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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Tudo igual entre Barcelona e Desportivo Brasil no Nacional


Poucas coisas são mais legais do que terminar férias com um belo jogo perdido. Pensando assim, no domingo cedo cumpri meu dever cívico indo ao Estádio Nicolau Alayon para o terceiro compromisso do Barcelona no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Nesse novo capítulo da saga, o Elefante recebeu o Desportivo Brasil pela sexta rodada do Grupo 2.


Barcelona ECL - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Desportivo Brasil PL - Porto Feliz/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times junto com o árbitro Daniel Carlos Fernandes, os assistentes Herman Brumel Vani e Renata Ruel Xavier de Brito e o quarto árbitro Daniel Carfora Sottile. Foto: Fernando Martinez.

Vale lembrar aos mais desavisados que o Desportivo Brasil hoje não pertence mais à Traffic. Em novembro de 2014 a empresa vendeu o time para o Shandong Luneng por R$ 8 milhões. Meses antes, os chineses já haviam comprado o ótimo CT que fica a pouco mais de cem quilômetros da capital pela módica quantia de R$ 30 milhões. Praticamente de grátis.

Ainda como o "time da Traffic", o Desportivo jogou cinco edições da Segundona Paulista, de 2009 até 2013. A melhor participação foi justamente a primeira, quando ficaram em sétimo lugar. O pessoal perdeu a vaga na A3 para o Taubaté nos minutos finais da sua última partida (derrota de 2x1 para o Red Bull).

Ainda sem vencer em casa, o Barça precisava triunfar para não desgarrar muito do G4 da chave. A ideia era quebrar esse pequeno e incômodo tabu como mandante jogando contra o atual lanterna da chave. De novo, o dever cívico de ver as pelejas do clube mais legal da capital paulista na atualidade levou um grande quórum de amigos à Comendador Souza.

Depois de fazer as fotos oficiais fui para as cabines de imprensa por conta do sol forte. Logo aos três minutos Matheus foi substituído pelo chinês Pu Chen. O jogador asiático de 18 anos faz um intercâmbio por conta da parceria com o Shandong Luneng. O genial foi ver uma bandeira feita especificamente para ele estendida no alambrado no Nacional.

Pena que o jogo tenha sido bem abaixo da média, principalmente no primeiro tempo. Os atletas se concentraram no meio-campo e vimos raríssimas chegadas ao ataque. A inspiração passou longe do Nicolau Alayon. Salvamos esse período da peleja com aquelas conversas surreais de sempre.


Goleiro do Desportivo Brasil fazendo defesa segura. Foto: Fernando Martinez.


Jogadores concentrados na esquerda do ataque visitante. Foto: Fernando Martinez.


Confusão dentro da área do Desportivo. Foto: Fernando Martinez.


Tímida chance de gol para o Barcelona no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

Nos segundo o panorama era o mesmo até os 14 minutos. O "Max Steel" chinês se tornou o primeiro atleta do seu país a fazer um gol na história de uma competição oficial no futebol paulista. Ele completou de primeira uma bola levantada na área do Barcelona e abriu o marcador com estilo.

O Barça estava mal, mas seis minutos depois chegou ao empate com o camisa 11 Dênis. O jogo melhorou demais a partir de então e as duas equipes foram responsáveis por grandes momentos. Boas oportunidades foram desperdiçadas e o jogo poderia ter terminado num 3x3 que não seria exagero nenhum.


Gleison, camisa 3 do Desportivo, em ataque perigoso no tempo final. Foto: Fernando Martinez.


Marcação firme do Elefante no meio-campo. Foto: Fernando Martinez.


Mílton, camisa 10 do time paulistano, correndo atrás de Odeílson, camisa 5 do Desportivo, no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.


Ataque local no fim da peleja. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o resultado ficou em Barcelona 1-1 Desportivo Brasil. A igualdade não colocou o Elefante perto do G4 mas pelo menos a equipe quebrou o 100% de derrotas dentro de casa. Também não foi de grande valia para o onze de Porto Feliz, que ainda perambula nas últimas colocações da chave.

