Procure no nosso arquivo

domingo, 21 de dezembro de 2008

Corinthians e Santos empatam na disputa do primeiro jogo pelo 3º lugar do Paulista Feminino

Boa tarde!

Mais uma vez eu - The Watcher - tenho o enorme prazer de participar das páginas virtuais do JOGOS PERDIDOS. Fui convocado para uma partida realmente perdida demais na última sexta-feira à tarde e dei um jeito nos meus compromissos particulares para acompanhar tal peleja. Mesmo com o título do Campeonato Paulista Feminino já decidido em favor do Botucatu FC (e que teve cobertura do Orlando), Corinthians e Santos, que foram derrotados nas semifinais, entraram em campo no Estádio Conde Rodolfo Crespi para definir o terceiro e quarto lugares da competição. Tudo pois o estado de São Paulo tem três vagas para a Copa do Brasil feminina, e o vencedor dessa disputa irá para a competição nacional.

Mesmo tendo sido campeão do torneio dois dias antes dessa partida, o Santos não tem participação assegurada em 2009. Portando mesmo sendo um jogo praticamente "fantasma", já que uma sexta-feira à tarde com futebol feminino passou despercebida por 99,9% do pessoal por aí, a partida prometia bastante. Como não poderia deixar de acontecer, eu fiz as honras e fiz as fotos oficiais do jogo, cortesia do JP:


SC Corinthians P (feminino) - São Paulo/SP. Foto: The Watcher.


Santos FC (feminino) - Santos/SP. Foto: The Watcher.


O trio de arbitragem da partida com as capitãs das equipes. Foto: The Watcher.

Dentro do campo de jogo vi todos os ingredientes que um bom clássico pode ter: muita luta e rivalidade em campo. Mas o Santos tem melhor time, e nos primeiros 10 minutos de jogo colocou três bolas na trave do arco corintiano, assustando a zaga do Parque São Jorge e levando à loucura a boa torcida santista presente por lá. O Corinthians foi acordando aos poucos, mas sem nenhuma chance efetiva de gol. A primeira delas veio na metade do primeiro tempo, com a atacante Cristiane aparecendo livre, mas chutando em cima da goleira santista.


Zaga santista afastando o perigo. Foto: The Watcher.


Goleira do Santos saindo para neutralizar ataque corintiano. Foto: The Watcher.

O jogo ficou bastante equilibrado, com o time corintiano tocando bem a bola em toques rápidos do seu ataque e com o Santos levando perigo em contra-ataques precisos. Mas nada disso se traduzia em gols, e só nos acréscimos a torcida fez a festa na Javari. E a zaga corintiana, provavelmente no espírito natalino, resolveu presentear o ataque santista com o primeiro gol dos visitantes. Numa bola que era toda da zaga, as meninas bateram cabeça e a bola sobrou livre para a bela camisa 20 santista, Maurine. Ela entrou sozinha e tocou na saída da goleira Viviane. Santos 1 a 0 e intervalo de jogo.


Mais uma vez a atenta zaga santista chutando para longe bola do ataque do time da casa. Foto: The Watcher.


Primeiro chute com perigo para o gol santista, em ótima defesa da goleira praiana. Foto: The Watcher.

Aproveitando o descanso dos times fui tomar uma água numa banca de jornal lá perto. na volta, encontrei um grande amigo perdido nas imediações da Javari, que nem sabia que estava tendo jogo por lá. Depois de alguns minutos de conversa, voltei ao estádio para o segundo tempo. Mas não fiquei dentro do campo dessa vez, e sim fui me instalar nas cabines de imprensa do estádio. E o segundo tempo foi ainda melhor do que o primeiro.

