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quarta-feira, 31 de maio de 2006

Vergonha Lusitana na Série B do Brasileiro

Olá,

Ontem tivemos mais uma rodada noturna aqui do JOGOS PERDIDOS. Dessa vez, e de forma totalmente inesperada e até mesmo absurda, vimos um momento histórico e ao mesmo tempo trágico, que nunca tinha acontecido antes na história do Canindé. Junto comigo o Mílton e o Jurandyr viram o que aconteceu.

É, fomos até o Estádio Osvaldo Teixeira Duarte e vimos a humilhação e (talvez) a chegada real ao fundo do poço por parte do time da Portuguesa. Como todos devem saber, o time conseguiu a proeza de tomar uma goleada da equipe do Paysandu, em casa! Uma vergonha sem precedentes, com um time sem emoção, inspiração e vontade.

Essa foi a maior goleada sofrida pelo time rubro-verde na história do Canindé atual (que foi inaugurado em 1972). E por incrível que pareça, na segunda maior eu também estava presente. Foi o jogo Portuguesa 1-5 União Barbarense, em março de 99, com o Zagallo de técnico lusitano. (Teremos mais detalhes históricos num post de cortesia do Denis Haddad)

Pior ainda que a maioria dos pouco mais de 500 pagantes tiveram que desembolsar 20 reais pelo ingresso. A diretoria lusitana não acordou para a vida e ainda não abaixou o preço do ingresso. O Guarani faz promoções, o Náutico abaixa o preço, o Santo André e o São Caetano cobram 10 reais pelo ingresso e só no Canindé temos esse preço imbecil. Nem na Libertadores (caso do Corinthians) temos ingressos de arquibancada tão caros.


A torcida vê, incrédula, a tentativa frustrada de mais um ataque da Portuguesa no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O jogo já começou de forma ridícula, com o bisonho goleiro Felipe fazendo lambança aos dois minutos e tomando o primeiro gol do Papão aos quatro. A Lusa partiu para o ataque de forma desordenada e sem inspiração nenhuma. E ainda conseguiu perder três gols com o goleiro Márcio fora de condições. Ou seja, perdeu três gols sem goleiro.


Mais um bisonho ataque sem inspiração do rubro-verde, agora no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Com isso, o Papão foi fazendo a sua tarefa. Marcou o segundo numa bela cobrança de falta com falha do Felipe e o terceiro numa belíssima jogada pela esquerda, que a Portuguesa gostou também e decidiu não estragar. Intervalo e três a zero na moleira. O segundo tempo prometia mais.

Dito e feito. Com dez minutos da segunda etapa o jogo já estava 5 a 0 para o Paysandu. Nessa hora vimos cenas estranhas e tocantes: senhores chorando e vindo se lamentar para o Mílton, adolescentes chorando copiosamente, crianças sem entender nada e muitos nem conseguindo xingar, só olhando para o placar e não acreditando.

A Lusa ainda teve um espasmo aos 18 minutos, com o seu primeiro gol depois de cobrança de pênalti. Mas nem deu a saída de bola e o Papão marcou o sexto (e lindo) gol. Nessa hora, muitas pessoas começaram a deixar as dependências do Canindé, incrédulas.


Primeiro gol da Portuguesa, tentando uma reação efêmera. Foto: Fernando Martinez.


Segundo gol da Lusa, que não foi comemorado e sim vaiado de forma incessante pelos poucos torcedores ainda no estádio. E detalhe que parece a mesma foto, só que em ângulos diferentes. Foto: Fernando Martinez.

Mesmo com o segundo gol (também de pênalti, mas que achamos que não foi), e com duas bolas na trave no final (uma delas numa bicicleta que se entra seria um gol antológico) a torcida não poupou a apatia do time e vaiou e xingou demais o catado rubro-verde.


Essa foi a cena vista após a marcação do sexto (!!) gol do Paysandu no Canindé, quase todo mundo foi embora. Foto: Fernando Martinez.