Depois do jogo fomos em grupo dar aquela voltinha básica pelo centro da cidade antes de cada um seguir seu rumo para casa. Eu aproveitei o restante do domingo para curtir cada minuto do final das minhas férias. Se tudo der certo, tem mais férias ainda esse ano, e com um roteiro que promete ser inédito e absolutamente sensacional.

Fernando

quarta-feira, 27 de maio de 2015

JP no imperdível Portuguesa x Brasil pela Série C no Pacaembu

Opa,

A sessão noturna de futebol do sábado foi uma daquelas simplesmente imperdíveis, já que pela primeira vez em todos os tempos o Estádio Paulo Machado de Carvalho recebeu um jogo do Campeonato Brasileiro da Série C. Cortesia da Portuguesa, bi-rebaixada no nacional em 2013 e 2014, e que joga a terceirona pela primeira vez. O adversário foi o atual vice-campeão da Série D, o genial Brasil de Pelotas.

O atual momento da Lusa é absolutamente tétrico. Sem dúvida a equipe passa pelo pior momento de sua quase centenária história e o pessoal vê nessa nova competição a oportunidade da (difícil) redenção. Em seis meses, foram dois rebaixamentos e não será fácil o início de trabalho com essa terra completamente arrasada. Na peleja de estreia da C os rubro-verdes perderam para o Londrina atuando no interior paranaense.

O glorioso Xavante, sem nada a ver com o cenário lusitano, queria vencer mesmo jogando fora de casa. Aliás, em campeonatos nacionais é raro o time pelotense jogar na capital bandeirante. Até então os gaúchos haviam se apresentado por aqui em apenas três oportunidades, as três com derrota: Juventus 1x0 na Taça de Prata de 1980, Portuguesa 4x1 na Taça de Ouro de 1984 e Grêmio Barueri 5x2 na Série C de 2006. Além disso, essa foi a primeira vez que o Brasil atuou num jogo oficial no velho Pacaembu.

Um público muito bom foi ao estádio para conferir de perto a partida. Embora muitos achem que a presença de torcedores foi "decepcionante", eu penso justamente o contrário. Não entrando no fato do prejuízo que o time teve, esse jogo no Canindé não teria a presença de mais de 500 almas. Fora que o ambiente na numerada laranja estava sensacional. O quórum de amigos e conhecidos foi um dos maiores até hoje.


A Portuguesa de D - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


GE Brasil - Pelotas/RS. Foto: Fernando Martinez.


Capitães de Portuguesa e Brasil/RS junto com o quarteto de arbitragem da partida, composto por Bruno Arleu de Araujo (RJ), Andrea Izaura de Sá (RJ), Daniel Luís Marques (SP) e Alessandro Darcie (SP). Foto: Fernando Martinez.


Sensacional quórum reunido no Pacaembu para Portuguesa x Brasil/RS. Foto: Torcedor passeando na numerada.

Graças a alguns problemas nas bilheterias, muitos ainda entravam quando o jogo começou. E muitos perderam o início avassalador da Portuguesa e o gol de Guilherme, ex-Grêmio Novorizontino, logo aos três minutos. Depois de uma ótima tabela no meio de campo, o aniversariante do dia fez seu primeiro gol no clube.

E quem perdeu o bom momento inicial do time paulistano perdeu praticamente tudo de bom que o time construiu nos 90 minutos. Foi só a Portuguesa abrir o marcador que o Brasil tomou conta completamente da peleja. A zaga lusitana sofreu demais com o rápido setor ofensivo do Xavante.

Xaro, Diogo Oliveira, Alex Amado, Nena, esse com uma bola na trave aos 44 minutos, criaram chances perigosas a favor do Brasil no primeiro tempo. Por sorte, a Portuguesa saiu de campo rumo aos vestiários ainda com a vantagem parcial. No tempo final, nada mudou, e os gaúchos continuaram muito melhores.