O Corinthians tentava o empate, mas pecava sempre no toque final. O Santos, com seu ótimo time, chegava com perigo e assustava sempre a zaga corintiana. O mais legal desse segundo tempo foi acompanhar a "disputa" das torcidas nas arquibancadas. De um lado jogadoras santistas uniformizadas e do outro as jogadoras do time feminino do Juventus, todas torcendo para o alvinegro. Sem ofensa, e muito menos brigas, os dois grupos rivalizavam em cantos sem ofensa nenhuma, só ficando na brincadeira mesmo. Saudade dos tempos que isso acontecia também em jogos masculinos.

A peleja foi seguindo sem mais gols, mas de repente uma avalanche de tentos foram assinalados. Em quatro minutos, três gols deixaram todos eletrizados por lá. Aos 26 minutos, o Santos ampliou em mais uma bobeada corintiana. Depois de escanteio da esquerda, a jogadora Aline Pelegrino subiu sozinha e cabeceou no canto direito do gol. Santos 2 a 0 e a classificação corintiana mais longe. Mas o time do Parque São Jorge não se abateu, e na saída de bola marcou o primeiro, com a jogadora Andreza chutando forte depois de rebote da goleira Kaká.


Ótima chance do Corinthians interceptada pela zaga santista. Foto: The Watcher.

E o que parecia impossível aconteceu aos 29 minutos, quando a atacante Cristiane, o destaque absoluto do time, recebeu cruzamento da esquerda e cabeceou com estilo no canto esquerdo de Kaká, que nem se mexeu. O Corinthians conseguia o empate apenas três minutos após do segundo gol santista. Bastante animadas, as corintianas foram com tudo pra cima do Santos, mas não conseguiram mais furar o bloqueio santista, feliz com o empate fora de casa.

Final de jogo: Corinthians 2-2 Santos. O time do Parque São Jorge conseguiu uma reação fantástica, mas isso não adiantou muito, já que no segundo jogo, disputado nesse domingo, as Sereias da Vila venceram por 3 a 1 e se classificou para a Copa do Brasil 2009. Um merecido prêmio para o time santista, realmente o melhor do Brasil na atualidade.

Após essa partida fui matar a saudade da famosa pizzaria que fica ao lado da Javari e degustei um dos melhores exemplares de pizza da cidade de São Paulo. E honrado por participar desse final de ano aqui no blog só tenho que desejar um Feliz Natal e um próspero Ano Novo aos fãs do blog. Deixo um obrigado aos amigos do JP que me dão espaço por aqui e sempre que for chamado, espero poder contribuir com os posts desse magnífico blog! Até 2009!

Excelsior

The Watcher

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Tricordiano ainda com chances de acesso na Segundona Mineira

Fala pessoal!

No último domingo tivemos o prazer de fazer uma viagem como os tempos antigos e saímos de madrugada numa caravana até o interior mineiro. Junto com o Emerson e o seu Natal, seguimos via Fernão Dias até a cidade de Três Corações, para um jogo decisivo do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Depois de muito sono e mais de 300 quilômetros, chegamos na cidade em que nasceu o rei do futebol para o jogo entre Tricordiano e Guaxupé, no Estádio Elias Arbex.

Antes de chegar para o jogo, ainda deu tempo para tomar um bom café da manhã e partir então para o jogo. Chegamos com tempo suficiente e já entramos no gramado. O mais legal é que fomos muito bem recebidos por diretores do Tricordiano, que já nos conheciam e agradeceram bastante nossa visita por lá. O pessoal do time da casa até tirou fotos conosco, para guardarem de lembrança. Após esse momento incrível, os times adentraram o gramado e fizemos as fotos oficiais do jogo:


CA Tricordiano - Três Corações/MG. Foto: Fernando Martinez.


SE Guaxupé - Guaxupé/MG. Foto: Fernando Martinez.


O árbitro André Luis Martins Dias Lopes, os auxiliares Pedro Alcântara Campos e Marley Leite da Silva e os capitães dos times posando para o JP. Foto: Fernando Martinez.