Uma das bolas na trave do Paysandu no final do segundo tempo. Isso só porque o Papão já estava se poupando. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Portuguesa 2-6 Paysandu. Vergonha total! Agora resta saber o que a diretoria vai fazer, o que o time pode mostrar, e o que vai rolar na sexta-feira contra o Guarani. Esperamos que isso tenha servido de lição, pois o time vai de vento em popa rumo à Série C de 2007.

E amanhã tem mais.

Fernando

terça-feira, 30 de maio de 2006

De Volta ao Rio (parte 2 de 2)

Olá!

Continuando a publicar o material da minha última visita ao Rio, vamos com mais uma situação inusitada que eu vivi graças ao "organizado" e fantástico futebol carioca.

Os desavisados podem ter problemas para encontrar o campo do São Cristóvão, no Rio de Janeiro. É que um outro lugar, bem perto dali, é conhecido como Campo de São Cristóvão, e reúne um centro de tradições nordestinas. Um monte de placas na região indicam o local, e você acaba por ficar rodando atrás do destino errado, como fiz anos atrás, na primeira vez em que estive na rua Figueira de Melo.

O pequeno, más simpático Estádio Figueira de Melo fica praticamente embaixo da Linha Vermelha e eu cheguei faltando dez minutos para as 15 horas, o que me deixou preocupado em relação às fotos dos times posados. A preocupação passou rapidamente, pois um aviso no porta dizia que o “meu jogo”, São Cristóvão x Boavista, pela segundona carioca, havia sido transferido para o domingo, e para o estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador.

Paciência. No país do futebol, não se pode confiar em sites de federações de futebol. Só um idiota como eu ainda sai de casa sem procurar uma fonte digna. Imagino quando a Copa for aqui. Você vai assistir um fantástico Guiné x Venezuela, na Javari, às 15 horas, e descobre que o jogo foi ontem, às 20:30, no Anacleto Campanela. Sem nenhuma divulgação, afinal, quem ia querer ir a um jogo desses? Nós, é claro, mas isso é um detalhe.

Bom, pra não perder a viagem, fui me interar sobre um jogo que estava rolando, e pra minha surpresa, pude curtir os 20 minutos finais de São Cristóvão 2x0 União Marechal, pelo campeonato de juniores da divisões de acesso, com direito a foto do segundo gol e dos times posados.


São Cristóvão F.R. (sub-20) - Rio de Janeiro / RJ. Foto: Estevan Mazzuia.


União de Marechal Hermes F.C. (sub-20) - Rio de Janeiro / RJ (notem que um dos jogadores do União é discípulo do David, fazendo positivo para a câmera). Foto: Estevan Mazzuia.

Pelo pouco que vi, o resultado foi mais do que justo.


Vista geral da partida, notem a Linha Vermelha passando logo acima e o Corcovado ao fundo. Foto: Estevan Mazzuia.


Lance do segundo gol do São Cristóvão. Foto: Estevan Mazzuia.


Lance da partida São Cristóvão x União Marechal. Foto: Estevan Mazzuia.

Concorrendo com a partida, aconteceu o lançamento de um livro sobre o título de 1926, do São Cristóvão, de autoria de Raymundo Quadros, um estudioso e historiador do futebol “suburbano” carioca. Uma espécie de doente por futebol, mas lá no Rio de Janeiro. Aguardamos suas colaborações por aqui.


Lançamento do livro de Raymundo Quadros sobre o título de 1926. Foto: Estevan Mazzuia.

Infelizmente, preocupado com o jogo, só vim a saber de tudo isso horas depois, por isso nem o livro eu comprei, mas isso é assunto para o próximo post.

Abraços!

Estevan

Paulista Segunda Divisão: Sumaré 2-4 Força

Olá,

Depois de ter assistido no sábado a um bom jogo da segundona, repeti a dose no domingo cedo e fui conferir a mais uma partida do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, sendo que dessa vez, estive na cidade de Sumaré, no Centro Esportivo Vereador José Pereira e acompanhei ao bom jogo Sumaré 2 - 4 Força, válido pela sétima rodada da primeira fase da competição. Como de hábito, começo apresentando as equipes e o trio de arbitragem nas fotos abaixo:


Sumaré AC - Sumaré/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Força EC - São Paulo/SP (mas que manda seus jogos em Caieiras). Foto: Orlando Lacanna.


