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segunda-feira, 27 de junho de 2005

JP em mais uma rodada dupla pelo longínquo interior

Olá,

No último final de semana, tive uma jornada que pode entrar para a lista de insanidades. Tudo começou no sábado cedo às 10:15 hs, quando embarquei com destino à cidade de Espírito Santo do Pinhal (200 Km da Capital) para assistir no estádio Dr. Fernando Costa o jogo Ginásio Pinhalense 2-4 Radium, válido pela Segundona. Lá chegando tive o prazer de encontrar um dos componentes do Clube dos Doentes, o cinéfilo David, com sua inseparável blusa de lã, apesar do baita sol que fazia.

Com autorização da arbitragem, entrei no gramado e fotografei as duas equipes, cujas fotos estão abaixo. Notem que o time do Ginásio Pinhalense está sem distintivo na camisa, exceto o goleiro:


Ginásio Pinhalense de EA - Espírito Santo do Pinhal / SP. Foto: Orlando Lacanna.


Radium FC - Mococa / SP. Foto: Orlando Lacanna.

Quanto ao jogo em si, valeu pelo primeiro tempo, em razão da movimentação das equipes e pelos 5 gols que foram marcados. Anotaram para o Radium, Feliciano em bela cobrança de falta, Marcos Timóteo (2) e Vaguinho e pela equipe do Pinhalense, Jeferson conferiu por duas vezes.


Jeferson abre o placar para o Ginásio Pinhalense. Foto: Orlando Lacanna.


Feliciano cobrando falta empata a partida para o Radium. Foto: Orlando Lacanna.

No segundo tempo, logo aos seis minutos, Marcos Timóteo, artilheiro do campeonato com 13 gols, marcou o quarto gol do Radium e o segundo dele na partida, definindo praticamente a vitória do time visitante. A partir daí, o jogo caiu muito, uma vez que o Radium já estava satisfeito e o Pinhalense não tinha forças para reverter a situação.

Final de jogo com resultado justo e daí em diante começou a insanidade, pois cheguei em São Paulo às 21:30 hs indo direto para casa jantar rapidamente e saí em seguida para embarcar às 00:05 hs rumo à Catanduva (387 km da Capital) chegando às 04:50 hs.

A viagem foi muito tranqüila, pois só havia seis passageiros no ônibus, dentre os quais o árbitro e um dos assistentes que iriam trabalhar no mesmo jogo que eu estava indo assistir. Rolou um papo legal.

Chegando na rodoviária de Catanduva não encontrei taxi nenhum para me levar até o hotel. Permaneci por lá por uns vinte minutos, quase virando um picolé pelo frio que fazia (humm aquela blusa de lã do David), quando surgiu um inesperado convite de carona de uma passageira que estava no mesmo ônibus e que ia visitar uma tia, que foi buscá-la na rodoviária de carro trajando um modelito de pijama da hora.

Finalmente cheguei ao hotel e parecia que tudo estava resolvido. Certo? Errado. A recepção estava fechada com as luzes apagadas e permaneci por longos dez minutos batendo à porta até aparecer uma alma para me atender. Consegui descansar um pouco, das 05:30 hs às 09:00 hs, quando acordei e fui para o Estádio Sílvio Salles para assistir ao jogo Catanduvense 3-2 Fernandópolis, também válido pela Segundona.

Lá, eu me identifiquei como sendo do JP e fui muito bem recebido pelos diretores do Grêmio, Srs. Carlos e Pitoco, além do Presidente, o Sr. Ricardo Vidal, todos muito gentis, que fizeram de tudo para me deixar à vontade. Me dirigi ao gramado com autorização da arbitragem, aqueles que viajaram junto comigo e lá encontrei com o Ênio (jornalista local) que quando recebeu o cartão de visita do JP ficou surpreso, e disse que nos conhece já há algum tempo através da revista Placar e que acessa o nosso endereço com freqüência. Disse que somos uns malucos mas que fazemos um bom trabalho. Pois é gente, já temos seguidores até em Catanduva.


Trio de arbitragem que gentilmente colaborou com o trabalho do JP. Foto: Orlando Lacanna.

Bem, vamos ao jogo: foi um jogo bem melhor do que o do sábado à tarde e com muita emoção, pois o FEFECÊ exigiu muito do Grêmio. Abaixo as fotos dos times posados.


