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segunda-feira, 31 de julho de 2017

São Paulo vence o Rio Branco com virada nos minutos finais

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando o final de semana com matérias na sexta, sábado e domingo, fui ao Morumbi pela primeira vez na edição atual da Copa Paulista para o confronto do São Paulo FC com o Rio Branco de Americana. A peleja foi válida pela sexta rodada do Grupo 2 da competição. Legal demais poder fazer meu primeiro jogo ali dentro de campo sob a luz do dia. Depois de tantas idas na arquibancada, foi minha estreia em coberturas iluminadas na casa do Tricolor.


São Paulo Futebol Clube - São Paulo/SP


Rio Branco Esporte Clube - Americana/SP


Os capitães dos times, o árbitro Marcos Silva Gonçalves, os assistentes Enderson Emanoel da Silva e Robson Ferreira Oliveira e o quarto árbitro Leônidas Sanches Ferreira

O time sub-23 do São Paulo não começou a Copa fazendo boa campanha. Nos quatro compromissos realizados, apenas uma vitórias, dois empates e uma derrota. O Tigre de Americana estava ainda pior e não tinha vencido: três empates e um revés. A esperança da maior parte dos 144 presentes era de que o onze paulistano pudesse confirmar o favoritismo por atuar dentro de casa. Aliás, ver uma partida de futebol num Morumbi vazio é algo simplesmente genial.

No tempo inicial resolvi ficar acompanhando o ataque local numa providencial sombra, já que fazia muito calor. A primeira boa chance foi do Tricolor aos três minutos, quando Bissoli aproveitou uma cobrança de escanteio pela direita e cabeceou na trave. Aos 10, o mesmo Bissoli teve a chance de finalizar, mas a zaga travou no último momento. Após essa chance, o ritmo caiu e nada mais vimos até o intervalo chegar.


Investida são-paulina pela esquerda no começo da partida


Tímida chegada do Rio Branco em bola alçada na área


Troca de passes no ataque local


Jogador do São Paulo não deixando a bola sair pela linha de fundo

No segundo tempo desisti de fritar dentro de campo e fui até o anel central do Morumbi. O Rio Branco voltou muito melhor e criou seus primeiros momentos de perigo. Aos 19, Victor Hugo roubou a bola no meio de campo, avançou por todo o campo de defesa e chutou forte, obrigando o goleiro Lucas Paes a fazer ótima intervenção.

Com o tempo, o São Paulo tentou impor uma pressão, só que deixava muitos espaços na defesa. Num contra-ataque aos 32 minutos, o Rio Branco abriu o marcador. Frank acertou um belíssimo tiro da entrada da área e colocou os visitantes em vantagem. A pequena e animada torcida do Tigre que estava no estádio comemorou bastante o tento.

Na base do abafa o Tricolor se mandou em busca de pelo menos uma igualdade porém conseguiu muito mais. Aos 41 minutos, Heron se aproveitou de sobra dentro da área e chutou firme, sem chance pro camisa 1 Neto. Na saída de bola, os atletas são-paulinos roubaram a pelota e ela foi lançada na lateral. Depois de cruzamento certeiro na área, Bisolli apareceu no meio dos zagueiros para cabecear e virar o marcador de forma inacreditável.


No tempo final, o São Paulo voltou sendo pressionado pelo time de Americana e pouco chegou


O Tigre foi bastante perigoso durante boa parte dos 45 minutos finais


Ótima oportunidade de gol desperdiçada pelo ataque paulistano


Detalhe do gol de empate de Heron aos 41 do segundo tempo

O resultado final de São Paulo 2-1 Rio Branco foi merecido por conta da blitz ofensiva imposta pelos locais nos últimos minutos. Triste para a torcida americanense que foi ao Morumbi pois a vitória era algo totalmente plausível. Na próxima rodada o Tigre enfrentará a Inter de Limeira num clássico regional e o escrete da capital bandeirante visitará o Taboão da Serra.

Da minha parte, saí da casa do Tricolor e voltei ao QG no Bom Retiro - que será desativado muito em breve - para continuar o empacotamento das minhas coisas. Em alguns dias pegarei a estrada com destino ao litoral sul do estado. Antes da mudança tenho alguns bons jogos no cronograma. Na terça-feira vai rolar uma sessão perdidaça no Canindé pelo sub-20 e com certeza estarei presente.

