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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Paulínia consegue reabilitação com gol nos acréscimos

Olá,

No último sábado viajei até a bela cidade de Paulínia para conferir a partida Paulínia F.C. x CAL Bariri, que foi realizada no Estádio Luiz Perissinotto, valendo pela segunda rodada da terceira fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, no seu Grupo 14.

Como as duas equipes haviam estreado nessa fase sem vitória, a obtenção dos três pontos era essencial para continuarem sonhando com a classificação à quarta e decisiva fase da competição, na qual haverá a definição das quatro equipes que ascenderão a Série A3 em 2.010.

Chegando ao estádio, fui alvo da costumeira atenção do assessor de imprensa do Paulínia, Aderli, que se colocou inteiramente à disposição do JP. Além disso, conversei muito com o Presidente do CAL Bariri, atual denominação do Clube Atlético Lençoense, o Sr. João Sérgio de Moraes, que falou sobre o futuro da sua equipe na cidade de Bariri, bem como sobre as razões que levaram o seu time a deixar a cidade de Lençóis Paulista.

Com a aproximação do horário do início do jogo, me dirigi ao centro do gramado e fiquei aguardando a entrada das equipes e do quarteto de arbitragem, para fazer as fotos oficiais da partida, as quais apresento abaixo:


Paulínia F.C. - Paulínia/SP. (com um atleta a menos e a mascote "Dinossauro" ao fundo). Foto: Orlando Lacanna.


CAL Bariri - Bariri/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem com os capitães das duas equipes. Foto: Orlando Lacanna.

Os primeiros minutos foram super movimentados, tanto que, logo aos 2 minutos, o time da casa inaugurou o placar através de um gol anotado de cabeça por Carlos Eduardo, aproveitando cruzamento perfeito de Lúcio (ex-Votoraty) vindo da esquerda, que pegou a defesa do CAL Bariri totalmente desarumada.


Bola estufando a rede do CAL Bariri no primeiro gol do Paulínia. Foto: Orlando Lacanna.

Mesmo em vantagem no placar, o Paulínia permaneceu no ataque e quase ampliou o marcador, aos 6 minutos, numa chance incrível desperdiçada por Lúcio que foi infeliz na conclusão. No primeiro ataque mais perigoso dos visitantes, aos 14 minutos, foi decretado o empate, através de uma cobrança de pênalti executada por Val.


Gol de empate do CAL Bariri em cobrança de pênalti. Foto: Orlando Lacanna.

Depois de sofrer o empate, o Paulínia foi para cima e só não voltou a comandar o placar, aos 16 minutos, graças a uma espetacular defesa do goleiros Paulo Cruz (ex-XV de Jaú), que impediu o avante Faísca de concluir com sucesso na cara do gol.

Do vigésimo minuto em diante, o equilíbrio foi a tônica da partida, com os dois times se alternando em jogadas ofensivas, sendo que aos 42 minutos, o time da casa foi mais feliz e acabou marcando seu segundo gol, anotado de cabeça através do avante Jailton. Um minuto após, o CAL Bariri chegou bem perto do empate, mas o volante Hernandes foi infeliz na conclusão e , com isso, a vantagem de 2 a 1 a favor do Paulínia foi mantida até o encerramento do primeiro tempo.


Cruzamento na área do CAL Bariri no primeiro tempo. Foto: Orlando Lacanna.

Durante o intervalo me acomodei numa área com uma sombra generosa, pois a temperatura superior a 30 graus não estava fácil, tendo inclusive consumido vários copos de água. Depois de me recuperar, permaneci no gramado para acompanhar a segunda etapa que prometia muitas emoções.

A bola voltou a rolar e, logo aos 2 minutos, o zagueiro Brumatti do CAL Bariri foi expulso por ter recebido o segundo cartão amarelo, deixando sua equipe com um homem a menos, mas para surpresa geral, o time visitante superou a perda do seu atleta e chegou à igualdade, aos 6 minutos, através de um gol marcado por Thiago, que só teve o trabalho de empurrar a bola para fundo da meta defendida por Fabrício, aproveitando um cruzamento rasteiro vindo da direita, que a defesa do Paulínia não conseguiu interceptar.