Falando do jogo, a partida foi especial pois matei duas equipes, o estádio e a cidade, pois nunca tinha ido até o berço do Pelé. E a inclusão desses times na Lista foi em grande estilo, pois o Tricordiano precisava da vitória a todo custo, para ainda continuar sonhando com o acesso ao Módulo II em 2009. Para o Guaxupé, já eliminado, fica a certeza da boa campanha até aqui e também a espera para terminar o campeonato de forma digna.

Dentro do campo de jogo, pudemos observar o estádio completamente tomado pela torcida local. Na falta do tradicional Atlético-TC, o Tricordiano está preenchendo a lacuna no futebol profissional da cidade muito bem. Com mais de 2000 torcedores presentes por lá, a festa correu solta, com todo mundo empurrando pra valer o time da casa. Mas por falar em Atlético-TC, alguns planos deixam clara a intenção da volta do time ao profissionalismo em 2009, vamos aguardar!


Ataque do Tricordiano logo no começo de jogo. Foto: Fernando Martinez.

Empurrado pela torcida, o Tricordiano começou o jogo tentando encurralar o Guaxupe no seu campo de defesa. Mas por alguma afobação o time não conseguia chegar de forma mais precisa. Tudo ficou mais complicado quando, aos 15 minutos, o time visitante abriu o marcador. A bola foi chutada da direita pelo jogador Gilvando e ainda tocou na zaga tricordiana antes de entrar. Festa do time verde, mas nem assim a torcida esmoreceu.


O camisa 10 do time da casa tentando armar um ataque pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Melhor no jogo, o time vermelho passou a criar ótimas chances para empatar o jogo. Algumas passaram raspando à trave do Guaxupé, outras foram para fora. Mas graças a um cochilo da zaga do time visitante, o empate finalmente aconteceu aos 30 minutos. Numa bola que foi recuada ao goleiro e ele pegou com a mão, o Tricordiano teve a seu favor o tiro livre indireto dentro da área. E como todo time precisa de sorte também, depois de dois chutes errados a bola sobrou para Jonathas, que encheu o pé e deixou tudo igual no placar.


Cobrança de tiro livre indireto dentro da área do Guaxupé. Segundos depois dessa foto, o jogo estava empatado. Foto: Fernando Martinez.

Com a força da torcida e com um bom futebol no gramado, os anfitriões buscaram a todo custo o empate ainda no primeiro tempo. Quando a partida parecia seguir empatada para o intervalo, mais uma bobeada da zaga do Guaxupé deu de presente um pênalti para o adversário. Numa bola fácil para o goleiro, e mesmo contando com a cobertura de dois zagueiros, a bola foi perdida para um atacante do time da casa e aí não teve jeito: o arqueiro fez pênalti e ainda ganhou um cartão amarelo. Vacilada total e a chance da virada nos pés de Marcelo. Na cobrança clássica de goleiro de um lado e bola no outro, o Tricordiano virou o jogo e fez a festa completa da sua torcida. 2 a 1 no placar e intervalo de partida.


Mesmo com o goleiro e dois zagueiros do Guaxupé na jogada a bola foi perdida e o Tricordiano acabou ganhando um pênalti. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo fomos fazer aquela social nas arquibancadas do Elias Arbex e fomos bastante cumprimentados pelo trabalho realizado aqui no JP. Muita simpatia do pessoal por lá, muita muvuca e não demoramos muito para voltar ao gramado, pois era o lugar mais tranqüilo do estádio. Também aproveitamos para fazer umas imagens peculiares por ali:


Tiozinho subindo na marquise do estádio para dar uma voltinha num lugar sem tanta gente, e o pessoal vendo o jogo no muro atrás do gol dos fundos do Elias Arbex e se protegendo da chuva como podia. Nesse caso, telhas de amianto. Fotos: Fernando Martinez.

O segundo tempo então veio e com ele o Tricordiano foi dono da partida. Mas o time pecava nas finalizações e não conseguia traduzir esse domínio todo em gols. Gols que podem fazer falta no final dessa difícil fase final da Segundona, pois um bom saldo de gols pode ser precioso para o acesso. O Guaxupe só deixava o tempo passar buscando não tomar mais gols, pois 2 a 1 contra já estava bom.