Trio de arbitragem com o árbitro Robinson Góes e os auxiliares Alberto Masseira e Luiz Antônio Corrêa, junto com os capitães do Sumaré e do Força. Foto: Orlando Lacanna.

Antes do início da partida, procurei obter alguma informação sobre o Sumaré Atlético Clube e consegui apurar que esse clube seria ajudado financeiramente, inclusive com o pagamento da taxa de filiação junto à FPF, pelo empresário Sr. Gilberto Pitarelli, fundador da Sociedade Esportiva Votuporanga que ainda mantém 20% de participação na equipe, agora com sede em Hortolândia. A partir de 2.007, o nome oficial da SEV passaria a ser Social Esportiva Hortolândia, e haveria a saída definitiva do Sr. Gilberto, que assumiria de fato e de direito o comando do Sumaré.


Defesa do goleiro do Sumaré. Foto: Orlando Lacanna.

O jogo começou bem animado, com as duas equipes imprimindo um ritmo muito veloz às jogadas, tornando a partida bem interessante, apesar da pouca técnica. O Força demonstrava ter alguma consciência tática e procurava colocar mais a bola no chão, porém aos 39 minutos, sofreu o primeiro gol marcado por Cosme aproveitando cruzamento rasteiro vindo da direita. Apesar do Força ter jogado melhor nessa etapa, foi o Sumaré que terminou a primeira etapa com a vantagem de um gol.


Falta para o Força, no jogo contra o Sumaré. Foto: Orlando Lacanna.

O time do Força voltou para o segundo tempo muito mais decido e rapidamente virou o placar, com gols de João Paulo e Tiaguinho aos 5 e 13 minutos respectivamente. Quando era esperado que o time visitante fosse assumir o controle total da partida, eis que o Sumaré consegue a igualdade aos 25 minutos com um gol marcado por intermédio de Danilo.

Apesar do gol, o time local não conseguiu sustentar por muito tempo a igualdade no marcador, pois aos 30 minutos, o zagueiro Cláudio voltou a colocar o Força em vantagem, aproveitando rebote do goleiro local. A partir daí, o time da Força Sindical tomou conta do jogo e liquidou a fatura com a marcação do seu quarto gol através de Robson aos 44 minutos, sacramentando uma vitória que foi justa pelo futebol apresentado.


Mais uma defesa do goleirão do time da casa, contra o bom ataque do time laranja. Foto: Orlando Lacanna.

Fim de jogo que concluiu o primeiro turno da primeira fase e que acabou mostrando que o Força poderá pensar em classificação à próxima fase, porém terá que lutar muito para obtê-la, pois o seu grupo é bem equilibrado com as presenças de Campinas, Capivariano e Lençoense, equipes que também estão na briga. Quanto ao Sumaré, continuará sua luta, mas a classificação é um sonho distante.

Valeu muito ter ido a Sumaré, pois além de ter assistido a um jogo agradável, pude conhecer mais um time novo que disputa a segundona.

Abraços,

Orlando

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Paulista Segunda Divisão: Votoraty 7-1 Jabaquara

Buenas (pero no mucho)!

Bom, neste domingo eu presenciei a partida Votoraty x Jabaquara, disputada no histórico Estádio Municipal Domênico Paolo Mitidieri, em Votorantim. Antes de falar da partida, vale registrar que a estrutura que o Votoraty montou, coloca no chinelo times da primeira divisão. Tudo lá está muito bem organizado, porém é uma pena que a cidade ainda não está apoiando o time. Falo isso, porque mesmo com um dia ensolarado; o time na liderança isolada do grupo e ingressos a R$5,00, apenas aproximadamente 200 pessoas assistiram a partida. Falando do jogo, inciamos com as fotos oficiais da partida:


Votoraty F.C. - Votorantim / SP. Foto: Emerson Ortunho.


Jabaquara A.C. - Santos / SP. Foto: Emerson Ortunho.