Ao sofrer o empate, o time da casa foi com tudo para o ataque, porém o fazia de maneira desordenada, não conseguindo aproveitar a vantagem de um homem. O time visitante se fechou e num contra-ataque, aos 18 minutos, só não chegou ao seu terceiro gol, por conta de um milagre do goleiro Fabrício que defendeu uma cabeçada à queima-roupa de Carlos Eduardo, em mais uma jogada que nasceu pela lado direito.

Depois do susto, o Paulínia passou a imprimir um ritmo que resultou num maior domínio territorial, empurrando o CAL Bariri cada vez mais para o seu campo de defesa, tendo criado uma ótima oportunidade, aos 29 minutos, através de Faísca, mas a boa presença do goleiro barirense evitou o terceiro gol do time azul e amarelo. Aos 36 minutos, o Paulínia teve o seu atleta Jailton expulso, deixando dez jogadores para cada lado.


Jogada aérea do ataque do Paulínia na segunda etapa. Foto: Orlando Lacanna.

A partida continuava sendo dominada pelo Paulínia, porém aos 38 minutos, o torcida local tomou um susto, pois o CAL Bariri criou boa chance de passar à frente no marcador, num chute rasante de Keigo (atleta japonês) que passou muito perto.


Atacante do CAL Bariri sofrendo marcação dupla da defesa do Paulínia. Foto; Orlando Lacanna.

Nos últimos cinco minutos, os anfitriões efetuaram uma verdadeira blitz contra a defesa adversária, tendo chegado à marcação do seu terceiro gol, aos 48 minutos, anotado pelo zagueirão Isac ao aproveitar uma sobra de bola no interior da pequena área, após cobrança de escanteio pela esquerda.


Terceiro gol do Paulínia marcado nos acréscimos da etapa final. Foto: Orlando Lacanna.

Partida encerrada com o marcador indicando Paulínia 3 - 2 CAL Bariri que representou a reabilitação do time local e o colocou na segunda posição do seu grupo com 3 pontos. Com relação ao time de Bariri, essa derrota o deixou na última colocação com apenas 1 ponto e com a obrigação de ganhar as próximas partidas se quiser continuar pensando em classificação.

Tão logo o árbitro apitou pela última vez, iniciei viagem de retorno a São Paulo para aproveitar o resto do sabadão em companhia de familiares. Foi isso.

Abraços,

Orlando

Nacional confirma sua bela campanha no sub-20 vencendo o atual bi-campeão

Opa,

No sábado à tarde tinha várias opções de jogos para acompanhar pelos campeonatos que estão rolando aqui em São Paulo. Mas acabei escolhendo acompanhar um que não acontecerá no ano que vem. Corri até o Estádio Nicolau Alayon, para acompanhar um jogo do Campeonato Paulista sub-20 da 1ª divisão. A partida foi entre os times do Nacional e do Santos, atual bi-campeão do campeonato.

E esse jogo não acontecerá no ano que vem graças ao rebaixamento do time do Nacional para a Segundona em 2010. Graças a isso, o time também irá disputar o sub-20 da 2ªdivisão. Então, como não sei quando terei a chance de ver de novo o Naça jogando contra os grandes do estado, pretendo ver o time mais vezes nesse ano.

Chegando lá encontrei o Miguel, sempre presente nas rodadas no Nacional, e o David, que dessa vez não estava de saco cheio do mundo. E para variar, seguem agora as fotos oficiais da partida.


Nacional AC (sub-20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Santos FC (sub-20) - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Quarteto de arbitragem da partida e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Depois de perder o primeiro jogo no torneio, tomando uma bucha em casa do PAEC, o Nacional se recuperou totalmente no sub-20. Foram quatro vitórias seguidas, e esse jogo contra o Santos seria a prova de fogo para a equipe da Barra Funda. Aproveitar o fato de jogar em casa e também que o Santos vem rateando na competição (em cinco jogos disputados, venceu três e perdeu dois) para continuar com a série de resultados positivos.