Cobrança de falta para o time gaúcho. Foto: Fernando Martinez.


Atletas de Portuguesa e Brasil tentando alcançar a pelota. Foto: Fernando Martinez.


Marcação cerrada da zaga pelotense. Foto: Fernando Martinez.


Leandro Camilo ganhando do atacante Hugo pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Ataque rubro-verde pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Tamanha pressão finalmente deu resultado aos 15 minutos. Xaro recebeu passe pela lateral esquerda e chutou de muito longe. A bola entrou no ângulo de Rafael, que nada pode fazer. A Portuguesa só voltou a criar uma chance razoável aos 27 minutos numa boa cabeçada de Renan. Nada que assustasse demais a meta defendida por Eduardo Martini.

A torcida rubro-verde, que incentivou a equipe na maior parte do tempo, começou a perder a paciência nos minutos finais apupando especificamente alguns atletas. Algo bastante compreensível, mas é fato que todos vão precisar de muita paciência nesse momento de reconstrução do time. Não será fácil recolocar o onze do Canindé no local de onde nem deveria ter saído.


Falaram que teríamos cinco mil (!) torcedores do Brasil na peleja. Não chegou nem perto, mas a presença foi muito boa, como sempre. Foto: Fernando Martinez.


Bola alçada dentro da área local. Foto: Fernando Martinez.


Escanteio a favor do time paulistano e o corte da zaga do Brasil. Foto: Fernando Martinez.


Um dos raros ataques perigosos da Portuguesa em todo o jogo aconteceu aqui. Foto: Fernando Martinez.


Mais uma tentativa da Lusa chegar perto da área visitante. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o resultado ficou mesmo em Portuguesa 1-1 Brasil/RS. Com o empate, o Xavante ficou em terceiro lugar e a Lusa em sétimo. O bizarro nesse Grupo B é que apenas Tupi e Londrina venceram jogos. Os oito times restantes ainda estão zerados. Mais bizarro ainda é saber que o campeonato vai parar por três semanas em junho por conta da Copa América (!). Vocês não entendem o motivo? É, nem nós.

Depois do apito final ainda fiquei nas dependências do Pacaembu para acompanhar a coletiva do técnico Júnior Lopes antes de voltar para casa com aquele sentimento de dever cumprido. Finalizei minhas férias com mais um jogo do Barcelona paulistano no domingo de manhã.

Até lá!

Fernando

terça-feira, 26 de maio de 2015

Depois de seis anos, Nacional e Lusa voltam a se enfrentar pelo estadual sub20

Opa,

Fazia tempo, mas no sábado voltei a programar uma grande rodada dupla pro JP. Como o jogo da noite - falarei dele em breve - era a prioridade absoluta do dia, armei algo próximo na parte da tarde. Fui até o Estádio Nicolau Alayon para conferir de pertinho o "clássico" entre Nacional e Portuguesa valendo pelo Campeonato Paulista sub20 da 1ª divisão.

Escolhi a partida pela logística e também pra ver o time ferroviário num jogo do estadual de juniores depois de seis anos. Desde o rebaixamento de 2009 o Naça estava fora da principal divisão e é bom demais ver o retorno da tradicional agremiação. Nos dois jogos que o time disputou até o sábado, uma vitória contra o Bragantino e um empate na estreia contra o Guaratinguetá.


Nacional AC (sub20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


A Portuguesa de D (sub20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times e trio de arbitragem. Foto: Fernando Martinez.

Apesar de toda a tradição, os dois escretes paulistanos se enfrentaram apenas cinco vezes (uma em 1988, duas em 1999 e mais duas em 2009) pelo sub20 desde que a FPF reorganizou os campeonatos de base em 1980. Nos cinco jogos realizados, duas vitórias nacionalinas e três lusitanas. Um deles, Portuguesa 3x2 em 26/09/09, teve cobertura do JP.