Trio de arbitragem e capitães das equipes. Foto: Emerson Ortunho.

O primeiro tempo foi de uma equipe só, pois o Jabaquara apenas assistiu a equipe do Votoraty jogar. O jogador Nicácio, marcou cinco gols nessa etapa e o jogo foi para o intervalo em 5 a 0.


Ataque do Votoraty no primeiro tempo da partida. Foto: Emerson Ortunho.


Defesa do Jabaquara corta ataque do Votoraty. Foto: Emerson Ortunho.

Na segunda etapa, a equipe do Jabaquara passou a jogar um pouco melhor e marcou o seu gol de honra. Mas era só isso mesmo que a equipe queria na partida. O Votoraty por sua vez, tirou o pé do acelerador e marcou só mais duas vezes. Primeiro com Nicácio, que marcou o seu sexto gol na partida, e depois com Dudu. Nessa etapa, nitidamente o time da casa diminuiu o ritmo, caberia mais se a equipe não tivesse se desmotivado. Mas, acho que ninguém tem incentivo ao enfrentar um adversário apático que está pouco se importando se vai tomar sete, nove, ou quinze gols.


Cobrança de escanteio para o Votoraty no segundo tempo da partida. Foto: Emerson Ortunho.

Final de jogo: Votoraty 7 x 1 Jabaquara. Já vi o Jabaquara perder por placares assim outras vezes, mas não da forma que foi contra o Votoraty, pois com honrosa excessão do goleiro, não vi nenhum jogador se importar com o que estava acontecendo; não houve luta; não houve empenho; não houve nada. Para eles aquilo era apenas um recado para a empresa que terceirizou o futebol do Jabuca, a pagar os seus salários. Além disso, tenho que ressaltar a indolência do técnico do Jabaquara, que durante a partida não fez nenhuma cobrança ao time.

A postura do Jabaquara em campo foi muito triste, tanto que é relevante o que eu escrevi no parágrafo anterior: o próprio Votoraty se desinteressou da partida, tamanha a apatia do adversário. Urgentemente algo tem que ser feito no Jabuca... Quanto ao Votoraty, o time é candidato ao acesso, mas deve se preocupar com duas coisas: primeiro com o nível técnico desse grupo, que com certeza é o pior do campeonato, assim a situação vai ser outra nas outras fases. A segunda preocupação é com o tradicional "já ganhou", pois após a goleada, parecia que o acesso já estava na mão.

Abraços!

Emerson

Brasileiro Série B: Santo André 2-1 Coritiba

Opa,

Em um final-de-semana horroroso e que tudo deu errado, só consegui acompanhar um jogo in loco. O jogo em questão aconteceu na cidade de Santo André no último sábado - já que no domingo fiquei moscando o dia todo - e reuniu os times do Santo André e do Coritiba, em jogo válido pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro da Série B 2006.

Junto comigo o Mìlton e o David seguiram até o Estádio Bruno José Daniel. Na viagem de ida, a pedida foi trocar as figurinhas da semana (agora só faltam 42 figurinhas para eu fechar o álbum..hehe). Chegamos lá de forma tranquila e dessa vez sem stress por causa da máquina. Ninguém nem olhou para ela. Correram o risco de eu jogar minha máquina digital com pilhas recarregáveis dentro do campo.

Bom, falando do jogo, não esperávamos muito do time do Santo André, devido ao fraco futebol que o time vem apresentando na Série B (mesmo com a vitória contra o Vila Nova). Do Coritiba esperávamos mais, graças à boa campanha da equipe. Mas o jogo começou bastante equilibrado e com boas chances para os dois times. De forma surpreendente, o Ramalhão jogava muito bem e deixava sua torcida animada.


Escanteio para o Coritiba no primeiro tempo da partida. Foto: Fernando Martinez.

Mas quem acabou fazendo o primeiro gol foram os visitantes. Depois de uma falta besta na lateral, a bola foi cruzada na área e o jogador Marcelo Batatais fuzilou sozinho de cabeça e abriu o placar para o Coxa. Mas a desvantagem durou apenas quatro minutos, pois o time andreense empatou o jogo, em boa jogada do seu ataque e numa leve cabeçada do jogador Vânder. O jogo foi num 1 a 1 merecido para o intervalo.