Do alambrado acompanhei a partida com o David, e chegamos a conclusão que o primeiro tempo do Nacional foi fantástico. Mesmo sofrendo pressão santista desde os primeiros minutos, o Naça soube neutralizar as investidas da equipe praiana e foi simplesmente perfeito nos contra-ataques.


Zaga do Santos tentando fazer lançamento para seu ataque. Foto: Fernando Martinez.

O time ferroviário chamou o Santos para o seu campo, se garantindo numa ótima partida da sua zaga e do seu goleiro. E com o Peixe deixando o contra-ataque aberto, o Nacional foi fatal. O primeiro gol surgiu aos 15 minutos. Depois de falta pela direita, o zagueiro Douglas subiu mais alto que todo mundo e abriu o marcador para os donos da casa.


Boa saída do goleiro do Nacional no começo do jogo. Foto: Fernando Martinez.

O Santos continuou em cima, mas aos 23 tomou o segundo. E foi um belo gol do ataque do Nacional, pois o camisa 11 Fabinho carregou a bola pela direita e tocou para Washington, que driblou com classe o zagueiro e tocou no canto esquerdo. O Santos sentiu o segundo gol dos donos da casa, e não conseguiu mais encaixar nenhuma boa jogada.


Falta pela esquerda do ataque do Santos. Foto: Fernando Martinez.

E aos 37 minutos uma pintura de gol para coroar o primeiro tempo certeiro do Nacional. Numa bola que parecia perdida, o jogador Fabinho conseguiu tocar para Castilho que, de letra e com muita categoria, tocou de volta para Fabinho. Ele cruzou dentro da área e novamente Washington estava lá para completar. O Nacional chegava aos 3x0 no marcador dando show para a sua torcida.

No intervalo eu e o David encontramos o técnico Marcos Bruno e sua comissão técnica. Muitas conversas sobre bastidores do futebol e da passagem do treinador pelo Atlético Roraima na Série D do Brasileiro. Muitas revelações interessantes sobre o que aconteceu de verdade na história da desistência do time da competição.


Jogador do Nacional chegando firme em atleta santista. Foto: Fernando Martinez.

Para o segundo tempo, ficamos na parte do coberta do Nicolau Alayon, e vimos um Santos vindo mordido e tentando chegar ao empate, que seria algo de antológico. Logo no primeiro minuto, o time santista teve um pênalti a seu favor. Na cobrança, o camisa 8 Breitner bateu com classe e diminuiu para o time visitante.


Detalhe do primeiro gol santista, em pênalti cobrado por Breitner. Foto: Fernando Martinez.

O Nacional veio claramente para administrar o marcador, reforçando a marcação e deixando o ataque em segundo plano. O domínio territorial então foi todo do Santos, que chegava forte mas não conseguia marcar o segundo gol. Caso ele viesse cedo, o jogo ficaria difícil para o Naça.


Tentativa de contra-ataque da equipe do Nacional. Foto: Fernando Martinez.

Mas o time santista só conseguiu marcar o segundo gol aos 38 minutos, numa belíssima cobrança de falta do mesmo autor do primeiro, Breitner. Mesmo com os 10 minutos de jogo ainda, o time nacionalino conseguiu se segurar e confirmar a importante vitória ao final dos 90 minutos.


Mais uma chegada do Santos na segunda etapa de partida. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Nacional 3-2 Santos. Com essa vitória, o time da Barra Funda chegou à sua quinta vitória consecutiva, se firmando como um dos prováveis classificados do Grupo 6 do sub-20. O time só não está na primeira colocação pois a Portuguesa tem maior saldo de gols. Já o Santos continua na quarta colocação do grupo, agora somando sua terceira derrota no campeonato. Mas provavelmente também garantirá sua vaga.

Após o jogo fui para o centro de São Paulo fazer uma boquinha e depois fui visitar um grande amigo. Muita música e bate-papo me fizeram desistir da rodada do domingo... mas nessa semana ainda tem mais...

Até mais!