Diferente do que vi na sexta-feira, essa foi uma ótima partida, principalmente no tempo inicial. A Portuguesa começou com tudo e iniciou os trabalhos com um belo chute na trave aos nove e uma grande chance de Piauí minutos depois. O Nacional, ainda sem sofrer gols no campeonato, respondeu aos 20 com uma chance cara-a-cara perdida pelo camisa 9 Fábio.

Aos 34 outro lance sensacional do time da casa. Igor fez brilhante jogada pela esquerda e tocou para o meio da área. Gu, livre de marcação, isolou a bola nos campos sintéticos ao lado do Nicolau Alayon. O time rubro-verde respondeu quatro minutos depois quando Thauan tocou de cabeça pra fora mesmo com o goleiro Iago fora de combate.

Faltando dois minutos para o fim do tempo inicial, Igor avançou pelo campo defensivo do time visitante e foi derrubado por Caíque. Como a situação era clara de gol, o camisa 7 lusitano foi expulso. Com 45 minutos a serem jogados e com um atleta a mais em campo, esperava um Nacional ainda mais efetivo no tempo final.


Zagueiro da Portuguesa desarmando atacante do Nacional. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola dentro da área lusitana. Foto: Fernando Martinez.


Mais uma chegada dos donos da casa. Foto: Fernando Martinez.


Troca de passes no setor esquerdo do ataque ferroviário. Foto: Fernando Martinez.

Israel, jogador que havia entrado no intervalo, já mostrou serviço com apenas 15 segundos de peleja. Ele avançou pela direita e chutou a bola na trave, fazendo parecer que o Naça sairia vitorioso de campo. É, mas essa acabou sendo a única chance de perigo real a favor dos donos da casa em quase quarenta minutos.

Para piorar, a Lusa abriu o placar depois de um perfeito contra-ataque pela esquerda. Thauan invadiu a área e tocou na saída de Victor. Com a vantagem no marcador os visitantes recuaram e chamaram o Nacional para seu campo. É, mas nada adiantou, já que os atacantes locais não conseguiam criar nada.

A partida foi seguindo nesse esquema e só por uma vez os ferroviários chegaram perto do empate, novamente com Israel, aos 37 minutos. A Lusa foi levando o jogo em banho-maria e conquistou sua segunda vitória em três jogos disputados no sub20.


Nos últimos 45 minutos, o Nacional ocupou o campo de defesa lusitano na maior parte do tempo. Foto: Fernando Martinez.


Zaga atenta da Portuguesa em passe pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


O Nacional tentou, tentou, tentou, mas perdeu a primeira no Paulista sub20. Foto: Fernando Martinez.

O Nacional 0-1 Portuguesa quebrou a invencibilidade ferroviária, mas ainda é cedo, muito cedo, para dar qualquer prognóstico no certame. Faltam ainda nada menos do que 17 rodadas (!) para o fim dessa fase e muita coisa ainda vai mudar na tábua de classificação. Como sempre, estarei de olho na competição.

Nem bem a sessão vespertina acabou e eu segui para o cada vez mais abandonado centro da capital paulista para bater aquela xepa na esquina da São João com a Ipiranga antes de seguir para um dos jogos mais esperados por todos até aqui em 2015. Teve Série C no Pacaembu pela primeira vez em todos os tempos.

Até lá!

Fernando

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Vitória do Red Bull em Guarulhos na estreia do JP no Paulista sub20

Fala, pessoal!

Para aplacar aquela famosa deprê que acontece em todo final de férias, armei uma rodada completa na sexta, sábado e domingo passados para esfriar a mente. Comecei a jornada fazendo a minha estreia no Campeonato Paulista sub20 da 1ª divisão em 2015 indo até a cidade de Guarulhos. O invicto Flamengo recebeu o também invicto Red Bull em peleja do Grupo 3.

Pode soar estranho para os menos avisados, mas esse duelo está se tornando tradicional no estadual de juniores nessa década. As duas equipes caem na mesma chave desde 2011, e até o ano passado foram realizados oito confrontos entre eles. O Corvo venceu quatro, aconteceram três empates, a o Red Bull triunfou em apenas um.