Cruzamento pela direita em mais uma chance do Tricordiano no segundo tempo de jogo. Foto: Fernando Martinez.

As maiores emoções ficaram mesmo por conta de tentarmos fugir da chuva (eu e o Emerson) cada vez que ela apertava mais. Ficávamos um pouquinho atrás do gol, e quando ela apertava já íamos para um providencial lugar na entrada dos vestiários da arbitragem. Nesse meio-tempo vimos o mesmo tiozinho que passeava pela marquise tentar espantar o pessoal do muro com seguidos rojões. Genial...


Mais uma chegada do Tricordiano pela direita. Foto: Fernando Martinez.

Mas no final o placar não foi mais alterado, para a alegria da animada torcida local. Final de jogo: Tricordiano 2-1 Guaxupé. Agora o time alcança a terceira colocação, só perdendo o segundo posto para o Funorte pelo critério do saldo de gols. E o time tem uma super-decisão nessa quarta-feira, quando joga contra o mesmo Funorte lá em Montes Claros. Uma vitória deixa o time com um pé no Módulo II do ano que vem.


Depois do jogo, o Emerson resolveu esperar o trem que passa na porta do estádio e o seu Natal resolveu fazer algumas amizades com o pessoal local. Tudo pelo social! Fotos: Fernando Martinez.


Como não poderia deixar de ser, fomos visitar a Praça Pelé, com a estátua em homenagem ao Rei. Foto: Fernando Martinez.

Após a partida conseguimos adquirir raríssimas camisas oficiais do Atlético-TC na porta do estádio e ainda conseguimos um belo almoço num restaurante local. Depois fomos visitar a estátua do Rei do futebol, na nossa porção "faça turismo sempre". Debaixo de uma chuva forte e um trânsito absurdo, voltamos para São Paulo mais uma vez com o sentimento de dever cumprido. E em breve queremos fazer mais viagens por aqui. Fiquem ligados!

Até a próxima

Fernando

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Botucatu Bi-Campeão Paulista Feminino 2008/2009

Olá,

Após um breve período ausente dos campos de futebol, no último sábado pela manhã, voltei a botar o pé na estrada e, segui pela Rodovia Castello Branco, em direção a uma cidade que nunca havia aparecido por aqui no JOGOS PERDIDOS por conta de cobertura de alguma partida. A pedida dessa vez foi viajar até a bela cidade de Botucatu para acompanhar de perto a partida de volta pela decisão do Campeonato Paulista de Futebol Feminino, reunindo as equipes do Botucatu F.C. e do Saad E.C. que foi realizada no Estádio Dr. Acrisio Paes Cruz de propriedade da A.A. Ferroviária de Botucatu.

Ao chegar ao meu destino, observei um grande movimento de público que se encaminhava ao estádio para assistir essa decisão e, de fato o público presente foi expressivo, pois calculo que estiveram presentes cerca de 4.000 pessoas que não pararam um só segundo de incentivar seu time. Além disso, faço questão de ressaltar a hospitalidade do pessoal de Botucatu à minha pessoa, em especial do Prefeito Antônio Mário de Paula Ferreira Ielo que acompanha o JP há muito tempo.

Depois da recepção, me encaminhei ao centro do gramado para disputar um espaço visando conseguir fotografar as participantes da partida e o trio de arbitragem, cujas fotos apresento abaixo:


Botucatu F.C. (Feminino) - Botucatu/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Saad E.C. (Feminino) - Águas de Lindóia/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Trio de arbitragem formado por Paulo Roberto de Souza Júnior e suas assistentes Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo e Renata Ruel Xavier de Brito, ao lado das capitãs das equipes. Foto: Orlando Lacanna.


Troféus que seriam entregues ao Campeão e Vice-Campeão. Foto: Orlando Lacanna.