Detalhe da cobrança de falta que originou o primeiro gol da partida: Coritiba 1 a 0. Foto: Fernando Martinez.

Na segunda etapa, o jogo voltou mais morno, sem tantas emoções quanto tivemos na primeira etapa. Mesmo assim, a partida continuou disputada com um leve domínio para o Santo André. Aos poucos o time azul passou a perder mais chances mas foi recompensado aos 28 minutos, com um belo gol de fora da área do jogador Galiardo, que virou a partida.


Escanteio para o Santo André no segundo tempo do jogo contra o Coritiba. Foto: Fernando Martinez.

Daí até o final o jogo continuou interessante, mas no final, tivemos a surpreendente vitória do time da casa. Final de jogo: Santo André 2-1 Coritiba. Boa vitória do Ramalhão, que tira o time da zona de rebaixamento e dá algum alento à sua torcida. O Coritiba não mostrou tanta coisa, mas ainda estamos no começo do campeonato, muita coisa ainda vem por aí.

E como disse, fiquei moscando (por problemas excusos à minha pessoa) em casa no domingo, isso com rodada da Segundona e a grande final da A2. Chato demais. Mas nessa semana teremos overdose de jogos noturnos, quem sabe eu não me anime um pouco com isso. Fiquem ligados!

Até lá

Fernando

Paulista Segunda Divisão: Mogi das Cruzes 1-2 ECUS

Olá,

Depois de um final de semana acompanhando jogos que definiram acessos nas Séries A2 e A3, voltei a presenciar jogos do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. No sábado a tarde estive juntamente com o Jurandyr na cidade de Mogi das Cruzes no Estádio Francisco Ribeiro Nogueira, também conhecido como Nogueirão, para assistir ao jogo Mogi das Cruzes 1 - 2 ECUS de Suzano que valeu pela sétima rodada da primeira fase da competição. Como de costume, apresento as equipes e a arbitragem nas fotos abaixo:


Mogi das Cruzes FL - Mogi das Cruzes/SP. Foto: Orlando Lacanna.


ECUS - Suzano/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Trio de arbitragem composto pelo árbitro Valter Pimentel e os auxiliares Eduardo de Jesus Conceição e Márcio Jacob juntamente com os capitães do Mogi e do ECUS. Foto: Orlando Lacanna.

Jogo equilibrado com as duas equipes bem postadas em campo, com muita marcação e algumas boas jogadas de ataques de lado a lado. Aos poucos, o ECUS foi demonstrando um melhor desempenho tático e começou a dominar as ações, até que aos 35 minutos, o bom centro-avante Lucas, abriu o marcador em ótima jogada individual que culminou com um tiro forte no canto direito do goleiro Igor. O Mogi das Cruzes também teve uma grande oportunidade de marcar, mas não a aproveitou e com isso o placar de 1 a 0 para o ECUS permaneceu até o término da etapa inicial.


Chute que originou o primeiro gol da equipe do ECUS na partida. Foto: Orlando Lacanna.

Na etapa final, o jogo continuou bem disputado, com o Mogi das Cruzes forçando o ataque, porém esbarrava no sólido sistema defensivo do time visitante. Aos 20 minutos, o ECUS teve o jogador Edmundo expulso por cometer falta violenta por trás, mas mesmo com um atleta a menos, não permitia ao time da casa levar muito perigo à sua meta.


Ataque para o time do ECUS. Foto: Orlando Lacanna.

Depois de 11 minutos, as duas equipes ficaram com dez atletas, pois o zagueiro Nei do Mogi das Cruzes também foi expulso por impedir uma chance clara de gol ao cometer falta violenta pelas costas. Daí em diante, o domínio do ECUS ficou mais evidente e, aos 35 minutos, marcou seu segundo gol novamente através de Lucas, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo do gol, ao receber passe da direita.