Grêmio Catanduvense de F - Catanduva / SP. Foto: Orlando Lacanna.


Fernandópolis FC - Fernandópolis / SP. Foto: Orlando Lacanna.

O primeiro tempo foi bem equilibrado, tendo terminado com o placar de 1 a 1, com Almir abrindo o marcador para o Grêmio logo no início do jogo e Nino empatando de pênalti para o FEFECÊ. Na etapa final, o mesmo Nino colocou o time visitante em vantagem, através de uma cobrança de falta pela esquerda, que o goleiro Ivan aceitou.

A partir daí o jogo "pegou fogo", com o Grêmio marcando seu gol de empate com uma cabeçada de Baianinho. Aos quarenta minutos, conseguiu a virada com um gol de Fusca (o apelido é esse mesmo!) que entrou durante o segundo tempo. Houve ainda mais um lance que deixou a torcida do Grêmio com o coração na mão, pois foi marcado um pênalti aos quarenta e três minutos a favor do adversário, que foi defendido pelo goleiro Ivan, se redimindo da falha do segundo gol.


Nino cobrando falta marca o segundo gol do Fefecê. Foto: Orlando Lacanna.


Baianinho marca o segundo gol do Grêmio Catanduvense empatando a partida. Foto: Orlando Lacanna.

Fim de jogo com resultado justo e que demonstrou que o Grêmio pode sonhar com o acesso, pois o time é muito bom. Logo após iniciei o retorno para o aconchego do lar em São Paulo de alma lavada, pois consegui assistir "in loco" mais quatro equipes da Segundona que ainda não tinham sido mostradas pelo JP. Cheguei em São Paulo por volta das 17:15 hs, perfazendo um total de 1174 km em 31 hs.

No próximo final de semana teremos mais insanidades. Fiquem atentos.

Um abraço,

Orlando

Juventus Campeão Paulista da Série A2 2005

Opa,

Agora vamos com o post sobre um dos jogos mais esperados da história do JP. Um espetáculo que eu realmente achava que nunca veria, mas que por sorte de todos nós, tivemos o prazer de acompanhar in loco na data de ontem. Foi a final da Série A2 do Paulistão, entre Juventus e Noroeste, na Rua Javari.


Faixas distribuídas por todo o bairro da Móoca, convidando todo mundo para a magnânima final na Rua Javari. Foto: Fernando Martinez.

Igualamos o recorde de membros do JP presentes numa partida de futebol: Eu, junto com o Emerson, Mílton, Jurandyr, Victor e Estevan estávamos lá. Pena que poderíamos ter tido um recorde absoluto, mas o David pediu água e foi ver um jogo em Mogi das Cruzes. Paciência, nunca mais ele verá um jogo que nem o de ontem!

Foi a primeira vez na história que o Juventus disputava uma final de campeonatos paulistas, a primeira vez que uma final era disputada na Rua Javari, e a primeira vez que poderíamos ver o grande Juventus ser campeão. (Em tempo, o Jurandyr e o Mílton já tinham visto o Juventus ganhar a Taça de Prata de 1983. Vinte e dois anos separando as emoções).


Times alinhados para o Hino Nacional. Foto: Victor Minhoto.

Todo mundo comprou o ingresso com antecedência, para não corrermos o risco de perder tão inesquecível evento. Aos poucos fomos rumando à Javari, cada um do seu próprio canto: Móoca, Vila Prudente, Ipiranga, Sumaré e até da cidade de Cambuí, em Minas. Na hora do jogo, a Rua Javari já estava com um belo público (embora no borderô da FPF apareça somente 1471 pessoas. Estranhíssimo), todos aguardando o momento tão esperado durante todo o campeonato.


Victor, Vinícius (primo do Emerson), Emerson (com a sua bela camisa do General Lamadrid), Syller, João (se protegendo do sol), Alfredo e metade do Édson Natali vibrando com mais um ataque juventino. Foto: Fernando Martinez.

O jogo começou muito bom para o Juventus, que partiu para o ataque mesmo com a vantagem do empate. Com maior posse de bola, aos 10 minutos, o angolano Johnson marcou um a zero para os Atomic Grapes. Festa na Javari! Depois disso o Juventus não diminiu seu ritmo, e com o Noroeste batendo cabeça no campo, acabou chegando, aos 34 minutos, ao segundo gol, depois de uma bela cabeçada do zagueiro Luís Carlos.