Como na partida de ida, realizada em Águas de Lindóia, o Botucatu havia vencido por 2 a 1, o título só escaparia das donas da casa, caso fossem derrotadas por uma diferença de dois ou mais gols e, por conta disso, o otimismo tomou conta da torcida local, ao passo que as atletas, embora confiantes na conquista, em momento algum deixaram de respeitar as adversárias.

Mesmo com a boa vantagem de poder perder até por um gol, o time do Botucatu saiu para o jogo com muita vontade, visando aumentar a vantagem e, tanto é verdade, que conseguiu chegar ao seu primeiro gol logo aos 10 minutos, anotado pela experiente Formiga, numa escapada pela esquerda que culminou com um chute cruzado, mais parecendo um cruzamento que acabou tocando no pé do poste esquerdo e morrendo no fundo da meta defendida por Maravilha.


Cruzamento perigoso do ataque botucatuense no início da partida. Foto: Orlando Lacanna.


Apesar da bola não aparecer, aí está o lance do gol do Botucatu. Foto: Orlando Lacanna.

Embora o Botucatu tenha conseguido aumentar a vantagem, continuou em cima e foi criando sucessivas chances para ampliar o marcador, tanto que a goleira visitante Maravilha, acabou se tornando um dos destaques individuais da partida em razão de ter praticado pelo menos três ótimas defesas em jogadas executadas por Grazi, Dani e Loirão.


Armação de novo ataque do Botucatu com o bom público ao fundo. Foto: Orlando Lacanna.

Ao longo da primeira etapa, a equipe do Saad se mostrou um tanto quanto tímida no campo de ataque, principalmente se levarmos em conta a necessidade de reversão da vantagem. Nessa toada, somente aos 44 minutos, as visitantes chegaram perto do gol, numa cobrança de falta feita por Maycon em que a bola tirou tinta do poste direito da meta defendida por Renatinha. Esse lance parece que acordou o Saad que acabou chegando ao empate, aos 45 minutos, através de Magrão que desviou de cabeça um cruzamento vindo da direita, numa jogada em que o setor defensivo do Botucatu bobeou geral.


Zagueira do Saad interceptando atacante do Botucatu. Foto: Orlando Lacanna.

Durante o intervalo, houve uma apresentação de dança, protagonizada por alunas de colégios municipais. Foi um espetáculo super agradável de ser assistido que ajudou o tempo passar e esquecer um pouco o forte calor.

A bola voltou a rolar e, de cara, foi possível notar que as meninas do Saad voltaram com muita vontade, partindo com tudo para o campo de ataque, tendo chegado perto da virada, aos 10 minutos, em jogada individual de Maycon que acabou desperdiçando a chance, pois mandou a bola por cima do travessão. Nos primeiros vinte minutos, o Saad conseguiu maior posse de bola, porém esse domínio não resultou em jogadas mais perigosas.

Após esse período, o Botucatu voltou a dar as cartas e passou a criar novas chances, porém da mesma forma como aconteceu no primeiro tempo, a goleira Maravilha voltou a brilhar e impediu a marcação de outros gols pelo time local em pelo menos quatro momentos, em jogadas concluídas por Loirão, Cubana, Formiga e Grazi.


Jogada de ataque do Botucatu pela ponta direita no segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.


Disputa acirrada de bola junto ao meio de campo. Foto: Orlando Lacanna.

Final de jogo com o placar indicando Botucatu 1 - 1 Saad que deu o título ao time da casa pela segunda vez consecutiva, coroando uma campanha espetacular de 26 jogos, com 17 vitórias, 8 empates e uma única derrota, tendo marcado 99 gols e sofrido apenas 19, ficando com o saldo positivo absurdo de 80 gols.

Tão logo a partida foi encerrada, começou uma animada festa, ainda no gramado, a qual se estendeu às arquibancadas, sendo que em seguida, teve início a solenidade de entrega das medalhas e troféus às duas equipes.


