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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Monte Azul faz boa estreia e vence o São José FC no Vale

Texto e fotos: Fernando Martinez


Tinha planos de fazer uma rodada dupla no domingo, mas no final das contas desisti da jornada matutina e fiquei apenas com a rodada da tarde. Peguei a estrada pela primeira vez no Campeonato Paulista da Série A3 e fui ao Estádio Martins Pereira para o confronto do São José dos Campos FC contra o Monte Azul, times 3 e 4 do Projeto 40, pela rodada de abertura do certame.

Diferente do ano passado, quando deixei as viagens para o final do projeto e me quebrei de tanto cansaço, dessa vez pretendo fazer diferente e espalhar as idas ao interior ao longo dos quase três meses de primeira fase da A2 e A3. Um erro claro de logística, basta ver que de 2013 a 2016 minhas idas a São José dos Campos aconteceram entre o final de março e começo de abril. Em 2017 não vacilarei mais nesse sentido.


São José dos Campos Futebol Clube - São José dos Campos/SP


Atlético Monte Azul - Monte Azul Paulista/SP


Quarteto de arbitragem composto pelo árbitro Luiz Carlos Júnior, os assistentes Ricardo Ferreira da Cruz e Diogo Cruz Freire e o quarto árbitro Thiago Lourenço de Mattos junto com os capitães dos times

Fui até a capital do Vale com a presença do Ricardo Pucci, cada vez mais inserido no mundo dos jogos perdidos e das camisas de futebol que tanto nos levam à falência. Chegamos na cidade de boa e sob um forte calor, algo característico da região. Não demorou para que já estivesse no gramado devidamente credenciado.

Como acontece em toda estreia, não sabia muito o que esperar das equipes, então fui como de praxe acompanhar o ataque do onze local. O São José FC, com sua nova e belíssima camisa, começou tentando se impor, mas nada que assustasse o goleiro João Guilherme. O Monte Azul aos poucos foi equilibrando as ações e passou a colocar as manguinhas de fora.

O time teve uma, duas, três boas chances desperdiçadas, só que uma hora não teve como o time joseense segurar a onda. Eram decorridos 31 minutos quando o ataque visitante conseguiu emplacar uma boa troca de passes que terminou com o chutaço de Mateus Borges no canto esquerdo de Luan.


Ataque do Monte Azul pela direita no começo do jogo contra o São José FC


Zaga joseense tentando neutralizar ofensiva visitante


O camisa 8 Renato Peixe pouco conseguiu mostrar durante os 90 minutos


João Guilherme se jogando para fazer a defesa

Se a torcida já não estava muito paciente no 0x0, imaginem como ficou com o gol do Monte Azul. Nem a blitz do São José FC nos minutos finais (sem sucesso, fica o registro) acalmou a rapaziada presente nas arquibancadas do Martins Pereira. Eu, vencido pelo sol, fui curtir o segundo tempo na sombra.

O técnico Paulo Campos também não curtiu muito a apresentação local e pegou pesado com os atletas nos vestiários. A dura deu resultado e a equipe voltou outra no tempo final. Logo nos primeiros minutos o pessoal reclamou bastante de um suposto toque na mão de um zagueiro do Azulão dentro da área, só que o árbitro nada marcou. De onde eu estava, fiquei também com a impressão de pênalti.

O time visitante se encolheu todo no campo de defesa e chamou o Tigre para atacar à vontade. A melhor chance ficou por conta de um chute estranho de Mateus Teixeira que terminou com o goleiro João Guilherme mandando pela linha de fundo com dificuldade. Lucas Batista também tentou em chute de longe, porém infelizmente o dia não era mesmo dos donos da casa.


Chance de perigo do São José FC com Mateus Teixeira chutando e João Guilherme fazendo complicada intervenção


Zaga cortando ataque dos donos da casa


O Tigre tentou o empate até o último momento, mas não foi capaz de evitar a derrota

No fim, o placar final de São José dos Campos FC 0-1 Monte Azul premiou quem colocou a bola na rede e conseguiu se segurar bem na defesa, levando preciosos três pontos para casa. A estreia ruim não fez com que os joseenses deixem de sonhar alto, principalmente pelo futebol mostrado nos últimos 45 minutos.

Saindo do estádio fomos até a rodoviária sem pressa e com tempo de fazer uma merecida boquinha no local. Cerca de duas horas depois do apito final, já estávamos novamente na capital paulista. Da minha parte, o futebol voltou a ser assunto na quarta-feira, com minha primeira incursão na Série A2 em 2017.