Até lá!

© 2018

Futebol ruim no Primeiro de Maio e Zequinha nas quartas da D

Texto e fotos: Fernando Martinez


Menos de 24 horas depois de sair de São Bernardo do Campo, retornei à cidade do ABC para um duelo decisivo pelo Campeonato Brasileiro da Série D. No belo Estádio Primeiro de Maio, São Bernardo FC e o genial São José de Porto Alegre decidiram qual dos dois iria para as quartas-de-final do certame.

Desde 11 de outubro de 1998 o Zequinha não jogava na Grande São Paulo (vitória de 2x1 do São Caetano no quadrangular final da Série C daquele ano). Tudo bem que já tinha visto a equipe profissional do São José duas vezes na sua cidade de origem - em 2003 contra o Veranópolis e em 2007 contra o Brasil de Pelotas - mas mesmo assim a minha presença era obrigatória.


São Bernardo FCL - São Bernardo do Campo/SP


Esporte Clube São José - Porto Alegre/RS


Capitães dos times e quarteto de arbitragem com o árbitro do Distrito Federal Savio Pereira Sampaio, os assistentes também da capital federal Luciano Benevides de Sousa e Ciro Chaban Junqueira e o quarto árbitro paulista Thiago Luiz Scarascati

O jogo de ida, realizado no Passo D'Areia, terminou sem a abertura do placar e um novo empate sem gols levaria a decisão para os pênaltis. Igualdade com gols daria a vaga pros gaúchos e vitória para qualquer lado, claro, classificaria o vencedor. Quase 4 mil pessoas foram até a Vila Euclides para essa peleja.

O colorido das camisas era absolutamente fantástico, mas pena que as duas equipes não entraram na onda da empolgação da torcida. O jogo foi muito abaixo do esperado e com pouquíssimas emoções no decorrer dos 90 minutos. No tempo inicial duas chances bem meia boca do time visitante, nenhuma delas com perigo suficiente para assustar o povo que cozinhava debaixo do forte sol.

Sem brincadeira, o primeiro tempo parece que durou 152 minutos tamanha foi a inoperância dos atletas. Foi de longe uma das piores metades de partida que vi em 2017. No segundo até parecia que a situação iria melhorar e no primeiro lance o São José quase abre o marcador em finalização de Clayton que bateu na trave... porém foi só.


Bola passeando pela área do Tigre no começo da partida


São José saindo para o ataque


O camisa 9 Alvinho colocando a cabeça na pelota no meio de campo


A apresentação do tiozinho malabarista no intervalo foi o que de melhor aconteceu no gramado do Primeiro de Maio na tarde de sábado

O Tigre ficou quase todo o tempo com a bola nos pés, porém em nenhum momento soube o que fazer com ela. Foi complicado ver tantos ataques sucessivos sendo desperdiçados um a um. O resultado final não poderia ser outro: um óbvio 0x0 que levou a decisão da vaga para a marca de cal.

Nas três primeiras cobranças dos clubes, 100% de aproveitamento. Pelo São Bernardo FC marcaram Esquerdinha, Edvan e Guilherme Noé e pelo São José Fábio, Dudu Mandai e Rafinha. Lucas Lino bateu o quarto pênalti para o Tigre e a pelota bateu na trave. Éverton Alemão colocou os visitantes na frente logo em seguida. Dogão foi para a quinta cobrança local e também mandou na trave, classificando o Zequinha para as quartas.


Ataque do Tigre pela esquerda


Escanteio a favor do São Bernardo FC com a zaga do Zequinha mostrando serviço


Atleta do São José se esticando todo para fazer o corte

Fim de jogo: São Bernardo FC 0 (3) - 0 (4) São José/RS. Agora o onze gaúcho vai enfrentar o Atlético Acreano em busca de uma vaga na Série C de 2018. Aliás, só vai ter time legal subindo para a terceirona na próxima temporada. Mesmo sem times de perto atuando, estaremos de olho na próxima fase.



Éverton Alemão convertendo o quarto penal pro São José e logo em seguida Dogão mandando na trave


A alucinada comemoração dos atletas gaúchos com a classificação para as quartas da Série D

Fechei a jornada futebolística do final de semana na manhã do domingo com um daqueles jogos perdidos geniais no Morumbi, na primeira vez que pisei no gramado da casa são-paulina para um jogo de futebol com a luz do dia.