Tá no canto da foto mas vale: o zagueiro Luís Carlos sobe mais alto e cabeceia. Juventus 2 a 0. Foto: Fernando Martinez.

Se com um a zero a galera já estava confiante, imaginem com essa vantagem de dois a zero indo para o intervalo. Alguns mais afoitos já faziam a besteira de gritar "É Campeão", mas faltavam mais 45 minutos.


Mais um ataque juventino no primeiro tempo. Foto: Victor Minhoto.

No segundo tempo, o Noroeste claramente teria que ir pra cima, para poder tentar melhor sorte. Com isso, eles deixaram o contra-ataque abertinho para o Juventus matar e definir o jogo. Pena que os atacantes da equipe grená não estivessem tão inspirados assim. Tanto sofrimento nas arquibancadas, e mais 45 minutos de espera.


Com um sol pra cada um, Victor, Vinícius, Luiz, Fernando, Alfredo e Édson Natali torcem para o Juventus. Foto: Emerson Ortunho.


Ataque do Juventus em frente à torcida do Noroeste. Foto: Fernando Martinez. [140209]

Dez, quinze, vinte, vinte e cinco minutos... o relógio passando, e a emoção chegando. Mesmo com o Noroeste chegando mais, perdendo mais chances, e também marcando seu primeiro gol aos 27 do segundo tempo, a galera não acreditava que o título escaparia mais das mãos do Moleque Travesso.

Depois de algumas confusões e várias expulsões no final da partida, o árbitro Anselmo da Costa apitou o final do jogo e toda a torcida juventina pode comemorar e gritar: Juventus Campeão!! Senhores chorando, moças se abraçando, crianças nos colos de seus pais felizes com tanta euforia. Depois de tanto tempo, toda a galera que acompanha as belíssimas tardes na Javari foi recompensada com um título.


Jogadores do Juventus comemoram o título em cima do banco de reservas da equipe. Foto: Fernando Martinez.


Toda a delegação juventina no pódio, recebendo as medalhas de Campeão. Foto: Victor Minhoto.


Mais festa no pódio. Foto: Victor Minhoto. [140209]


Toda a equipe juventina dando a volta olímpica em plena Rua Javari. Foto: Fernando Martinez.


O eufórico Syller dando uma cafungada no calção do angolano Johnson. Foto: Fernando Martinez.

Foi fantástico, todos os membros do Clube dos Doentes com um sentimento especial em relação à conquista. A maioria de nós nunca tinha (e nem imaginava que aconteceria) visto o Juventus ser campeão de alguma coisa. E era algo que a gente sempre tinha como sonho. Não temos como descrever direito o que sentimos naqueles momentos.


Estevan fingindo que manja de samba pra estravazar sua euforia. Foto: Emerson Ortunho.

Só dois pontos negativos no meio de tanta festa: o fiscal da FPF que não deixou ninguém, mesmo com identificações de imprensa, entrarem no campo para poderem registrar melhor a festa. Inclusive nós, que estávamos autorizados, mas fomos impedidos por causa da truculência do rapaz. E a presença dos inúmeros puxas-sacos dentro do campo: políticos que nunca foram lá, diretores que nunca ajudaram o futebol e aspones de plantão tiveram seus acessos garantidos dentro do campo. Nota 0 para a FPF, que mesmo com isso não tirou o brilho da conquista.

Fica aqui o registro de como o JOGOS PERDIDOS foi pé-quente para o Juventus. Só um jogo dos Atomic Grapes em casa não teve cobertura do JP (justamente contra o Noroeste, na primeira fase). Desde o jogo contra o Flamengo de Guarulhos, em 30 de janeiro passado (vitória por 5 a 3) até a grande final estávamos lá. Acredito que não tivemos cobertura assim em nenhum site ou jornal de esportes por aí. Mais um ponto positivo para nós! Saímos da Javari ontem com sensação de dever cumprido, e nos sentindo um pouco campeões também.


Estevan, Emerson, Syller e Fernando: também somos campeões!! Foto: Vinícius Pavani.