Falando do estadual desse ano, a primeira fase é fantasticamente gigantesca depois de muito tempo. Os 48 times estão divididos em quatro chaves com doze equipes cada, e as quatro primeiras se classificam para a segunda fase. Serão 22 rodadas realizadas, a última delas no dia três de outubro. Para quem gosta curtir intensamente o certame, isso é sensacional.


AA Flamengo (sub20) - Guarulhos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Red Bull FEL (sub20) - Campinas/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times e trio de arbitragem. Foto: Fernando Martinez.

O Grupo 3 também conta com Atibaia, Palmeiras, Portuguesa, Nacional, Taubaté, Bragantino, Guaratinguetá, São José dos Campos FC, Corinthians e São José. O começo de campanha flamenguista foi animador. O time conquistou duas vitórias nas duas primeiras rodadas, uma delas contra o Corinthians, atual campeão da categoria. O Red Bull empatou uma partida, também contra o time de Parque São Jorge, e venceu outra.

A expectativa era a melhor possível, mas o primeiro tempo no Estádio Antônio Soares de Oliveira foi muito fraco. Poucas jogadas de ataque foram concretizadas e a peleja seguiu quase sem emoções. Foi difícil me manter acordado nos 45 minutos.

No segundo tempo fui para as cabines de imprensa e, junto com o amigo Rodrigo Colucci, vi um jogo bem mais animado. O Red Bull abriu o placar aos nove minutos num golaço de Judson. O camisa 7 avançou pela esquerda e chutou colocado muito de longe para colocar a pelota no ângulo esquerdo do arqueiro rubro-negro.

O Fla não mostrava o futebol das rodadas iniciais e sofreu pressão do Toro Loko. O time da casa só acordou depois dos trinta minutos. Aos 32, Josemar, camisa 14 do Red Bull foi expulso. Com um a mais, os locais passaram a chegar com ainda mais perigo. Só que Carlos Miguel, primeiro atleta do time campineiro a ser convocado para uma seleção brasileira (pela sub17 em 2012), fechou o gol.

Aos 40 o Red Bull teve outro jogador expulso - Bruno - e a pressão do onze guarulhense ficou ainda maior. O gol teimava em não sair e então aos 49 aconteceu a maior chance da partida quando um dos atacantes flamenguistas foi derrubado dentro da área. Carlos Miguel se tornou o homem do jogo ao fazer a defesa no canto esquerdo.


Red Bull saindo para o ataque. Foto: Fernando Martinez.


Bola alçada dentro da área visitante. Foto: Fernando Martinez.


Bom ataque do Red Bull no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.


Defensor rubro-negro se esticando todo para tentar cortar o cruzamento. Foto: Fernando Martinez.


No fim do jogo, o time da casa se lançou ao ataque em busca do empate. Foto: Fernando Martinez.


Carlos Miguel defendendo o pênalti e garantindo os três pontos para o onze campineiro. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o Flamengo 0-1 Red Bull pulverizou a invencibilidade rubro-negra na competição e derrubou o Corvo para a quinta colocação da chave. Os campineiros subiram para o terceiro lugar, agora com sete pontos ganhos. Detalhe: o campeão Corinthians é o vice-lanterna do Grupo 3 com apenas um mísero ponto conquistado.

Esse foi apenas o primeiro jogo com cobertura do JP no final de semana. No sábado teve a volta do sub20 numa rodada dupla lusitana.

Até lá!

Fernando

terça-feira, 19 de maio de 2015

Juventus confirma presença na Série A2 no próximo ano

Olá,

No dia 01/02 desse ano, às 10 horas da manhã, o Juventus fazia sua estreia no Campeonato Paulista da Série A3, enfrentando o Grêmio Osasco, na Rua Javari e conseguindo sua primeira vitória por 3 x 0. Nascia naquela data, a esperança da comunidade juventina de conseguir retornar ao segundo degrau na hierarquia do futebol paulista, para depois pensar em retornar à elite, estadual, reconquistando um lugar de destaque no futebol nacional.