Até lá!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O genial Kenitra do Marrocos em amistoso no Pacaembu

Texto e fotos: Fernando Martinez


Não, não foi jogo perdido, mas é fato que todo mundo que curte um toque de alternatividade futebolística tinha que estar no Estádio Paulo Machado de Carvalho no último sábado. Não pela primeira apresentação do Santos na atual temporada, e sim pelo adversário do alvinegro nesse amistoso, o glorioso Kenitra Athletic Club do Marrocos.

Assim como a grande massa que ficou sabendo desse duelo, eu não tinha a menor ideia da existência desse time africano. Pior é saber que a equipe foi fundada em 1938 e é uma das mais famosas agremiações daquele país. Bom, o fato do Kenitra estar em jejum há 36 anos não ajuda muito também, certo? De qualquer forma, o que vale é que era um time novo e agora a minha Lista conta com 649 equipes, um número que impressiona.



Times posados do Santos e do Kenitra antes do amistoso internacional no Pacaembu

Cavucando na rede vi que esse foi o primeiro confronto do Santos com um time marroquino na história. Me surpreendeu, pois imaginava que nos tempos do Pelé isso já havia acontecido. Esse também foi a peleja de número 720 do time da Vila Belmiro contra estrangeiros, cortesia dos tempos do Rei de Futebol zanzando por tudo que é canto do mundo.

Agora, antes de falar da partida, vale deixar os parabéns para quem inventou a ideia desse ter sido um amistoso de verdade e não um dos horrendos jogos-treino que infestaram o futebol. Tudo bem que tem o custo do aluguel do Pacaembu e de mais uma ou outra taxa e que ele foi organizado pensando num dos patrocinadores santistas, mas com certeza algum entrou no cofre do clube. Diferente do São Paulo, que atuou contra o Columbus Crew no domingo sem público, alguém no Santos teve uma ideia que merece ser louvada.

Os pouco mais de quinze mil presentes viram 90 minutos até que bem movimentados, muito, claro, por parte dos atletas locais, todos querendo mostrar serviço na abertura da temporada. No tempo inicial, Rodrigão abriu o placar aos 30 minutos e Vítor Bueno fez o segundo aos 34. O mesmo Vítor Bueno fez o terceiro, aos 14 do tempo final.

Aos 24 o Kenitra fez seu gol de honra através de Hamza Gatas, tento que foi aplaudido por todos no estádio. Agora, aplauso mesmo aconteceu seis minutos depois com o gol de Vladimir Hernández. Ele recebeu passe da direita, levantou a pelota e marcou o quarto do Peixe de bicicleta. Uma pequena maravilha que não vemos a todo momento.


Defensor do Kenitra fazendo lançamento para o setor ofensivo no primeiro tempo


Troca de passes no ataque marroquino no tempo inicial


A zaga santista teve pouco trabalho durante a maior parte do jogo


Chance perigosa a favor do Santos pela esquerda


Placar final do genial amistoso internacional no Paulo Machado de Carvalho

Antes da partida terminar Thiago Ribeiro fechou a fatura aos 37 minutos. O placar final de Santos 5-1 Kenitra não foi assim a oitava maravilha do mundo, porém serviu para apresentar o time de 2017 à torcida alvinegra, bater um papo com os amigos e curtir a agradável noite de sábado no palco mais legal do futebol na cidade.

Depois dessa rodada dupla bastante interessante no sábado reservei o domingo para uma peleja só com direito a uma pequena viagem ao Vale do Paraíba na sequência do Projeto 40.

Até lá!

A desastrosa estreia do Nacional na Série A3 2017

Texto e fotos: Fernando Martinez


Após vinte dias vivendo o clima da Copa São Paulo, sai de cena o futebol de base e finalmente entra em cena o futebol profissional no estado. Abri os trabalhos com a jornada inicial do sempre legal Campeonato Paulista da Série A3. E nada melhor do que começar tudo com um jogo no Estádio Nicolau Alayon. Depois de 27 anos, Nacional e Rio Branco de Americana voltaram a se enfrentar pelo estadual.