Até lá!

domingo, 30 de julho de 2017

No finalzinho, Bernô derrota o VOCEM e vira líder isolado

Texto e fotos: Fernando Martinez


A jornada futebolística do final de semana começou na tarde de sexta-feira com um duelo genial no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O confronto inédito entre São Bernardo e VOCEM, válido pela terceira rodada do Grupo 7 do certame, era nada menos do que o encontro dos líderes da chave após as duas rodadas iniciais.

A partida estava marcada para as 20 horas, mas a FPF interditou a iluminação do Baetão dois dias antes da peleja, alegando falta de condições mínimas para jogos noturnos ali. A denúncia partiu do Osvaldo Cruz, clube derrotado no mesmo estádio no domingo anterior.

Já falamos sobre a péssima iluminação do local há muito tempo, e antes do apito inicial pude saber mais detalhes do que acontece ali. O problema não é apenas dos refletores em si, e sim de todo o sistema elétrico. As lâmpadas foram trocadas em 2015 e também no começo desse ano, porém em poucos dias várias queimaram em virtude de curtos-circuitos.

Um especialista foi chamado e ele verificou que todo o sistema está comprometido. O solução cabe em arrancar fiação (detalhe: ela é toda subterrânea), postes e afins e começar tudo do zero. O problema é que o custo ficaria entre 300 e 400 mil reais (!). Agora resta saber se a prefeitura de São Bernardo do Campo estará disposta a tirar a mão do bolso e bancar essa pequena revolução.

Se muitos se viram prejudicados com a mudança do horário, pra mim foi até melhor, já que tirar foto de noite ali é um sofrimento. E se o enorme quórum de amigos não conseguiu aparecer em virtude de ser um dia útil, tive apenas a companhia do Emerson durante os 90 minutos. 


Esporte Clube São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP


VOCEM - Assis/SP


O árbitro Lucas Canetto Bellote e os assistentes Ítalo Magno Andrade e Rodrigo Meirelles Bernardo ao lado dos capitães dos times

Os dois times vinham de vitórias na rodada anterior. O Bernô derrotou o Osvaldo Cruz por 2x0 enquanto o time assisense venceu a Francana pela contagem mínima. O São Bernardo esperava fazer valer o fator campo pensando em se isolar na liderança do grupo.

Só que diferente do que vimos domingo, dessa vez a apresentação local não foi tão boa. O VOCEM começou mais inspirado e durante a primeira metade do tempo inicial foi melhor em campo. Melhor, mas sem conseguir produzir chances claras de gol, já que as finalizações não eram das melhores.

O onze local foi só passar do meio-campo depois dos trinta minutos e acabou tendo a maior oportunidade para inaugurar o marcador aos 38 num chutaço de longe que tocou a trave de Neto Bonini. Foi com o marcador em branco que o primeiro tempo se encerrou e eu esperava que os respectivos treinadores arrumassem a casa nos vestiários.


Romário, camisa 9 do Bernô, tentando se livrar da marcação adversária


Cobrança de falta pela direita no ataque local


Atleta do VOCEM iniciando ataque


Interceptação de defensor do onze visitante em chegada do Bernô

A esperança era uma, pena que a realidade foi outra. Os últimos 45 minutos se arrastaram e a ação ficou concentrada no meio de campo. Os times embolaram demais o jogo e praticamente não teve um lance de perigo digno de registro. Conforme o tempo foi passando a sensação era que o placar não seria alterado.

Acabou sobrando para Felipinho, o artilheiro da competição, a missão de resolver a partida no finalzinho. Eram decorridos 41 minutos quando ele recebeu um passe pela direita e tentou tocar pro meio da área. No meio do caminho a pelota bateu em Hugo e foi morrer no fundo das redes.

Atrás no placar, o VOCEM se lançou ao ataque naquele desespero de causa em busca do empate, porém deixou um espaço monstro no seu campo defensivo. O Bernô teve o contra-ataque à sua disposição, e num deles aos 46 minutos Felipinho completou de cabeça um cruzamento da esquerda e fez seu 12º gol na Segundona.