Ataque do Mogi das Cruzes no segundo tempo do jogo contra o ECUS. Foto: Orlando Lacanna.

Após esse gol, o Leão do Colorado, se recolheu e com consciência foi administrando o resultado, mas mesmo assim, permitiu ao Mogi das Cruzes marcar seu gol de honra, através de Robert, aos 45 minutos em outra bela jogada individual. Esse gol acabou com uma invencibilidade de mais de 600 minutos sem levar gol do goleiro Adriano, do ECUS. Não houve tempo para mais nada e o placar final ficou mesmo em 2 a 1 para o time visitante, que reafirmou sua boa campanha e deverá ser um dos classificados à segunda fase. Como destaque cito todo setor defensivo do ECUS e o seu centro-avante Lucas.

Depois do jogo, retornei para São Paulo com a certeza de ter visto um belo jogo, e pensando na viagem de domingo pela manhã para acompanhar a mais uma partida da Segundona.

Abraços,

Orlando

Paulista sub-17: Atibaia 1-1 Amparo

Olá,

Como o primeiro jogo da manhã começou atrasado, imaginei que o quarto árbitro agiria de forma mais rápida para o segundo. Puro engano, novamente os cartões dos atletas somente foram conferidos com todos já em campo, mesmo assim, eu insisti até conseguir as fotos dos times posados.


S.C. Atibaia (sub-17) - Atibaia/SP. Foto: Victor Minhoto.


Amparo A.C. (sub-17) - Amparo/SP. Foto: Victor Minhoto.

Desde o início eu percebi que o jogo de fundo seria muito mais disputado que o primeiro. Apesar de não haver abertura de contagem no primeiro tempo ambas equipes buscaram o gol a todo momento com muita raça e disposição. A vontade foi tanta que aconteceram várias discussões e até mesmo troca de tapas e empurrões entre os jogadores dos dois times.

Por causa desses fatos o árbitro chegou a expulsar um atleta de cada time, o que se mostrou insuficiente pois o clima tenso seguiu até o fim do jogo. Para se ter uma idéia do clima pesado, em uma disputa de bola na lateral do campo o jogador com a camisa 11 do Amparo acertou o rosto do defensor do Atibaia, mas como nem o árbitro, nem os bandeirinhas viram, nada aconteceu com o agressor. Tal fato causou tamanha revolta nos presentes que até mesmo o maqueiro do Atibaia chegou a ameaçar agredir o jogador do time visitante.


Defensor do Atibaia agarra atacante do Amparo, situação que exemplifica o clima nervoso que vigorou na partida. Foto: Victor Minhoto.

O segundo tempo começou da mesma forma, muito disputado e com jogadas bruscas, só que o Amparo permanecia mais tempo no ataque, tanto que o goleiro do Atibaia praticou grandes defesas impedindo que o time visitante abrisse o marcador. Como o ditado diz que quem não faz toma, em um contra-ataque rápido, após um belo lançamento do defensor, o atacante da equipe mandante entrou na cara do goleiro e apenas teve o trabalho de chutar a bola rasteira no lado direito da meta do Amparo e comemorar o gol.


Em falta cobrada pelo Amparo, a bola passa por cima do gol. Foto: Victor Minhoto.

Com isso o Amparo partiu para cima do Atibaia que passou apenas a se defender. O clima tenso aumentou e as faltas começaram a ficar mais violentas, por este motivo mais um jogador de cada lado foi expulso. Como a pressão era tanta, aconteceu o que parecia inevitável, após uma bela tabelinha na frente da área, o jogador camisa 11 do Amparo saiu na frente do do goleiro adversário e empatou a partida.

Neste momento a atleta do Amparo decidiu provocar a torcida do Atibaia que estava lhe ofendendo desde o primeiro tempo em razão da agressão contra o atleta da casa, por isso correu até o alambrado e passou a exibir o número de sua camisa de forma acintosa. A reação foi imediata e caiu sobre ele uma chuva de copos e garrafas plásticas. Diante da situação restou ao árbitro exibir o cartão amarelo para o autor do gol.