Depois de três meses e meio de luta, disputando mais 23 partidas, finalmente chegou o grande momento do Moleque Travesso entrar em campo pela vigésima quinta vez na competição e concretizar o tão almejado sonho do acesso. Como o JP acompanhou in loco, várias partidas do time avinhado nessa temporada, não poderia deixar de marcar presença em jogo tão importante na história do tradicional time da Mooca. Diante disso, levantei bem cedo e rumei ao tradicional Estádio Conde Rodolfo Crespi, com o objetivo de acompanhar o duelo decisivo entre o C.A. Juventus contra G.E. Osasco, que só cumpria tabela.

Esse duelo, válido pela última rodada da segunda fase da competição, seria o terceiro pega entre as duas equipes nesse ano, sendo que o primeiro jogo foi o citado acima e o segundo, realizado em Osasco, valendo pela segunda fase, terminou empatado em 1 x 1. Portando, o retrospecto era favorável ao time da casa, que entrou campo visando a vitória para carimbar o acesso e também ligado no jogo Votuporanguense x Internacional de Limeira, que iria ser realizado no mesmo horário, em Votuporanga, para saber se, além do acesso, iria disputar o título contra o Taubaté, Portanto, havia esperança e expectativa de sobra para os torcedores e simpatizantes do time avinhado.

Chegando nas redondezas do estádio, pude observar um movimento que jamais havia visto em jogos do Juventus, além de uma fila enorme de torcedores aguardando a abertura dos portões. A grande maioria dos torcedores, estava vestindo algum tipo de camisa do Juventus, transformando a região num mar cor de vinho. Vi torcedores de todas as idades, dentre os quais várias mulheres e crianças, num congraçamento que eu nunca havia presenciado. Não havia venda de ingressos, pois os mesmos já estavam esgotados desde o dia anterior (sábado). Com isso, diversos torcedores que deixaram para adquirir seus ingressos na hora, ficaram a ver navios.

Após caminhar entre centenas de torcedores, entrei no estádio por um portão alternativo e me dirigi ao gramado para fazer o credenciamento e aguardar os protagonistas do espetáculo, para fazer as fotos oficiais da partida, as quais estão apresentadas abaixo:


C.A. Juventus - São Paulo/SP. Foto: Orlando Lacanna.


G.E. Osasco - Osasco/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem comandado por Maurício Antonio Fioretti e seus assistentes Daniel Luiz Marques e Mauro André de Freitas ao lado dos capitães Ferro (Juventus) e Bruno Matavelli (Grêmio Osasco). Foto: Orlando Lacanna.

Tão logo o árbitro autorizou o início da partida, o Juventus tomou as primeiras iniciativas, tendo logo no primeiro minuto, criado um momento de relativo perigo, através de uma conclusão do camisa 11 Daniel Costa,que saiu pela linha de fundo. Esse lance colocou ainda mais pilha na torcida, que não parava um segundo de incentivar o time avinhado. Quem esperava que o Juventus fosse encontrar facilidade desde o início, enganou-se, pois o Grêmio Osasco atuava com seriedade e dificultava as ações juventinas.

Mas o time que tem um jogador diferenciado, pode a qualquer momento, mudar o rumo da partida e foi isso que aconteceu, na marca dos 10 minutos, quando Daniel Costa inaugurou o marcador, ao aproveitar um rebote vindo do travessão, após linda jogada e conclusão do camisa 9 Gil, atacante diferenciado da equipe da Mooca. Ele fez a diferença nesse lance e contribuiu com pelo menos 90% na feitura do gol de abertura.

O gol inaugural deu mais tranquilidade ao Juventus, que passou a jogar com um pouco mais de cadência, procurando elaborar as jogadas com mais tranquilidade. O time visitante tentava vez por outra chegar mais ao ataque, porém só conseguiu a sua primeira finalização, aos 16 minutos, através do camisa 6 Willian, cuja conclusão foi pela linha de fundo, sem assustar o goleiro André Dias. Aos 23 minutos, o Juventus voltou forte ao ataque, através de uma cabeçada perigosa do camisa 7 Renato Sorriso, que acabou sendo desviada pela zaga e, na cobrança do escanteio, Gil quase decretou o segundo gol.