Além da peleja, também se iniciou a sexta edição do Projeto 40, nesse que é o último ano que temos 40 participantes somados na A2 e A3. Em 2012 não deu, mas desde 2013 emplaquei quatro temporadas seguidas assistindo e publicando nas páginas do blog pelo menos uma partida de cada um dos 40 clubes presentes nos dois certames. Nesse mundão virtual, o JP é o único veículo aonde todos podem ver matérias in loco de TODOS os times. Acreditem: isso não é pouco.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Rio Branco Esporte Clube - Americana/SP


Capitães dos times junto com o árbitro Willer Fulgêncio Santos, os assistentes William Rogério Turola e Hélio Antônio de Sá e o quarto árbitro Daniel Carfora Sottile

Bom, a expectativa era que o onze ferroviário fizesse uma estreia legal, claro. Só que no final das contas vi uma tarde histórica negativamente falando para os paulistanos. Não que o Rio Branco tenha mostrado uma volúpia monstruosa ou feito uma apresentação de gala, longe disso, mas os visitantes foram cirúrgicos em seus ataques e souberam aproveitar as poucas chances que tiveram.

O jogo começou meio devagar, teve um Nacional levemente superior e seguiu com poucas chances até os 19 minutos. Foi aí que o Tigre começou a mostrar suas garras. Primeiro Wellington fez boa jogada pela esquerda e chutou meio sem ângulo. O goleiro Carlão não foi capaz de fazer a defesa e viu o adversário de Americana sair na frente.

O gol sofrido desestabilizou os ferroviários e seis minutos depois um dos zagueiros locais parou um rápido ataque visitante com falta na entrada da área, quase em cima da linha. Bismaque bateu com perfeição e colocou a pelota no ângulo direito. Golaço!

O Naça batia cabeça e estava entregue em campo. Como desgraça pouca é bobagem, a zaga parou novamente com falta outro ataque visitante aos 41 minutos, mais uma vez na entrada da área. O camisa 8 Bismaque dessa vez colocou a pelota milimetricamente no canto esquerdo de Carlão num chute primoroso.


Tímido ataque nacionalino no começo do jogo contra o Rio Branco, estreia de ambos na A3 2017



Bismaque fez história e anotou dois gols de falta num espaço de 17 minutos. Primeiro colocando no ângulo direito, depois no ângulo esquerdo. Brilhante!

Não me lembro da última vez que tinha visto um mesmo atleta fazer dois gols de falta na mesma partida, já que bons cobradores de falta estão em extinção no futebol brasileiro. E foi com os 3x0 parciais a favor do Rio Branco que a peleja chegou ao intervalo. Para o tempo final restava ao Nacional pelo menos tentar diminuir um pouco o prejuízo, pois a virada estava mais na conta do milagre.

É, porém nem bem o segundo tempo havia começado e o Rio Branco fez o quarto gol. Wallace recebeu bom lançamento na direita, ganhou do defensor na corrida e tocou na saída do camisa 1. O desastre nacionalino estava consumado e os três pontos eram do Tigre.

No restante do tempo os locais se mandaram ao ataque de forma desordenada e criaram algumas boas chances para pelo menos marcarem o gol de honra. Ele acabou saindo aos 30 minutos através do camisa 11 Léo. Duas ou três oportunidades desperdiçadas depois, a tarde de horrores chegou ao fim.


Ronaldo mostrando serviço em ataque local no segundo tempo


Boa saída do goleiro do Tigre


Lance no meio de campo. Destaque para a camisa diferente do Rio Branco


Placar final de uma das piores estreias do Nacional em Paulistas em todos os tempos

O placar final de Nacional 1-4 Rio Branco marcou a pior estreia do time da Água Branca num estadual desde o longínquo ano de 1959, quando perdeu de 5x2 para o Jabaquara na rodada de abertura da primeira divisão daquele ano, a última que o Naça participou. Aliás, como curiosidade, o Data Fernando informa as piores estreias nacionalinas em estaduais em todos os tempos:
  1. 15/11/25 0x7 Touring (3ª)
  2. 09/03/41 3x6 São Paulo (1ª)
  3. 20/08/50 2x5 São Paulo (1ª)
  4. 24/05/59 2x5 Jabaquara (1ª)
  5. 28/01/17 1x4 Rio Branco (3ª)
  6. 20/06/65 0x3 Ponte Preta (2ª)
  7. 21/09/24 0x3 Éden Liberdade (3ª)
Nem bem a Série A3 começou e o Nacional pode acender o alerta amarelo para não passar perrengue no decorrer da competição. Afinal, é mais um ano aonde serão seis os rebaixados, e sem dúvida a última divisão é um lugar que o time ferroviário não pode sequer cogitar voltar.