Início da comemoração do Botucatu logo após o término da partida. Foto: Orlando Lacanna.


Equipe do Saad e o troféu conquistado pelo Vice-Campeonato. Foto: Orlando Lacanna.


Festa do Botucatu no pódium com o troféu de Campeão. Foto: Orlando Lacanna.


Capitã Grazi desfilando com o troféu. Foto: Orlando Lacanna.

Quando eu estava saindo do gramado e me despedindo das pessoas ligadas ao Botucatu, fui surpreendido com um gentil convite do Prefeito Ielo para participar de um almoço de confraternização numa churrascaria da cidade, na companhia dos dirigentes botucatuenses e também ao lado da equipe da Rede Vida de Televisão. Foi um almoço super agradável, no qual tive a oportunidade de ouvir muitas histórias do futebol da cidade, bem como dos planos para o futuro.


Da esquerda para direita: João Chavari (Presidente da Ferroviária), Orlando (Jogos Perdidos), Paulo Júnior (Rede Vida), Prefeito Ielo com sua filhinha, Geraldo (Rede Vida), Ricardo Guimarães (Rede Vida) e Alfredinho (Rede Vida). Foto: Maschio.

Para finalizar, quero deixar registrado os cumprimentos do JOGOS PERDIDOS às atletas Bi-Campeãs, comissão técnica, dirigentes e torcedores pela importante conquista e o desejo de que esse trabalho tão importante tenha continuidade e possa ser expandido ao futebol profissional, com a cidade de Botucatu voltando a ter um time disputando a Segundona.

Bem, depois do almoço permaneci algumas horas na cidade dos bons ares, e em seguida iniciei o retorno para São Paulo. Foi isso.

Abraços,

Orlando

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Segundona mineira na reta final com boa vitória do Tricordiano fora de casa

Olá pessoal,

Na última quarta-feira consegui um tempinho e fui até Santa Rita do Sapucaí/MG, mais precisamente no Estádio Municipal Cel. Erasmo Cabral, acompanhar a partida entre Santarritense e Tricordiano, válida pela fase final do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. O jogo era muito importante, pois as duas equipes estavam empatadas em terceiro lugar e visavam se aproximar nos líderes América/TO e Funorte e, por este motivo, a presença de público foi boa e até mesmo contava com a presença de uma animada caravana de Três Corações.


Santarritense FC - Santa Rita do Sapucaí/MG. Foto: Victor Minhoto.


CA Tricordiano - Três Corações/MG. Foto: Victor Minhoto.


Capitães das equipes, árbitro Elmivan Alves Andrade e assistentes Janette Mara Arcanjo e Rodrigo Otávio Baeta. Foto: Victor Minhoto.

Como era de se esperar o jogo começou muito tenso com as duas equipes brigando muito pela posse de bola, porém, quem comandava as ações era a equipe tricordiana. Esse panorama perdurou durante 15 minutos, o que começou a deixar a torcida local preocupada, afinal os locais sequer chegavam na área adversária. Após os momentos iniciais o Santarritense equilibrou as ações e o jogo ficou muito disputado no meio de campo, inclusive com jogadas mais ríspidas por parte dos dois quadros.


Nos minutos iniciais foi o Tricordiano quem comandou as ações e criou as melhos chances de gol. Foto: Victor Minhoto.

Até que aos 31 minutos aconteceu uma fato lamentável. Enquanto um jogador do Santarritense era atendido pelo médico e se preparava para deixar o gramado de maca, do outro lado do campo os atletas das duas equipes começaram a trocar empurrões, fato este ocorrido bem em frente a torcida do Tricordiano. O nervosismo dos jogadores contagiou a torcida visitante e um infeliz arremessou uma lixeira de plástico para dentro de campo. Após esse ato impensado os demais torcedores criaram coragem e passaram a jogar garrafas plásticas no gramado.


Disputa de bola durante a 1ª etapa. Reparem ao fundo a torcida de Três Corações que daria início a confusão nas arquibancadas. Foto: Victor Minhoto.

