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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

JP na Olimpíada (parte 7): Tarde portuguesa no Engenhão

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foi no segundo dia de Olimpíada que realmente comecei a respirar o clima real do evento. Não que os eventos assistidos em São Paulo e Salvador tenham sido ruins, claro que não, mas é fato que estar na cidade sede dos Jogos é algo muito diferente. Na madrugada do dia 7 de agosto peguei a estrada e fui ao Rio de Janeiro na minha primeira parada ali durante a Rio-2016.

Iniciei os trabalhos ali, para variar só um pouquinho, com o futebol. A rodada dupla do Grupo D marcou meu retorno ao atual Estádio Olímpico Nílton Santos depois de nove anos (ali fiz uma rodada tripla genial pelo Pan de 2007). O primeiro jogo contou com time novo na Lista, a seleção de Portugal. O adversário foi a seleção de Honduras, que já tinha visto no Pan e na Copa do Mundo.

A minha chegada ao estádio foi na base da "sorte ou revés" do Banco Imobiliário. Revés por ter chegado em cima da pinta por causa de uma pequena falha na programação. Sorte por conseguir escolher a única fila pequena e sem uma multidão de pessoas no detector de metais. E um revés monstro por ter que vencer um verdadeiro Labirinto de Creta para descobrir aonde ficava meu lugar marcado.

Sem brincadeira, eu fiquei cerca de vinte minutos indo de um lugar para outro até encontrar uma salvadora alma que indicasse certo aonde eu iria me sentar. Ele era na parte superior do estádio, no canto da arquibancada superior... coisa de maluco. Nessa brincadeira, perdi o gol relâmpago hondurenho aos 31 segundos marcado por Alberth Elis e vi Tobias Figueiredo deixar tudo igual aos 21 minutos espremido num dos corredores da casa botafoguense.

Já no meu assento pude ver que a seleção portuguesa estava mostrando um futebol de ótima qualidade. Tanto que aos 35 minutos, Gonçalo Paciência se aproveitou de bola desviada pela zaga e chutou de primeira para virar o marcador. E foi com o 2x1 parcial a favor dos lusitanos que o tempo inicial terminou.


Estádio Olímpico Nílton Santos recebeu ótimo público para a segunda rodada do Grupo D do futebol da Rio-2016


Ataque português durante o tempo inicial


Portugal conseguiu criar ótimas chances de gol no primeiro tempo

No tempo final quem apareceu muito foi o arqueiro centro-americano Luiz Lopez. O camisa 1 teve uma atuação brilhante e impediu que o selecionado ibérico ampliasse sua vantagem. O principal momento aconteceu aos oito minutos, quando ele fez três defesas antológicas na sequência em finalizações de André, Salvador e Paciência. O arqueiro foi aplaudido de pé pelos mais de 32 mil pagantes.

Tirando o goleiro, o selecionado de Honduras não fez muita coisa de útil ofensivamente falando, e a única oportunidade real de gol aconteceu aos 18 minutos numa cabeçada de Romell Quioto... pouco para fazer frente ao bom time de Portugal. Jogando na boa, os conterrâneos de Camões levaram a partida de boa até o apito final.


Cobrança de falta para os lusitanos no comecinho do segundo tempo


Escanteio a favor dos rubro-verdes


Um dos poucos ataques hondurenhos nos 45 minutos finais


Investida lusitana pela direita


Placar final da peleja no Engenhão com a segunda vitória portuguesa na Olimpíada

O placar de Honduras 1-2 Portugal praticamente classificou o time europeu para a segunda fase. Para o time da América Central nada estava perdido, mesmo sabendo que a peleja seguinte seria contra a Argentina. Falando nos nossos vizinhos, o jogo de fundo tinha a esperança de recuperação dos bi-campeões olímpicos depois de terem sido derrotados na estreia.

Até lá!

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