Sem tempo para perder, saí correndo da Comendador Souza com destino ao Pacaembu para um amistoso genial com direito a time africano novo na Lista. Uma oportunidade rara demais e que não poderia ser desperdiçada de forma alguma.

Até lá!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Depois de 11 anos, Juventus volta à semi-final da Copinha

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de ficar de fora das oitavas da Copa São Paulo de Futebol Júnior, voltei a cobrir o torneio na sua etapa de quartas-de-final. O apinhado Estádio Conde Rodolfo Crespi viu o encontro entre duas gratas surpresas da competição até aqui: Juventus e Bragantino. O Moleque Travesso fazendo sua melhor campanha desde 2006 e o Massa Bruta na melhor performance desde 2001.

O onze paulistano terminou no segundo lugar do Grupo 28 com dois triunfos e uma derrota (0x2 contra o Figueirense). Nos mata-matas, três vitórias consecutivas contra Grêmio Osasco, Fluminense e Avaí e a chegada entre os oito melhores. Já o Braga foi o primeiro do Grupo 22, que também contava com o Cruzeiro, venceram o Trindade/GO na segunda fase e foi derrotado pelo onze estrelado de Minas Gerais na terceira. A vaga para as oitavas saiu por ter sido o time com melhor campanha a ser derrotado. Depois, eliminaram o Juventude, também se garantindo nas quartas.


Clube Atlético Juventus (sub-20) - São Paulo/SP


Clube Atlético Bragantino (sub-20) - Bragança Paulista/SP


Capitães dos times e trio de arbitragem

Fazia tempo que não tomava tanta chuva numa peleja. Mesmo com o dilúvio, a Rua Javari mais uma vez recebeu um enorme público e apesar de terem molhado a alma certamente não se arrependeram. Vimos um grande jogo de futebol com boas chances dos dois lados e muita emoção. No tempo inicial o Juventus foi melhor. A equipe teve mais posse de bola e mais iniciativa ofensiva. Só que o arqueiro Alyson trabalhou bem e impediu que os locais saíssem na frente.

O Braga se aventurou poucas vezes no ataque, porém a melhor chance de gol do tempo inicial foi deles. Aos 37 minutos Lucas Vinícius foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Bruno Oliveira foi para a cobrança, mas ele bateu mal e Vitor Omena fez fácil defesa. Foi com o marcador em branco que o primeiro tempo chegou ao seu final. Como não tinha nada, absolutamente nada de espaço disponível na parte coberta, tive que continuar me molhando no tempo final dentro de campo.


Jogador juventino mandando a bola pro lado esquerdo do ataque


Boa chance grená dentro da área do Bragantino


Detalhe da parte coberta da Rua Javari totalmente lotada para esse jogo das quartas-de-final


Vitor Omena salvou a pátria juventina aos 37 do primeiro tempo defendendo o pênalti de Bruno Oliveira

Os últimos 45 minutos foram mais equilibrados, transformando essa partida das quartas num daqueles verdadeiros jogos de xadrez. Os visitantes passaram a criar mais e o Juventus não deixou por menos, buscando o seu tento principalmente pelas laterais. Decorridos 18 minutos, saiu o esperado gol grená. Moicano invadiu a área pela esquerda e chutou. Lucas Vinícius salvou duas vezes em cima da linha só que, no rebote e com a pelota zanzando livre dentro da área, Cesinha surgiu para meter o pé e marcar.

Com 1x0 contra, o Braga se lançou em busca do empate e aí brilhou ainda mais o arqueiro Vitor Omena. Em pelo menos quatro lances o camisa 1 do Juventus impediu a igualdade. A melhor defesa saiu aos 44 minutos em ótima intervenção em cobrança de falta de Arthur. A torcida local já comemorava antes do apito final e, quando o árbitro apitou pela última vez, a Moóca viu mais uma grande festa nessa Copinha.


Investida do Juventus pela esquerda do ataque


Lateral do Massa Bruta tentando se livrar da marcação


Bola aérea dentro da área do time do interior


Troca de passes no campo de defesa do Braga

O placar final de Juventus 1-0 Bragantino recoloca o Moleque Travesso entre os quatro melhores da Copa São Paulo depois de onze anos. Em 2006, o clube foi eliminado pelo Comercial na semi-final. Agora o adversário será o favoritaço Corinthians. Será que o Juve consegue fazer a zebra correr? A outra e sensacional semi será disputada entre o hiper favorito Paulista e a enorme zebra Batatais.