Infelizmente a baixaria não parou por aí, pois a torcida local se revoltou com a atitude dos torcedores de Três Corações e decidiu partir para briga. Em seguida o que se viu foram alguns momentos de selvageria nas arquibancadas, com torcedores se agredindo mutuamente enquanto outros corriam para fora da confusão. E para piorar a situação somente havia dentro do campo quatro integrantes da Guarda Municipal e nenhum Policial Militar.

Por este motivo o árbitro paralisou a partida até que os ânimos fossem acalmados e exigiu a presença da Polícia Militar. Cerca de quarenta minutos depois o grande efetivo de dois policiais chegou no local e separou as torcidas, o que permitiu o reinício do jogo. Cabe ainda ressaltar que o árbitro expulsou um reserva de cada equipe, pois os mesmos teriam entrado em campo durante a confusão e subido no alambrado para incentivar ou participar da confusão entre as torcidas.


Goleiro do Tricordiano impede mais uma oportunidade de gol para os locais, que dominaram o final do 1º tempo. Foto: Victor Minhoto.

Os quinze minutos finais do 1º tempo foram dominados pelo Santarritense, que apesar dessa superioridade não criou reais chances de gol. Assim o jogo foi para o intervalo prometendo fortes emoções para a etapa final.

A segunda etapa começou com os locais procurando o gol, afinal, somente a vitória lhes interessava, mas novamente a vantagem territorial não era transformada em oportunidades de gol. Já o Tricordiano procurava jogar nos contra-ataques, o que deixou o jogo aberto e muito interessante, tanto que aos 10 minutos, num desses contra-golpes, a equipe vermelha quase abriu o marcador.


Ainda no 1º tempo goleiro visitante solta a bola e atacante do Santarritense conclui para fora. Foto: Victor Minhoto.

A equipe mandante continuou pressionando o adversário, mas somente aos 21 minutos o artilheiro Giliard teve uma chance real de gol ao sair na cara do goleiro adversário, mas chutou a bola para fora. A partida seguiu nesse ritmo até os instantes finais, quando aos 41 minutos, em um cruzamento da direita, de bola parada, o camisa 10, Marcelo Soares, do Tricordiano, subiu sozinho e cabeceou forte para o fundo do gol, assim os visitantes estavam em vantagem no marcador.


Nos instantes finais, já com os refletores acesos, o Santarritense, até mesmo com seu goleiro indo para o ataque, tenta sem sucesso o gol de empate. Foto: Victor Minhoto.

Esse gol fez com que o Santarritense reagisse e partisse para o ataque de forma desesperada, sendo que até mesmo seu goleiro Célio chegou a ir até a área adversária em três lances. Porém, mesmo com esse esforço final o jogo terminou mesmo em Santarritense 0x1 Tricordiano. Com esse placar a situação do Santarritense é muito delicada, já que ficou com apenas 8 pontos, enquanto América/TO e Funorte estão com 13, o Fabril com 12 e o Tricordiano com 11. O Guaxupé está com apenas 2 pontos e já eliminado. Agora, faltando três rodadas para o final do campeonato, essas equipes vão brigar por uma das duas vagas que dão acesso ao Módulo II da 1ª Divisão do Campeonato Mineiro de 2009.

Até a próxima,

Victor

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Estádios pelo Brasil, volume 36: Estádio General Affonseca (Lorena/SP)

Fala pessoal!

Hoje vamos com um post cheio de história aqui no JOGOS PERDIDOS. Vamos falar de um templo do futebol incrível que fica no Vale do Paraíba. Isso mesmo, em mais um post da série "Estádios pelo Brasil", hoje é a vez do Estádio General Affonseca, palco dos jogos do fantástico Esporte Clube Hepacaré, da cidade de Lorena.


Entrada da simpática cidade de Lorena, no Vale do Paraíba, e terra do glorioso EC Hepacaré. Foto: Fernando Martinez.