Fernando

Palestra e Desportivo Brasil empatam em jogo válido pela Segundona 2009

Fala pessoal!

Na última sexta-feita teve mais uma sessão noturna valendo pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Saí cedo de casa para enfrentar uma hora de transporte público até a cidade de São Bernardo do Campo, aonde o jogo entre Palestra x Desportivo Brasil aconteceria no Estádio Baetão, pela segunda rodada da terceira fase da Segundona 2009.

Como o caminho para SBC precisa ser feito na hora do rush, saí antes do horário normal para chegar lá sem percalços. E cheguei cedinho mesmo, com tempo suficiente para conversar com o pessoal das duas equipes e para as fotos oficiais da partida. Ah, dessa vez elas são exclusivas aqui do JP:


Palestra SB - São Bernardo do Campo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Desportivo Brasil PL - Porto Feliz/SP. Foto: Fernando Martinez.


O árbitro Alysson Fernandes Matias e os assistentes David Botelho Barbosa e Felippe Cirillo Penteado acompanhados pelos capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez.

O jogo prometia bastante, pois as duas equipes ganharam seus jogos na primeira rodada dessa terceira fase. O Palestra venceu fora de casa o time do Mogi, e o Desportivo Brasil venceu o Atlético Araçatuba no estádio da AA Portofelicense. Uma vitória de qualquer um dos lados deixaria o vencedor em boa situação para buscar a vaga na quarta fase da Segundona.


Chegada do time do Palestra pela direita do seu ataque. Foto: Fernando Martinez.

Dessa vez resolvi acompanhar o ataque dos times no gol "de fundo" no Baetão. No primeiro tempo acompanhei o time do Palestra e seu ótimo ataque. Mas durante toda a primeira etapa, quem deu as caras foi a equipe do do Desportivo Brasil, que fez uma ótima partida não deixando os donos da casa mostrar um bom futebol.


Falta perigosa para a equipe da casa. Foto: Fernando Martinez.

O Desportivo perdeu a primeira ótima chance aos 10 minutos, quando chutou uma bola por cima do gol mesmo cara-a-cara com o goleiro do Palestra, um grande fã do Kiss. O time visitante mostrava um ótimo futebol e envolvia os donos da casa, tanto que acabou abrindo o placar aos 26 minutos. O jogador Sérgio Mendes recebeu um ótimo passe pela esquerda do seu ataque, e encheu o pé para deixar o time do Desportivo na frente.


Jogadores se preparando para escanteio do time palestrino. Foto: Fernando Martinez.

Com a vantagem, o time de Porto Feliz ficou com o jogo mais cadenciado, e nesse momento o Palestra melhorou um pouco. A equipe do ABC paulista passou a armar melhor seus ataques, mas pecava nas finalizações. E na primeira chance real de gol, a equipe conseguiu empatar o jogo na base do sufoco.

Aos 41 minutos, após cruzamento da direita, o goleiro fez milagre em boa cabeçada do camisa 8 palestrino e no rebote o jogador Jefferson tocou no canto direito do goleiro do time visitante. Mesmo com o Desportivo merecendo levar o jogo com a vantagem parcial para o intervalo, o Palestra conseguiu seu empate.


Segundos depois dessa foto, o Palestra deixaria tudo igual no marcador. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo fui conversar com o pessoal da torcida do Palestra, todos felizes pela campanha do time nesse ano e com a esperança que a equipe possa garantir o acesso à Série A3 em 2010. Me relembraram também sobre o aniversário de 74 anos da equipe do ABC nesse 1ºde setembro. O time comemora seus 74 anos de vida e torce muito para que o título desse ano seja palestrino.


Jogador do Desportivo Brasil recebendo boa bola no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Depois dessa boa conversa, voltei para o gramado sintético do Baetão para acompanhar o ataque do Desportivo Brasil. E a partida ficou mais equilibrada, com as duas equipes tentando a vitória.


Boa falta para o time visitante, mas que não resultou em gol. Foto: Fernando Martinez.