A partida seguia bem disputada, com o Juventus tendo maior presença, porém o Grêmio Osasco continuava dificultando as ações, tornando a partida agradável de ser assistida, pois não era jogo de um time só. Aos 35 minutos, o time de Osasco chegou com perigo, através de uma infiltração pelo meio do camisa 5 Gabriel, cujo arremate exigiu boa defesa do goleiro avinhado.

A resposta juventina foi dada um minuto depois, numa rápida investida de Renato Sorriso pelo lado direito, culminando num chute forte e cruzado que raspou o poste esquerdo da meta defendida por Gabriel Miotti. Aos 39 minutos, o Grêmio Osasco voltou a incomodar o goleiro juventino, agora através de um arremate do camisa 2 Bruno Lima, muito bem neutralizado por André Dias. Até então, a partida estava difícil para o Juventus, pois os visitantes estavam atuando com firmeza e exigindo atenção redobrada do time grená.

Mesmo com as dificuldades impostas pelo time visitante, o Juventus conseguiu, em apenas um minuto, praticamente liquidar a história da partida, aos marcar aos 41 e 42 minutos, os seus segundo e terceiro gols, ambos anotados pelo esperto camisa 11 Daniel Costa. No segundo gol, o artilheiro aproveitou rebote do goleiro osasquense que não conseguiu segurar um chute venenoso de Renato Sorriso.

A torcida ainda comemorava o segundo gol e Daniel Costa balançou a rede do Grêmio Osasco pela terceira vez, mandando um torpedo do interior da área, fazendo com que o goleiro Gabriel Miotti não tivesse nenhuma chance em esboçar a defesa, Foi um chute violento que estufou a rede, levando a torcida local à loucura. Foi um golaço e o avante juventino conseguiu o hat-trick, marca expressiva para um atacante, pois não é fácil marcar 3 gols numa mesma partida, ainda mais nos primeiros 45 minutos. Grande feito do excelente atacante avinhado. Fica aí a dica aos clubes que disputam o Brasileirão nas suas diversas séries e que estão buscando um artilheiro.

Mais alguns minutos e o árbitro encerrou a primeira etapa com o Juventus levando para o vestiário, uma enorme vantagem de três gols, praticamente liquidando a fatura. Naquele momento, o jogo de Votuporanga estava empato e, se esse resultado fosse mantido, o Juventus iria disputar o título. Ficava a expectativa para os últimos 45 minutos que iriam rolar nos dois campos.


O ótimo avante Gil sendo fortemente marcado pela zaga osasquense. Foto: Orlando Lacanna.


Daniel Costa invadindo a área adversária pelo lado esquerdo. Foto: Orlando Lacanna.


Gil de novo dando trabalho à zaga do Grêmio Osasco. Foto: Orlando Lacanna.


Bola no fundo da rede e Daniel Costa saindo para o abraço. Foto: Orlando Lacanna.

Com a volta dos times para a disputa da última metade da partida, o que se viu foi um Juventus mantendo o domínio, porém sem aquela intensidade. Por sua vez, o Grêmio Osasco também não estava com aquela volúpia para tentar diminuir o placar e, com isso, o jogo ficou meio morno, sem muita emoção, tanto que, o primeiro lance mais agudo, ocorreu aos 11 minutos e foi dos donos da casa, quando Daniel Costa cobrou escanteio da direita e o camisa 3 Victor Sallinas subiu no terceiro andar e testou firme, com a bola indo pela linha de fundo. Dois minutos depois, o Moleque Travesso voltou ao ataque, agora através do camisa 7 Renato Sorriso, que bateu de primeira, aproveitando cruzamento da esquerda, mas sem direção e a bola foi para fora.

