássico talvez seja meio forçado, mas é fato que um confronto com tanta história merece um lugar de destaque nos nossos corações. No domingo cedo aconteceu o primeiro "Juvenal" de 2018 no Estádio Conde Rodolfo Crespi, valendo pelo Campeonato Paulista da Série A2.

Desde 2005 os dois não se enfrentavam pela segunda divisão estadual. Na época, o Juventus estava numa maré muito melhor e não foi derrotado nas duas pelejas disputadas: 0x0 no Nicolau Alayon, a partida que levou o JP até as páginas da revista Placar, e um 4x2 na Javari que terminou com pancadaria.

O Nacional foi parar na última divisão em 2010 e somente em 2015 o confronto voltou a ser realizado com frequência. A partir daí o onze ferroviário não sofreu nenhuma derrota. Aliás o momento atual é o melhor período do time da Água Branca contra o Moleque Travesso na história: cinco jogos com três triunfos e dois empates. Nunca o Nacional ficou tanto tempo invicto contra o Juve.


Clube Atlético Juventus - São Paulo/SP


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Os capitães dos times junto com o árbitro José Cláudio Rocha Filho, os assistentes Mauro André de Freitas e Osvaldo Apipe Filho e o quarto árbitro Willer Fulgêncio Santos


Encontro dos dois campeões da Série A2 2017 no gramado da Rua Javari: Tuca Guimarães e Alex Alves 

Graças à bela performance até então na A2, a equipe da Água Branca era favorito aos três pontos contra um Juventus que luta apenas para não ser rebaixado. Um dos destaques da partida ficou nos bancos de reservas com a presença de Tuca Guimarães e Alex Alves, os dois campeões da A3 de 2017. O atual técnico grená dirigiu o Naça nas treze primeiras rodadas da campanha vitoriosa e depois Tuca entrou em seu lugar.

Mais uma vez a Rua Javari recebeu um público alto e a grande massa local até que se animou - com moderação - com a atuação grená. O Nacional foi ao gramado com uma postura bem defensiva e chamou o Juventus pro seu campo. Os atletas locais ficaram a maior parte do tempo com a bola nos pés, mas não souberam o que fazer com ela. Chance de gol real só uma, com João Victor.

O onze visitante jogava na boa e apostava na estrela dos artilheiros Bruno Nunes e Bruno Xavier. Foi numa saída errada da zaga do Moleque, isso com o relógio mostrando 44 minutos, que o primeiro avançou dentro da área, tirou de André Dias e tocou para abrir o marcador. Foi o quinto gol do jogador de 27 anos na atual edição do certame.


Disputa de bola dentro da área do Juventus


Bola lançada na esquerda do ataque do Nacional




O gol nacionalino em três tempos: Bruno Nunes tocando pro fundo da meta, saindo para comemorar e a alucinada festa da torcida visitante na Rua Javari

Com um sol fortíssimo, subi até a cabine de imprensa de Javari pro segundo tempo e dali vi o Nacional recuar ainda mais durante os 45 minutos finais. No primeiro lance, o Juventus teve a chance de mudar sua sorte quando Jean Carlos foi derrubado dentro da área. Ele mesmo cobrou o pênalti, porém tirou demais do goleiro Maurício e mandou pra fora.

A pressão local foi enorme e a torcida nacionalina sofreu durante todo o tempo. Por sorte, a qualidade das finalizações juventinas foi muito ruim, e provavelmente os comandados de Alex Alves poderiam estar em campo até agora que dificilmente o empate teria saído. Resumindo: nada de novo no front grená.


Jean Carlos chutou um pênalti pra fora no começo do tempo final e jogou no lixo a maior chance juventina na partida


Aquela marcação firme de um defensor grená no tempo final


Uma das boas chegadas do Nacional dentro da área visitante no segundo tempo


A zaga visitante afastando o perigo

O placar final de Juventus 0-1 Nacional colocou os ferroviários na porta do G4 agora com 17 pontos ganhos, dois abaixo de Guarani, Sertãozinho e Penapolense. Os grenás estão fora do Z2 com nove pontos, um acima da Portuguesa e dois do Água Santa. Além de tudo isso, o Naça manteve o tabu de não ter perdido pro rival desde que saiu da Segundona.

A sessão vespertina do domingo teve outro clássico na pauta, esse com rivais de verdade e marcando minha volta a um jogo entre os quatro grandes do estado depois de 24 anos.

Até lá!

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