Mas chance de gol foi algo que não apareceu tanto no segundo tempo. Os times chegavam, mas o gol não acontecia. Ele só foi aparecer novamente no final dessa segunda etapa, mais precisamente aos 35 minutos, quando o time visitante passou de novo à frente do marcador. E foi um verdadeiro golaço do jogador Erivelto, que driblou dois zagueiro do Palestra e chutou forte na saída do goleiro.


Troca de passes pela esquerda do ataque do Desportivo. Foto: Fernando Martinez.

Uma derrota seria complicada para o Palestra, então o time se lançou ao ataque, buscando o empate de qualquer forma. E quase no final do jogo o time conseguiu deixar tudo igual novamente. Aos 43 minutos, o jogador José Artur recebeu cruzamento da esquerda e cabeceou sozinho para o fundo das redes do Desportivo.


Exato momento do segundo gol do Desportivo Brasil, aos 35 do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Palestra 2-2 Desportivo Brasil. O empate deixa os dois times com quatro pontos, mas o time do ABC ainda está na primeira colocação do seu grupo devido ao saldo de gols. Logo atrás, com três pontos, o Atlético Araçatuba segue ameaçando.

Após a partida fui junto com o amigo Thiago, torcedor do querido Bernô, para uma carona até o meio do caminho para a minha casa. E o jogo do sábado vem em breve aqui no JP!

Até lá

Fernando

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Portuguesa perde mais uma em casa pela Série B

Opa,

Depois de um final de semana de recesso geral aqui no JP, essa terça-feira à noite teve mais uma rodada do Campeonato Brasileiro da Série B na pauta. Fui então sozinho (para variar um pouco) para o longínquo Estádio do Canindé para ver meu centésimo jogo no ano e para mais um jogo da Portuguesa, jogando pela estréia do returno contra um ameaçado Vila Nova/GO.

As coisas não estão fáceis pelos lados do Canindé não. A Portuguesa parece ter gasto seu bom futebol na épica vitória contra o Guarani, pois depois daquela noite o time somou quatro derrotas e apenas um empate. Jogar em casa, contra um dos times que estão rodeando a zona de rebaixamento poderia ser a noite da redenção... ou não.

Dessa vez não cheguei tão cedo, e entrei no estádio com alguns minutos já jogados. Mas não perdi nada, pois o time rubro-verde, mesmo com maior posse de bola, não conseguia criar boas chances e o toque final sempre acontecia com falha. A rigor mesmo, apenas três chances diganas de registro. A primeira com o estreante Zé Carlos (ex-Cruzeiro), a segunda numa falta mal cobrada por César Prates e a última nos acréscimos, quando Zé Carlos bateu falta com maior perigo.


Zagueiro do Vila Nova protegendo a bola pela lateral. Foto: Fernando Martinez.

O Vila Nova achava o empate ótimo, e chegou apenas uma vez no primeiro tempo. Para a segunda etapa a certeza era que a Lusa precisava colocar mais alguns atacantes e pressionar mais os goianos. E zanzando por ali, já via que o bicho ia pegar caso o time não ganhasse.


Falta cobrada por César Prates no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O segundo tempo então veio e a Portuguesa voltou tentando pressionar, mas o Vila Nova foi quem acabou marcando o primeiro. Aos 4 minutos, numa falha grotesca da zaga lusitana, o zagueiro Vítor apareceu livre e tocou para fundo das redes. E o time goiano quase chegou ao segundo, em boa chance do atacante Gil.


Chance da Lusa em cobrança de escanteio pela direita. Foto: Fernando Martinez.

O gol dos visitantes foi o que bastava para a torcida da Lusa estressar de vez. Cantos contra alguns jogadores, membros da diretoria e muito xingamento eram as palavras de ordem. Com esses apupos tomando conta do Canindé, a Lusa ainda conseguiu o empate aos 22 minutos. Edno cobrou falta da direita e Bruno Rodrigo cabeceou firme para o fundo das redes.


Visão geral do Canindé, no jogo Portuguesa x Vila Nova/GO. Foto: Fernando Martinez.