Dos quinze aos trinta minutos, pouca coisa de importante aconteceu. O time grená e a sua torcida já sabiam do placar do jogo de Votuporanga (2 x 0), que enterrava a esperança de conseguir a primeira colocação do grupo e decidir o título. O jogo ficou morno e, aos 30 minutos cravados, o Grêmio Osasco chegou ao seu gol, anotado pelo camisa 17 Leonardo Ribeiro, concluindo com sucesso uma jogada individual iniciada pelo lado esquerdo. A resposta juventina aconteceu dois minutos após, mas o camisa 16 Diogo teve seu arremate desviado e, com isso, perdeu a chance.

Aos 34 minutos, o Juventus chegou à marcação do seu quarto gol, anotado pelo zagueiro camisa 4 Léo, que escorou de cabeça, cruzamento vindo da direita. A partir daí, os times apenas aguardaram o término da partida, com a torcida grená cantando e aplaudindo o tempo todo, já com a certeza do acesso garantido. Mesmo nesse contexto, o camisa 5 do Grêmio Osasco conseguiu ser expulso pelo árbitro aos 43 minutos.

Mais alguns minutos de bola pra cá, bola pra lá e o árbitro apitou pela última vez, encerrando a partida que apresentou o resultado final de Juventus 4 - 1 Grêmio Osasco que garantiu o acesso ao time da casa à Série A2, juntamente com o Votuporanguense, Taubaté e Atibaia.


Saída arrojada do goleiro osasquense no início da segunda etapa, Foto: Orlando Lacanna.


Ala e capitão Ferro preparando cruzamento para a área. Foto: Orlando Lacanna.


Mais uma jogada ofensiva do Juventus durante o segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.


Zagueiro Léo, livre de marcação, pronto para golpear de cabeça e anotar o quarto gol juventino. Foto: Orlando Lacanna.


Gil buscando o ataque para tentar deixar a sua marca, com o excelente público ao fundo. Foto: Orlando Lacanna.

Tão logo o árbitro encerrou a partida, a alegria tomou conta dos jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores do Juventus, iniciando um festa que tomou conta dos quatro cantos do estádio. O gramado foi tomado por centenas de pessoas que mostravam felicidade pela conquista, que coloca o tradicional Juventus a um degrau da elite.

Aliás, essa conquista já abre uma porta para o Moleque Travesso voltar a participar de competição de nível nacional, pois o Campeão da Série A2, conquista, além da vaga à elite paulista, uma vaga na Copa do Brasil. No caso do Juventus, isso só acontecerá se faturar a A2 do ano que vem. Com isso estará na elite em 2.017 e ainda participará da Copa do Brasil do mesmo ano. É sempre muito importante projetar o futuro.

Nos próximos dois fins de semana, o título de Campeão da Série A3 será disputado entre Taubaté e Votuporanguense, sendo o primeiro jogo em 24/5 na cidade de Votuporanga e o segundo em 31/5 em Taubaté, com o Burro da Central jogando por dois resultados iguais. Além da definição dos promovidos, tivemos também a definição dos rebaixados ao final da primeira fase, que foram Francana, Santacruzense, Tupã e Cotia (excluído em razão de dois WO's).


Atletas do Juventus pendurados no alambrados comemorando junto com a galera. Foto: Orlando Lacanna.


Torcida no gramado comemorando com bandeirão e o placar final ao fundo. Foto: Orlando Lacanna.


Atletas juntos e misturados com a torcida festejando a grande conquista. Foto: Orlando Lacanna.

Ao deixar a festa no gramado, saí do estádio e cruzei nas ruas próximas, com centenas de juventinos comemorando a merecida conquista, com muita cerveja, churrasco e gritos de guerra. Foi uma festa inesquecível. Para encerrar, fui almoçar uma comidinha árabe na Esfiha Juventus, aquela mesma que presentou a atacante Gil com 60 esfihas. Nem precisa dizer que o local estava abarrotado de juventinos. Foi isso

Abraços,

Orlando