Animado com o gol de empate a equipe visitante, mesmo faltando poucos minutos para o fim do jogo, passou a pressionar em busca da vitória, que somente não veio em razão da ótima atuação do goleiro do Atibaia que no minuto final defendeu um chute na sua frente impedindo que seu time sofresse a virada.


Goleiro do Atibaia faz excelente defesa e impede a derrota de sua equipe no finalzinho da partida. Foto: Victor Minhoto.

O jogo terminou mesmo Atibaia 1x1 Amparo e ao contrário do que imaginei os jogadores seguiram para os vestiários sem mais confusões.

Até a próxima,

Victor

Paulista sub-15: Atibaia 0-2 Amparo

Bom dia,

Como tive um tempinho livre no último sábado pela manhã, decidi pegar o carro e seguir para Atibaia, onde acompanhei uma rodada dupla entre S.C. Atibaia e Amparo A.C., com os jogos válidos pelos Campeonatos Paulistas das categorias sub-15 e sub-17.

Conforme o Fernando já havia relatado no jogo Corinthians x União Suzano da mesma categoria, pude perceber que o quarto árbitro somente decidiu conferir os cartões de inscrição dos jogadores já com as equipes em campo, fato que atrasou em mais de dez minutos o começo do jogo, mas assim consegui tirar as fotos dos times posados.


S.C. Atibaia (sub-15) - Atibaia/SP. Foto: Victor Minhoto.


Amparo A.C. (sub-15) - Amparo/SP. Foto: Victor Minhoto.

O primeiro tempo começou com domínio do Amparo, que mostrou melhor toque de bola, mas foi insuficiente para abrir o marcador. Na metade da primeira etapa o Atibaia equilibrou as ações mais na base da vontade e chegou algumas vezes na meta adversária, porém faltou maior objetividade a equipe. Nos minutos finais do primeiro tempo o Amparo voltou a comandar as ações, mas também faltou melhor pontaria a seu ataque.


Disputa de bola de bola durante o primeiro tempo. A defesa do Amparo leva vantagem sobre o ataque do Atibaia durante todo o jogo. Foto: Victor Minhoto.

Apesar da bronca que os atletas do Atibaia levaram de seu treinador no intervalo, o Amparo voltou melhor e mostrou uma superioridade ainda mais marcante do que o visto na primeira etapa. O time visitante passou a pressionar o Atibaia desde o início do segundo tempo, tanto que marcou dois gols quase em seguida, um aos 9 e outro aos 11 minutos.


Segundo gol do Amparo. Foto: Victor Minhoto.

Após o segundo gol, o Amparo passou apenas a administrar o resultado, o que proporcionou mais espaço para o time da casa. Assim, o Atibaia partiu em busca do primeiro gol, mas como já mencionado, seu ataque foi improdutivo durante todo o jogo. Com este quadro o jogo seguiu até o final sem maiores emoções e terminou mesmo Atibaia 0x2 Amparo.

Aí foi esperar pela segunda partida da manhã...

Victor

sexta-feira, 26 de maio de 2006

De volta ao Rio (parte 1 de 2)

Sábado, dia 20 de maio. Chego à simpática Teresópolis às 6:30 da manhã, muito antes do espetáculo. Como nem o guarda-volumes da rodoviária estava aberto, resolvo dar uma volta pela cidade, em busca do templo sagrado do esporte bretão.


Rodoviária de Teresópolis com o ginásio municipal ao fundo. Vista da Serra dos Órgãos. Fotos: Estevan Mazzuia.

Uma boa hora de caminhada depois, com minha, a cada minuto mais pesada, mochila nas costas e com a Serra dos Órgãos ao fundo, encontro o fantástico Estádio Antônio Salvattone, do Teresópolis F.C.


Vista da fachada do Estádio Antônio Salvattone em Teresópolis. Foto: Estevan Mazzuia.


Placa comemorativa da visita da seleção brasileira ao Estádio Antônio Salvattone. Foto: Estevan Mazzuia.