Boa saída do goleiro local em cruzamento dos visitantes


Felipinho levantando a pelota na área do VOCEM


Ataque desesperado do onze bordô em busca do seu gol

O placar final de São Bernardo 2-0 VOCEM marcou a segunda vitória do Bernô na segunda fase do certame. O time agora é líder isolado do Grupo 7 com sete pontos ganhos, três à frente do Esquadrão da Fé e da Francana. Na próxima rodada, a tabela se inverte e os rapazes do ABC visitam o clube bordô e branco.

Voltei pra casa na base na hora do rush com direito a trólebus quebrado e um aperto monstro no metrô... ossos do ofício. Menos de 24 horas depois voltei ao ABC para uma decisão na Série D do Brasileiro.

Até lá!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Sem problemas, Corinthians derrota o Patriotas/COL na Arena

Texto e fotos: Fernando Martinez


Agora é certo: muito em breve deixarei a capital paulista rumo ao litoral. Enquanto ainda tenho tempo, na noite de quarta-feira fui até a Arena Corinthians para colocar mais um time na Lista, o 663º. O embaladíssimo Corinthians recebeu o genial e insólito Patriotas da Colômbia em busca de uma vaga nas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. No duelo de ida, disputado na cidade de Tunja, empate por 1x1.

O Patriotas Boyacá S. A. foi fundado em 2003 e chegou à primeira divisão colombiana em 2012. Apesar de não terem conquistado nenhum título até hoje, eles vem desempenhando um papel intermediário no futebol de seu país e se mantém desde então na elite. A participação nessa Sul-Americana marca a primeira vez que a equipe disputa uma competição internacional. Na fase inicial, eles eliminaram o favorito Everton do Chile nos pênaltis.


Times perfilados para a execução do Hino Nacional

Já o Corinthians está em estado de graça. Invicto há 30 jogos, caso o onze de Parque São Jorge não saísse de campo derrotado igualaria a sua terceira maior série invicta em todos os tempos. A maior de todas é a surreal sequência de 37 compromissos sem perder obtida em 1957. Do jeito que estão jogando, não dá para duvidar que será quebrada. Na fase inicial da Sul-Americana, dois triunfos contra o Universidad do Chile.

O retrospecto era todo favorável ao escrete paulista. Em sete confrontos contra colombianos como mandante por certames do continente, seis triunfos e um empate (o fatídico 0x0 contra o Tolima em 2011). Já no histórico dessa competição, oito jogos em casa com três vitórias, três empates e duas derrotas, ambas contra brasileiros. Mesmo atuando com alguns reservas, nada indicava que o Patriotas poderia aprontar.

Quando a bola rolou, nenhuma surpresa. O domínio alvinegro foi claro e evidente durante a maior parte do tempo. Não que os atletas tenham feito uma apresentação incrível, bem longe disso, porém fizeram o necessário para garantirem sem sustos a classificação. O time criou dois bons momentos aos 14 e aos 19 minutos, mas abriu o marcador somente aos 26 com o zagueiro Balbuena. Maycon cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro surgiu entre os defensores, cabeceando firme no canto baixo de Villete.

No tempo final, sabendo que precisava de gols, os colombianos tentaram esboçar uma pressão e até que foram bem. Só que o paraguaio Balbuena foi melhor e neutralizou tranquilamente as investidas visitantes. O Timão voltou a assustar aos 22 com um tiro de Maycon. A peleja foi seguindo com a vantagem mínima local até que Pedrinho, xodó da torcida, fez um belo gol de cobertura aos 45 e fechou o placar.


Bola passando na frente do ataque corintiano


Detalhe do primeiro gol do Corinthians, marcado de cabeça pelo zagueiro Balbuena


Troca de passes no ataque local no segundo tempo


Bola zanzando dentro da área do Patriotas em lance do tempo final

O resultado de Corinthians 2-0 Patriotas/COL colocou os mosqueteiros nas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana 2017. O adversário agora sairá do confronto entre Racing/ARG e Independiente Medelín/COL. Os comandados de Fábio Carille seguem firmes e fortes nas duas frentes que disputam agora empatados na terceira maior série invicta da história. Será que rola quebrar o recorde de 60 anos atrás?