Mas a falta de humildade de alguns atletas da Lusa acaba atrapalhando o time. Na comemoração do gol, o jogador Edno resolveu mandar a torcida ficar quieta. Logo ele, que não vem fazendo boas partidas faz tempo. Ao invés de ficar na dele, comemorando o gol e só, ele resolve fazer essa lambança. Preciso dizer que a torcida queria comer ele vivo durante o resto do jogo?


Falta para a Lusa, mas que passou longe do gol. Foto: Fernando Martinez.

E para azar da torcida, o Vila Nova chegou ao segundo gol num contra-ataque simplesmente perfeito. O jogador Gil correu pela direita e tocou para um Alex Dias, completamente sem marcação, só ter o trabalho de tocar para fazer a festa da pequena torcida goiana no Canindé. Todos queriam ver o jogador Edno mandar a torcida ficar quieta nesse momento, mas ele não fez mais o gesto infeliz.


No final, a Portuguesa tentou mas não chegou ao empate. Foto: Fernando Martinez.

A Portuguesa tentou empatar, mas na base do "bumba-meu-boi". Sem objetividade, sem inspiração e sem cara de time. O placar final era o que todos menos queriam: Portuguesa 1-2 Vila Nova/GO. Após o jogo alguns "conselheiros" do time ainda foram ameaçar alguns jogadores com armas dentro do vestiário do time. Voltamos aos anos 70!

O pior é que a Lusa agora está seis pontos atrás do G4, na nona posição. Mas ao invés de se preocupar com G4, o time também que abrir o olho, pois a zona de rebaixamento está chegando. O primeiro rebaixado hoje teria 23 pontos, e a Portuguesa tem 28. Eu achava que o time iria subir, mas a fase ruim está demorando tempo demais para acabar.

Semana que vem tem mais jogo no Canindé, agora sem o técnico Renê Simões, com o Benazzi no banco (que vai deixar muitos torcedores indignados, com certeza) e alguns jogadores com medo de jogarem pelo clube. Uma pena.

Até a próxima!

Fernando

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

JP na Segunda Divisão mineira: Fabriciano vence o Lavras fora de casa

Fala pessoal!

Na última quarta-feira resolvi fazer um bom e velho "Especial do Mês" e me mandei para Minas Gerais, aonde fui acompanhar uma partida do genial Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Tive a companhia do maior conhecedor do Sul de Minas Victor Minhoto até a cidade de Lavras, para o jogo entre os novíssimos Lavras FC e Fabriciano FC, pela terceira rodada da primeira fase do torneio. O jogo aconteceu no fantástico Estádio Juventino Dias.

Saí de São Paulo cedinho rumo à Cambuí, cidade agradável no Sul de Minas. Lá encontrei o Victor e seguimos pela Fernão Dias até Lavras. Em duas horas e meia de viagem muito papo e consegui matar um pouco da saudade das belíssimas paisagens que temos na região. Chegamos cedo na cidade e como tempo era o que mais tínhamos fomos procurar um lugar para almoçarmos.


Escudos do Lavras FC e do Fabriciano FC, que não costumam aparecer muito pela internet. Fotos: Fernando Martinez.

Mas não sabíamos que seria uma tarefa árdua achar um lugar legal. Primeiro fomos ao Shopping local e ele parecia cenário daqueles filmes apocalípticos, aonde as pessoas fogem de tudo e deixam os lugares intactos para trás. Encontramos apenas uma clínica dentária aberta, enquanto a praça de alimentação e 98% das lojas estavam fechadas, sem o menor sinal de presença humana.

Fomos então ao centro de Lavras e começamos a perguntar qual seria a melhor pedida de almoço. Duas pessoas em locais diferentes nos indicaram um boteco perto da UFLA. Resolvemos arriscar, mas olha... o lugar não ganharia nem em delírios o selo JP de qualidade. Não tinha cardápio, as paredes eram imundas, as mesas quebradas e a entrada da cozinha era a mesma entrada do banheiro feminino. A gente ainda comseguiu durar 2 minutos dentro do local.