Falando um pouco sobre a origem do nome da cidade, Lorena, chamou-se inicialmente "Hepacaré', nome tupi-guarani que, segundo Teodoro Sampaio, quer dizer "braço da lagoa torta", em virtude de um braço do rio Paraiba ali existente na época. Mas segundo Azevedo Marques, no seu Relatório da Província de São Paulo, "hepacaré" significa "lugar das goiabeiras".

Bom, falando agora sobre a visita, visitamos o local já tem um tempinho, numa das nossas andanças para o Rio de Janeiro. E poder visitar a cidade de Lorena para buscar alguma informação do Hepacaré era algo que sempre quisemos fazer. Chegamos na cidade e não foi difícil encontrar informações pelo clube, pois o mesmo é bastante conhecido por ali.


Numa das fachadas do estádio as iniciais do time que mandava suas partidas por lá. Foto: Fernando Martinez.


Fachada que era da entrada principal do General Affonseca. Foto: Fernando Martinez.

Vendo tudo isso já demos uma desanimada e achávamos que não teria como ter um estádio naquele lugar. Mas nos fundos dessa sede social, encontramos uma pequena porta. Ela nos levava a um dos palcos sagrados do futebol no Vale do Paraíba, o Estádio General Affonseca

Aproveitando, todos podem se perguntar: quem foi o tal General Affonseca? Bom, o General Sá Affonseca, oficial do Ministério da Guerra nos anos 30, tem ligações com a história da cidade de Resende, que fica no sul do estado do Rio de Janeiro. Ele foi um dos responsáveis pelo projeto da construção da Academia Militar de Agulhas Negras, em fins de 1937.


Nome do estádio no alto da cobertura de madeira na "numeradas". Foto: Fernando Martinez.

O estádio que leva seu nome foi inaugurado em 30 de março de 1941, e desde o começo, sempre foi palco dos jogos do time da cidade. O esporte Clube Hepacaré foi fundado em 1914, e desde a inauguração do estádio, mandava lá seus jogos nos campeonatos amadores da região. Em 1956, o time entrou no profissionalismo, e até 1973, ano de sua última participação no futebol profissional, mandou seus jogos por lá, num total de 12 temporadas jogadas.


Das numeradas do General Affonseca, a visão do lado direito do campo. Foto: Fernando Martinez.


Agora da mesma numerada, a visão do lado esquerdo. Foto: Fernando Martinez.

Uma curiosidade interessante sobre times que jogaram no estádio é que o genial CREIX (Clube Recreativo e Esportivo da Indústria dos Xistos) de Tremembé também chegou a mandar alguns jogos ali, quando disputou a terceirona de 1957. Já imaginaram ver um jogo do CREIX por lá?


Visão da bela numerada coberta do Estádio do extinto Hepacaré. Foto: Fernando Martinez.


Agora os bancos de reservas. Foto: Fernando Martinez.


De dentro da grande área, a vista do "gol dos fundos" do General Affonseca. Foto: Fernando Martinez.

Falando da situação atual do General Affonseca, o estádio ainda é utilizado em jogos amadores da cidade. O gramado não era dos piores e nem mesmo a parte coberta estava numa situação ruim. A pena é que devido à todo problema com a sede social do clube, é praticamente nula a chance de um dia vermos novamente o time do Hepacaré voltar a disputar seus jogos ali.


Do gol da "esquerda", essa é a visão da numerada. Foto: Fernando Martinez.


A visão do gol "da entrada" do estádio é essa. Foto: Fernando Martinez.

Mas a chama ainda continua acesa, mesmo nos jogos amadores que acontecem todos os domingos cedo ali. Enquanto essa chama não se apagar, quem sabe ainda não veremos o time mandar jogos no estádio? E posso dizer que ficamos emocionados com a visita, pois mais um pedacinho da história do futebol paulista foi resgatado pelo JOGOS PERDIDOS.

Bom, e por enquanto é só!

Abraços

Fernando