Da minha parte, a ideia é retornar aos gramados já na sexta-feira com mais um joguinho da Segundona Paulista. Como logo mais não serei mais um morador da cidade de São Paulo, me resta aproveitar até o último segundo possível.

Até lá!

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terça-feira, 25 de julho de 2017

Bernô joga bem e vence fácil o Osvaldo Cruz no Baetão

Texto e fotos: Fernando Martinez


Pela segunda rodada da segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a Boate Baetão foi palco do genial duelo entre EC São Bernardo e Osvaldo Cruz. O jogo por si só já seria genial, mas deixando o lance ainda mais doido, a peleja foi marcada para a noite do domingo, um horário bastante incomum quando falamos sobre a última divisão estadual.

Na primeira fase o Osvaldo Cruz se classificou na quarta posição do Grupo 1, enquanto o Bernô foi segundo do Grupo 3. Na estreia, o onze do ABC empatou sem gols contra a Francana fora de casa e o Azulão também ficou no zero, só que contra o VOCEM. Nesse complicado Grupo 7, fazer valer o fator casa é essencial e o alvinegro da Grande São Paulo queria se aproveitar disso. Agora, vale registrar que é legal demais ver o Bernô com uma equipe competitiva e com chance de acesso. Não será fácil, porém a chance é real.


Esporte Clube São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP


Osvaldo Cruz Futebol Clube - Osvaldo Cruz/SP


O quarteto de arbitragem da peleja teve o árbitro Kleber Canto dos Santos, os assistentes Fernando Luis Raveli e Cosme Tavares dos Santos e o quarto árbitro Alex Lopes Loula. Na foto, também os capitães das duas agremiações

Um quórum altíssimo de amigos e colegas foram ao escuro estádio para acompanhar esse encontro. No total, 526 pessoas - um ótimo público - pagaram ingresso e assistiram uma das melhores atuações do EC São Bernardo nessa edição da Segundona. Os donos da casa fizeram uma partida segura desde os primeiros momentos e não deram o menor espaço do Osvaldo Cruz. Os interioranos não viram a cor da bola durante os 90 minutos.

O Bernô foi responsável por vários bons momentos, só que o gol só foi sair aos 39 minutos com o camisa 11 Erik chutando forte na direita do ataque. Antes disso, registre-se, que os locais até pênalti perderam. Em outros tempos, um lance assim deixaria todos desesperados, mas com o elenco ajustado como está, acabou servindo como uma motivação a mais.

No tempo final, a boa qualidade ofensiva foi premiada com o gol de cabeça de Alan aos nove minutos. No afã de buscar melhor sorte, o Azulão deixou enormes espaços no seu setor defensivo e só não sofreram mais gols pois o toque final dos donos da casa foi falho. Sem exagero nenhum, a vitória poderia ter tido diferença de quatro ou cinco gols na boa.

O que complicou mesmo foi a ridícula iluminação do velho estádio de São Bernardo do Campo. Com menos da metade dos refletores acesos, foi um martírio tentar captar imagens ali, e a rapaziada visitante sofreu com o breu. Passou da hora da prefeitura da cidade arrumar a casa de uma vez. Não é possível cuidarem tão bem do Primeiro de Maio e deixaram o Baetão abandonado.


Jogador do Bernô flutuando dentro da área do Osvaldo Cruz


Pênalti perdido pelo EC São Bernardo quando a partida ainda estava 0x0


Erik chutando para abrir o marcador na Boate Baetão


No tempo final, o Bernô poderia ter aplicado uma enorme goleada tamanho o número de chances criadas



Detalhe do segundo gol do onze do ABC e a comemoração dos jogadores

O placar final de EC São Bernardo 2-0 Osvaldo Cruz colocou os comandados de Ricardo Costa na liderança da chave com quatro pontos e dois gols de saldo. O vice-líder é o VOCEM, que derrotou a Francana em Assis pela contagem mínima. Na sexta-feira à noite teremos o genial duelo entre os dois líderes, também na Boate Baetão. Duelo absolutamente imperdível e com gosto daquelas Intermediárias dos anos 80.

Foi isso. Em meio ao completo desconhecimento em relação ao meu futuro na capital paulista, na quarta-feira darei um tempo nas preocupações para colocar um time novo e totalmente genial na Lista.

Até lá!