Procuro por uma alma viva capaz de me confirmar o horário e o jogo, e eis que realizo meu desejo com o funcionário que reforçava as marcas de cal do gramado. Sim, o jogo Teresópolis x Estácio de Sá vai mesmo acontecer.

Resolvo então perguntar pela Granja Comary, e descubro que na avenida onde estou, que parece ser a principal da cidade, a julgar pela rósea e simpática prefeitura, passa um ônibus que me deixa na entrada da CBF, e lá vou eu... mas isso é assunto para outro post.


Aspectos da Avenida Feliciano Sodré. Fachada da prefeitura de Teresópolis. Fotos: Estevan Mazzuia.

Mais tarde, volto à rodoviária, deixo minha fantástica mochila, e caminho novamente em direção ao estádio, Dessa vez, sem paradas para fotos e sem observação da paisagem, tudo parece incrivelmente mais perto, e em 15 minutos estou na porta do estádio, e a movimentação é grande, com a chegada da equipe visitante.


Chegada da equipe do Estácio de Sá para o grande confronto. Foto: Estevan Mazzuia.

Procuro por alguém que possa facilitar meu acesso ao gramado, e falo com um tal de "Durão", diretor da equipe local, que apesar de logo mostrar o porquê do apelido, ao vetar a entrada da segurança do Estácio de Sá no gramado, uma vez que o policiamento seria suficiente, me foi muito simpático e atencioso, razão pela qual lhe deixo aqui meu sincero agradecimento. No gramado, eu seria apresentado também ao Seu Álvaro, igualmente atencioso e simpático. A ele estendo meus agradecimentos.


Escudos das equipes do grande embate do dia. Fotos: Estevan Mazzuia.

A equipe local entra primeiro, recebida por muito fogos, e logo posa com exclusividade ao JP; em seguida é a vez da equipe visitante, que depois de muito tempo resolveu posar para a foto. A foto com o trio também foi feita. Confiram:


Teresópolis F.C. - Teresópolis / RJ. Foto: Estevan Mazzuia.


U. Estácio de Sá F.C. - Rio de Janeiro / RJ. Foto: Estevan Mazzuia.


Trio de arbitragem e capitães: Carlos Henrique Alves de Lima, Dêca, Marcelo de Lima Henrique, Marcelinho Paulista e Ivair Francisco da Silva. Foto: Estevan Mazzuia.

Destaque para o capitão da equipe laranja, Marcelinho Paulista, veteraníssimo, e o simpático Djalma, centroavante do Teresópolis, com passagens pelo Santa Cruz, Sport, campeão paulista pelo Ituano, e São Bento. Agradeço também ao simpaticíssimo trio de arbitragem, com quem conversei um pouco no centro do gramado, enquanto esperávamos pelo início do jogo.


Detalhe do público presente no acanhado estádio aguardando a partida. Foto: Estevan Mazuia.

Eis que o incrível (mas cada vez mais crível, no país do futebol), pasmem, acontece! Não há ambulância no estádio, o que impossibilita o início do jogo. Enquanto as equipes prosseguem com o aquecimento, o árbitro aguarda os 30 minutos de praxe, e dá por encerrada a partida, com vitória dos visitantes por 3 a 0, segundo manda o regulamento.

Pululam pulgas atrás da orelha da imprensa no campo. No primeiro turno, a partida terminou em pancadaria; a TV local me confirmou que a ambulância estava no centro duas horas antes do jogo, ciente de seu compromisso. O que teria justificado o sumiço da mesma? Coisas de nosso futebol.


Membros das comissões técnicas e imprensa conversando, com a bela Serra dos Órgãos ao fundo. Foto: Estevan Mazzuia.

E o desrespeito ao torcedor brasileiro. Praticamente a um, que viajou 500 quilômetros para ver e registrar a partida. Fica aqui minha indignação com a desorganização de nosso futebol, compartilhada com o pobre Djalma, que permaneceu sozinho no gramado, como a lamentar a pior das derrotas: a que ocorre fora das quatro linhas, sem chance de reação.


O craque Djalma, sozinho, lamenta o não acontecimento da partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Abraços e até o próximo post da minha estada no Rio!

Estevan