Vale registrar que todo mundo aqui também é campeão: Sérgio Manjuillo, Alfredo, Mena, Valentim, Jorge Múcio, o sumido André 'Seixas', Édson Natali, Fernando Galuppo, Leandro Giudici, Glauco, o Buda e o torcida 'uniformisada', o Datena e o Darth Vader, seu Lupércio 'Saraiva', João (do anuário), o grande Maurício de Nassau, o Luiz Fernando Bindi, o Ricardo 'Brida', etc, etc, etc... desculpem se esqueci de alguém.


Mais uma taça para a sala de troféus do Juventus: Campeão Paulista da A2 de 2005. Foto: Fernando Martinez.


A foto está escura, mas vale o registro: a alucinada galera juventina fecha a Avenida Paes de Barros. Foto: Fernando Martinez.

E mesmo agora, com o final da A2 e A3, o JOGOS PERDIDOS está de olho nas principais competições para o segundo semestre: Copa FPF, paulista sub-20 (1ª e 2ªdivisões) e Brasileiro Série C. Tudo isso além da continuação dos paulistas sub-15 e sub-17 e o andamento da fantástica Segunda Divisão Paulista, que volta à toda no próximo final-de-semana aqui (e com novidades geniais). Fiquem ligados!!

Até a próxima

Fernando

Grêmio Barueri Campeão Paulista da Série A3 2005

Fala pessoal!

Ontem foi um dia especial para o Clube dos Doentes. Duas finais de campeonato, duas voltas olímpicas, dois novos campeões do futebol paulista no mesmo dia: fantástico!!! Finais da A2 e A3 no mesmo dia não acontece toda vez, por isso que fizemos questão de acompanhar os dois jogos in loco.

De manhã a maioria do povo ainda estava descansando das tarefas domésticas, mas eu e o Emerson (junto com seu primo Vinícius, direto de Bebedouro) madrugamos e fomos conferir a grande final da série A3 em Barueri: Grêmio Barueri e Palmeiras B.


Times perfilados para o Hino Nacional em Barueri. Foto: Fernando Martinez.

Chegamos bem cedinho lá, às 9 e 15 da matina, para evitar qualquer tipo de confusão ou fila infernal na hora do jogo. Dito e feito, quando faltavam por volta de quinze minutos para o início do jogo, a fila dava a volta no complexo esportivo que está o Estádio Orlando Batista Novelli, e a galera toda demorou muito para conseguir entrar lá.

Conseguimos um lugar, até certo ponto, tranqüilo e sem maiores confusões. Apesar de vermos o jogo em pé, não foi tudo aquilo de ruim que costumamos enfrentar em jogos assim. E vale registrar que o estádio estava lotado! Isso mesmo, por mais que a imprensa e os pseudo-jornalistas de plantão digam que esse futebol não interessa a ninguém, sempre vemos públicos expressivos em jogos como esse.

O jogo foi muito bom e movimentado: o Grêmio Barueri começou bem melhor e perdeu duas chances preciosas. Como quem não faz toma, o Palmeiras B acabou tomando conta do jogo e começou a criar ótimas chances. Numa delas, o jogador número 11 do time (não sei o nome) fez o que parecia impossível: perdeu o gol mais feito que já vi na minha vida (mais do que o gol que o Bobô perdeu no jogo Corinthians 5-1 Cianorte): o Alex Afonso chutou cruzado e fraquinho, a bola bateu na trave bem devagar e veio para o meio da pequena área, esse figuraça (não sei o que ele quis fazer) conseguiu chutar a bola por cima da trave (!!!). Juro que o estádio todo ficou sem reação. Mesmo com esse baque, o Palmeiras B fez seu gol antes do final do primeiro tempo, através do Alex Afonso. Gol esse que daria o título para a equipe alviverde.


Ataque do GRB no primeiro tempo da partida. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo, o Barueri voltou bem melhor e perdendo várias chances. Ás vezes o Palmeiras chegava, mas sem perigo. Tudo isso acabou sendo recompensado aos treze minutos, quando Leandro empatou o jogo depois de uma grande defesa do goleiro alviverde numa cobrança de falta, mas que no rebote acabou não tendo mais sorte.


Jogada na lateral do gramado pela final da A3 2005. Foto: Fernando Martinez. [140209]

Daí até o final do jogo, tivemos boas chances para os dois lados, mas como o Grêmio Barueri jogava pelo empate, acabou se tornando o grande campeão da Série A3 do Paulistão 2005!!!


Pessoal do Grêmio Barueri comemorando o título logo após o final do jogo. Foto: Fernando Martinez.