Mas demos sorte, pois na frente do boteco tinha um ótimo lugar que servia vários tipos de pães. E acompanhando a refeição uma trilha sonora fantástica que, entre outros, tinha Neil Young, Tom Petty e Paul McCartney. Satisfeitos, fomos ainda visitar o campo da UFLA. Estádio fantástico, com uma arquibancada que não fica a dever para estádios bem maiores do nosso interior.

Finalmente depois dessa epopéia toda chegamos ao Juventino Dias e já fomos começar nossos contatos com a diretoria dos dois clubes em busca de informações. Fomos muito bem recebidos tanto pelo Marcelo, atual presidente do Fabriciano, quanto pelo Gerente de Futebol do Lavras FC, Wesley. Deixamos aqui um abraço para o pessoal dos times.

Mas o jogo estava na hora de começar, e então as equipes entraram no gramado do estádio e posaram de forma exclusiva para as lentes do JP:


Lavras FC - Lavras/MG. Foto: Fernando Martinez.


Fabriciano FC - Coronel Fabriciano/MG. Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem da partida e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

O jogo foi válido pela terceira rodada da Segunda Divisão. Na primeira fase, o campeonato tem três grupos, dois com cinco times e um com seis times. Para a Segunda Fase, que será um Hexagonal, os dois primeiros de cada chave se classificarão. Os times do duelo de quarta-feira etsão na Chave C, que além dos dois tem as equipes do Tombense, Contagem, Sport de Juiz de Fora e o tradicionalíssimo Fabril.

Antes desse jogo as duas equipes somavam uma vitória e uma derrota, e a vitória aqui seria essencial para que os líderes da Chave não se distanciassem. E por jogar em casa, o Lavras teria a "obrigação" de garantir os três pontos. Nesses campeonatos de tiro curto, qualquer ponto perdido em casa pode ser fatal.


Falta para o Fabriciano pela direita do seu ataque no começo da partida. Foto: Fernando Martinez.

Eu e o Victor então fomos acompanhar o ataque do Fabriciano no primeiro tempo pois o sol era forte, e o ataque do time visitante nos presenteava com uma agradável sombra. A ártida começou atrasada pois a ambulância atrasou, e após 15 minutos a árbitra apitou para o início do combate. E foram os visitantes quem começaram melhor, dominando o meio-campo e levando bastante perigo para o gol do Lavras.


Mais uma chegada do time visitante pela direita. Foto: Fernando Martinez.

O Lavras até tentava, mas não conseguia criar chances perigosas. E as duas primeiras ótimas chances do jogo vieram em sequência e foram do time azul. A primeira foi aos 22, num belo chute do jogador Neguinho de fora da área que desviou na zaga. O goleiro Lucas fez um milagre ao conseguir jogar a bola para escanteio. Aos 22, foi a vez de Verçosa chegar pela direita e encher o pé. O goleiro fez mais um milagre e de novo mandou para escanteio.


Chute de fora da área do time do Fabriciano. Foto: Fernando Martinez.

No contra-ataque, o Lavras quase marcou numa bobeada do goleiro Nivaldo, aonde a bola tocou de leve na trave. Enquanto os times jogavam, nós ficamos conversando com um fotógrafo do time vermelho e um dos gandulas. Muita conversa também sobre o Fabril, e a triste situação que o time tradicional se encontra atualmente.

A partida ia seguindo para o seu intervalo quando o Fabriciano abriu o marcador aos 38 minutos. E foi o zagueiro Ney quem tocou de coxa após escanteio da esquerda. A zaga do time da casa falhou e viu a equipe visitante chegar no intervalo com a vantagem mínima no placar.


Exato momento da marcação do primeiro gol do jogo. O zagueiro do Fabriciano bateu de coxa para deixar o time visitante na frente do marcador. Foto: Fernando Martinez.

Nesse intervalo eu e o Victor fomos até a arquibancada do Juventino Dias para mudar um pouco o ângulo das fotos, e dali vimos uma fantástica reação do Lavras na segunda etapa. Antes disso, conseguimos a camisa do time da casa para a nossa coleção. Com certeza uma das peças mais difíceis.


