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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Começa a 48ª Copa São Paulo de Futebol Júnior 2017

Texto e fotos: Fernando Martinez


O ano de 2017 começou e com ele se inicia a 13ª temporada do Jogos Perdidos. E assim como aconteceu em 2001, 2006, 2009 e 2015, assisti a primeira (e segunda) partida do ano no Estádio Prefeito José Liberatti em Osasco, sede do Grupo 27 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Abrindo a rodada, o confronto entre Grêmio Osasco e Interporto do Tocantins.

Não foi fácil virar a página e manter a chama do blog ainda viva, mas cá estamos nós. Já faziam 60 dias que eu estava longe dos gramados - meu último jogo foi o São Caetano 0x0 Ferroviária em 5 de novembro do ano passado - e foi muito gratificante estar de volta. Sem time novo na partida de abertura (vi o Interporto em 2002, também pela Copinha, na cidade de Sorocaba), o jogo serviu muito para eu sentir esse clima que curto tanto novamente.


Grêmio Esportivo Osasco Ltda. (sub-20) - Osasco/SP


Interporto Futebol Clube (sub-20) - Porto Nacional/TO


Capitães dos times e quarteto de arbitragem

Consegui injeções de ânimo em várias frentes, só que não da FPF. Depois de uma primeira fase simplesmente ridícula na temporada passada, nada mudou em 2017. Vários times percorrem o país para disputarem três jogos em cinco dias e então pegarem o caminho de volta. Não é possível que alguém ache isso normal. 

Para quem não sabe, de 1972 a 1975 a Copinha tinha uma fase preliminar realizada de outubro a novembro do ano anterior e os melhores times se classificavam para a fase final do torneio em janeiro do ano seguinte. É justamente o retorno desse formato que defendo, usando o morto mês de dezembro.

Dava fácil para montar uma grande primeira fase durante o último mês do ano, preenchendo a grade de programação das televisões, dando mais visibilidade aos atletas com uma tabela decente com jogos mais espaçados e não deixando o torcedor "órfão" no mês das festas. Os melhores disputariam uma fase final em janeiro contra equipes já pré-classificadas, também com um cronograma de pelejas muito mais racional.

Ainda tenho a esperança que a FPF logo se toque que a Copinha merece um novo formato. Novas propostas podem e devem surgir, porém quem realmente conhece a realidade da maioria dos clubes participantes - não a "mídia especializada" que trata os times pequenos com descaso e quer mesmo uma Copa São Paulo só com 16 ou 20 times - sabe que o formato é ridículo.

Dito tudo isso, vamos ao jogo. Contei com a sorte de não estar aquele calor desumano nem de ter caído o mundo, já que o Rochdale, bairro aonde o estádio está localizado, é um tradicional ponto de enchentes. Nessa partida tive a companhia dentro de campo do Luis Pires, um dos fundadores do GEO e um dos vários amigos que diz nesses anos todos de blog.

Disputando sua sexta Copinha, o Grêmio fez uma estreia tranquila e sem sofrer praticamente nenhum susto durante os 90 minutos. O Interporto, hoje na sua quarta participação, fez uma apresentação bastante digna, mas sem oferecer nenhuma resistência aos donos da casa. A única chance do time visitante foi no primeiro tempo, e mesmo assim sem tanto perigo.

Aos onze minutos Pablo inaugurou o marcador com um gol de cabeça após de cobrança de falta e bola levantada na área pela esquerda. O que se viu nos trinta minutos seguintes foi um rol de oportunidades desperdiçadas pelos atacantes osasquenses, várias delas por causa de certo preciosismo com muita firula desnecessária.

Antes do término do tempo inicial Fábio consertou um pouco as coisas e marcou o segundo. Ele recebeu bom passe em profundidade, entrou na área e tocou na saída do goleiro tocantinense. Se o 2x0 não era o marcador ideal, pelo menos dava certa tranquilidade para o segundo tempo.


Aquela disputa de bola marota no meio-campo


Momento em que Pablo tocava de cabeça para abrir o marcador no Liberatti


O camisa 4 Alyson desperdiçando boa chance local


Detalhe do segundo gol do GEO, marcado por Fábio

O tempo final começou com o GEO ainda com os mesmos problemas crônicos nas finalizações. Aos 21, finalmente saiu o terceiro com o camisa 11 Yuri. Esse gol e a completa apatia ofensiva do Interporto acalmaram os atacantes locais, que ampliaram a goleada com Pablo aos 27 e Fábio aos 36.

O placar final de Grêmio Osasco 5-0 Interporto deixa claro a enorme diferença técnica das duas equipes, e caso os atacantes do onze local tivessem sido mais objetivos, a vitória poderia ter sido ainda maior. De qualquer forma, foi uma bela estreia do time paulista. Já o time de Porto Nacional completou dez jogos sem nenhuma vitória na história do certame.


O segundo tempo começou com o Grêmio Osasco ainda perdendo muitos gols


Yuri tenta pelo alto no finalzinho da peleja na Grande São Paulo

Como o quarteto de arbitragem da preliminar era o mesmo do jogo de fundo, esperamos bastante até o apito inicial ser dado. O duelo que fechou a rodada teve o segundo maior campeão da Copinha contra um time capixaba que ainda não fazia parte da Lista.

Até lá!

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