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Nacional vai mal e perde a primeira na Copa Paulista

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na manhã do sábado, a agenda futebolística marcou um daqueles confrontos bem legais que não vemos a todo momento. No quente Estádio Nicolau Alayon, o Nacional recebeu o Santos em encontro da quinta rodada da fase inicial da Copa Paulista. Não é "Santos B", é Santos e ponto final. Sabemos que não é o elenco principal, mas não tem problema. Ver o onze ferroviário pegar o Peixe é algo que merece uma atenção especial.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Santos Futebol Clube - Santos/SP


Os capitães dos times posam para as lentes do JP junto com o árbitro Daniel Bernardes Serrano, os assistentes Fernando Afonso de Melo e Renata Ruel de Brito e o quarto árbitro Leônidas Sanches Ferreira

Os paulistanos ainda estavam invictos e eram super favoritos nesse duelo contra o alvinegro de Vila Belmiro. Nas quatro rodadas, o Naça empatou os dois primeiros confrontos (um deles o 0x0 contra a Portuguesa na Comendador Souza), depois goleou a Portuguesa Santista por 5x0 e derrotou o Juventus fora de casa por 2x1. Como Peixe estava com apenas um ponto, todos em sã consciência acreditavam que novo triunfo paulistano era questão de tempo. É, só que dentro de campo a expectativa não foi confirmada em nenhum momento.

O primeiro tempo foi muito fraco e bastante truncado. O Santos teve mais tempo a bola nos pés, mas nada fez. O Nacional criou pouco e apenas duas vezes levou relativo perigo à meta do goleiro Gabriel. Relativo, pois no frigir dos ovos não foi nada digno de registro. A partida se arrastou e o que valeu, como sempre, foi o papo com a rapaziada amiga que estava presente. Nesse cenário, era praticamente certo que o intervalo chegaria com o marcador em branco.

É, só que para a surpresa geral, o Santos abriu o marcador aos 44 minutos num enorme vacilo da zaga local. Rodolfo foi mais ligeiro do que todos os defensores e fez o primeiro visitante. Sem ânimo de continuar fritando no forte sol, fui para a parte coberta e dali vi o segundo tempo. O Nacional voltou mais ligado, apostando na pressão total pata buscar o empate.


Domínio nacionalino no meio de campo sob a marcação santista


Bruno Xavier matando a bola dentro da área visitante


Camisa 6 do Peixe fazendo o corte em ataque local

Decorridos sete minutos o artilheiro Bruno Xavier surgiu como o salvador nacionalino. Ele recebeu bom passe no bico da área aos sete minutos e chutou cruzado. Gabriel Gasparotto até se esticou, porém não conseguiu fazer a defesa. Com o 1x1, imaginávamos que os locais continuariam pressionando na busca pela virada. No papel a ideia era boa, na prática tudo deu errado aos 14. Em mais um vacilo monstro dos zagueiros ferroviários, Patrick se aproveitou de um cruzamento de Felipe Rodrigues e fez o segundo.

O Naça sentiu o tento e apesar de tentar uma nova igualdade, tudo ficou apenas no "quase". Aos 34 minutos Diogo, camisa 10 praiano, foi expulso, deixando os locais com um a mais. Rolou aquela pressão na base do abafa e por pouco o empate não saiu em lance perigoso de Rodrigo. No fim, o Santos conseguiu se segurar e conquistou uma importante vitória.


Patrick, camisa 3 do Santos, cobrando falta dentro da área do Nacional


Bruno Xavier comemorando o gol de empate do escrete ferroviário


Confusão que terminou com a expulsão de Diogo, camisa 10 do Santos


Boa chegada do Nacional pela direita... mas no fim, o time perdeu pela primeira vez na Copa Paulista

O placar final de Nacional 1-2 Santos quebrou duas invencibilidades: foi a primeira derrota ferroviária e o primeiro triunfo dos meninos do Peixe na Copa Paulista. Ninguém esperava esse revés e agora a palavra de ordem é reabilitação no difícil compromisso contra o São Caetano no próximo final de semana. O alvinegro receberá o Juventus na Vila Belmiro.

Essa foi a única peleja que cobri no sábado. Já no domingo teve uma genial rodada noturna na Boate Baetão pelas quartas-de-final da Segundona Paulista.

Até lá!

© 2018