Bom chute de fora da área do time do Lavras no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Os times voltaram a campo e com certeza a conversa da comissão técnica do time vermelho foi altamente proveitosa. A equipe voltou com outro espírito e muito melhor no gramado. O time jogou em cima do Fabriciano e criou nos primeiros minutos grandes chances para empatar o jogo. O gol parecia questão de tempo, e então aos 11 minutos o camisa 2 Alisson acertou um chutaço de fora da área que entrou no ângulo esquerdo do goleiro Nivaldo. Tudo igual no placar.

Aos 17 minutos a arbitragem anulou um gol do Lavras que muitos no estádio não entedenderam o motivo. Do nosso ângulo ficou uma dúvida enorme também, mas como estávamos longe não temos muito o que falar. Quatro minutos depois, o time do Fabriciano esfriou um pouco o ânimo do time da casa com a marcação de um pênalti a seu favor. O jogador Ivan cobrou e o goleiro Lucas fez uma fantástica defesa. A torcida do Lavras foi á loucura.


Pênalti perdido pelo time do Fabriciano, com ótima defesa do goleiro Lucas. Foto: Fernando Martinez.

O mais doido foi que num dos muros do estádio tinham cerca de 50 torcedores do Fabril, "secando" o Lavras e gritando a cada boa chance do Fabriciano. Mas na hora do pênalti perdido, eles não tiveram muito o que comemorar. Após essa chance, o jogo voltou a ficar equilibrado e com a temperatura bastante alta.


Chute forte pela esquerda que levou bastante perigo ao gol do Lavras. Foto: Fernando Martinez.

Jogadas ríspidas aconteceram e a arbitragem resolveu aplicar alguns cartões. Por volta dos 40 minutos um dos lances capitais da partida. Numa disputa na lateral, o camisa 16 do time azul Emílio, acertou um tapa no camisa 2 Alisson. Mas a arbitragem resolveu dar somente cartão amarelo ao atleta do FFC e outro para o atleta do Lavras. Mas ele já tinha amarelo, e acabou sendo expulso.


No final, o Lavras tentou marcar o segundo, mas sofreu o segundo gol num rápido contra-ataque. Foto: Fernando Martinez.

Mesmo com um a menos, o Lavras foi para cima buscando a virada e os três pontos em casa. Mas a equipe não conseguia furar o bloqueio defensivo do Fabriciano, e as bolas alçadas não fizeram sucesso. O jogo foi então se aproximando do seu final, e aos 49 minutos o castigo para o time da casa. Num contra-ataque rápido do jogador Emílio (aquele mesmo da confusão) fez uma jogada fantástica, driblou dois zagueiros do time da casa e chutou no canto direito do goleiro. Muita comemoração do pessoal do time azul, do pessoal que estava no muro torcendo contra o Lavras, e uma vitória suada nos acréscimos.

Final de jogo: Lavras 1-2 Fabriciano. E foi só a árbitra apitar o final do jogo que o pessoal da casa foi para cima dos jogadores e comissão técnica do time azul. O pau quebrou, e alguns tomaram chutes e muitos socos antes da polícia entrar em ação. Os jogadores trocaram algumas ameaças, e o jogo da volta promete ser mais quente ainda.


O pau quebrou no final do jogo. Aqui dois momentos da muvuca. Fotos: Fernando Martinez.

O Fabriciano então conseguiu três pontos importantíssimos buscando sua vaga na Segunda Fase. Mas o empate teria sido mais justo, pois cada uma das equipes jogou melhor num tempo do jogo. Mas ainda faltam sete jogos para cada time, e o campeonato está só começando.

Após a partida então rumamos novamente pela Fernão Dias até a cidade de Cambuí. Ainda ganhei um "conheça sua cidade" com o Victor me mostrando as principais atrações da cidade do Sul de Minas, antes de eu pegar meu ônibus com destino à São Paulo. Esperamos que em breve consigamos trazer novamente algum jogo desse campeonato fantástico para as páginas do JP.

Até a próxima!

Fernando