Foi isso. Vamos ver o que o cronograma permitirá a respeito da fase decisiva da mais genial competição de base do país. Estaremos de olho.

Até a próxima!

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

JP no genial amistoso entre Primavera e Shangai SIPG FC

Texto e fotos: Fernando Martinez


Dando uma pausa nas coberturas da Copinha, o sábado nos reservou a chance de ver um Amistoso Internacional simplesmente surreal e imperdível. Nem nos maiores delírios poderíamos imaginar assistir um encontro entre o Primavera de Indaiatuba e o Shanghai Shanghai International Port Group FC, mais conhecido como Shangai SIPG FC. Não eram os times adultos e sim o sub-20, mas mesmo assim não tinha a menor chance de não estar no Estádio Ítalo Mário Limongi.

A caravana da coragem foi composta pelos amigos Paulo Shrek, Sérgio Oliveira e Mário. Não foi fácil levantar tão cedo - o apito inicial seria dez da matina - mas como aqui é tudo pelo social, sair da cama para matar um time tão insólito não foi um sacrifício tão grande assim. No caminho percebemos que a manhã seria muito quente e que o calor não daria nenhuma trégua. Entramos nas dependências do campo do Fantasma cerca de uma hora antes do horário programado.


Esporte Clube Primavera (sub-20) - Indaiatuba/SP


Shanghai Shanghai International Port Group FC (sub-20) - Shangai/CHI


O robusto trio de arbitragem e os capitães dos times

O onze chinês foi fundado em 2005 e atualmente participa da primeira divisão do seu país. O elenco principal conta com o brasileiro Oscar, recém-contratado do Chelsea. Hoje eles são a terceira equipe mais valiosa do país e a chegada em terras tupiniquins tem o intuito de fazerem aquele famoso intercâmbio que já conhecemos de outras eras. O legal é que o encontro teve uniformes oficiais, hinos, flâmulas e tudo que temos direito. Amistoso de gente grande com a molecada.

Dois dias antes desse compromisso o elenco primaverino foi eliminado da Copinha depois de ser derrotado pelo Ituano jogando no seu campo. No geral, não foi uma campanha ruim (três vitórias, um empate e uma derrota) e vários atletas que estavam na maior competição de base do país disputaram o amistoso. O mais doido é que ele teve dois tempos de 60 minutos. É verdade, mesmo debaixo de um sol senegalesco, a rapaziada atuou duas horas sem pestanejar. Não temos a menor ideia do motivo.


Bola no campo de defesa local


Atleta chinês fazendo aquela pressão na saída de bola primaverina


Chegada do SIPG FC pelo alto dentro da área paulista


Momento "Salão de Baile" no gramado do Ítalo Mário Limongi


Zagueiro do Primavera cortando cruzamento

Talvez por isso o jogo tenha sido bem meia-bomba. Tudo bem que o que valia era colocar o escrete asiático na Lista, mas bem que poderíamos ter visto um pouco mais de animação. Eu e os amigos presentes derretemos por conta do sol e ficamos a maior parte do tempo na parte coberta do Ìtalo Mário Limongi. O Primavera foi melhor mas fez apenas um gol, já no segundo tempo, através do jogador Jonas, o Toró. O arqueiro chinês saiu mal do gol e o camisa 9 tocou por cobertura.

Parecia que o escrete tupiniquim sairia de campo com o triunfo, porém, aos 55 minutos (!) a bola sobrou na esquerda do ataque chinês. Não sei quem foi, e de longe não tinha realmente como saber, mas um dos avantes invadiu a área e tocou na saída do goleiro do Primavera, encerrando a longa sessão futebolística com tudo igual no marcador.


Bola perigosa dentro da pequena área do Fantasma


O sol castigou os atletas, que foram obrigados a atuar por duas horas (!) debaixo de um calor absurdo


Disputa de bola no círculo central


Camisa 24 do Shangai SIPG mandando a pelota pro campo de ataque


Um dos últimos ataques do Primavera na peleja

A surrealidade do amistoso entre Primavera 1-1 Shangai SIPG FC vai ficar guardada na extensa lista de jogos perdidaços que tive o prazer de acompanhar na minha carreira nos gramados. Passei tanto calor que desisti de acordar cedo no domingo já que sabia que seria uma barra estar na Javari. Durante a semana deve pintar algum joguinho da Copinha perto de casa. Vamos aguardar.

Até a próxima!

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