O que fica de legal disso tudo é ter acompanhado essa equipe desde sua fundação em 2001. O Clube dos Doentes já tinha visto o Roma, na sua participação da Copa SP de Juniores em 2001, e na época achamos bem legal mais um time novo. Desde então, acompanhamos todos os passos do time: eu fui o primeiro a ver um jogo da equipe, dia 23 de maio de 2001, num empate de 2 a 2 contra o Guaçuano. Depois mais jogos que todos estiveram presentes, contra Amparo, União do Vale e Serra Negra por exemplo. E vimos o time subir as quatro vezes seguidas (2002-03-04-05), da extinta B3 até a A2 de 2006.

Isso é o que a gente curte, e é legal se sentir parte da história também. Assim como com o Palmeiras B, que vimos na sua primeira partida oficial até seu acesso para a A2. Parabéns aos dois!!!


Emerson e Fernando, mais uma página na história do Clube dos Doentes. Foto: Vinícius Pavani.

E à tarde tivemos a final da A2. Esse sim um dos Especiais da vida de todos que estiveram presentes na Javari na data de ontem. Daqui a pouco tem mais.

Até daqui a pouco

Fernando

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Uma Volta ao Passado, volume 3: AA Ferroviária/AA Botucatuense (Botucatu/SP)

Olá,

Na última quarta-feira, quando estive em Botucatu, aproveitei para visitar dois clubes que atualmente não mais disputam campeonatos profissionais. São eles: A. A. FERROVIÁRIA e A. A. BOTUCATUENSE.

AA FERROVIÁRIA


Escudinho da Associação Atlética Ferroviária, de Botucatu.

Conhecida como "Gigante da Baixada", essa agremiação foi fundada em 03/05/1939 por funcionários da extinta Estrada de Ferro Sorocabana de Botucatu e disputou campeonatos de acesso desde 1948 até 1967, com uma única ausência em 1953. Sua maior revelação foi o lateral direito Zé Maria, campeão mundial em 1970, que atuou na Portuguesa e Corinthians e que hoje dá nome ao ginásio poliesportivo da AAF.


Ginásio da AA Ferroviária, em Botucatu. O clube fica ao lado da estação rodoviária da cidade. Foto: Fernando Martinez.

Atualmente a Ferroviária é um clube voltado para a parte social, contando com aproximadamente 1.200 sócios titulares e dispondo de uma grande área muito bem cuidada, composta por conjunto aquático, piscina térmica, ginásio poliesportivo, sede social, restaurante, sauna, jardins, salão para festas, etc..

O estádio de futebol Dr. Acrísio Paes Cruz ainda existe e encontra-se em excelentes condições, com arquibancadas de concreto e de madeira em muito bom estado, gramado de boa qualidade e possuindo inclusive refletores. O estádio vem sendo utilizado atualmente pelas equipes de base (sub-13, sub-15 e sub-17), veteranos, sócios e eventualmente pela equipe feminina do Botucatu F.C..


Vista da arquibancada coberta do Estádio Acrísio Paes Cunha, da AA Ferroviária. Foto: Orlando Lacanna.




Vista da arquibancada descoberta do Estádio Acrísio Paes Cunha, da AA Ferroviária. Foto: Orlando Lacanna.

Considerando as condições do estádio, a AAF poderia tranqüilamente disputar a nossa Segunda Divisão sem nenhum problema. Mas infelizmente para nós do JOGOS PERDIDOS, à curto prazo não é a idéia da atual Diretoria e nem dos sócios que a elegeu em março de 2005, pois a chapa de oposição tinha na sua plataforma a idéia de retornar com o futebol profissional através de parcerias, mas foi derrotada por uma diferença expressiva de votos. Enfim, esse clube tem condições de retornar ao futebol profissional o que poderá ocorrer à médio prazo utilizando jogadores que estão sendo trabalhados nas categorias de base.


Vista parcial do gramado da AA Ferroviária. Foto: Orlando Lacanna.


Time da AA Ferroviária em 1959. Em pé: João Massagista, Carlito, Alemão, João Preto, Marcelo, Fernando e Tição. Agachados: Pulga, Ipojucã, Douglas, Benê e Guanxuma. Reprodução: www.miltonneves.com.br

Quero destacar a gentileza das pessoas que me atenderam, ressaltando a Srta. Daniela e o treinador das categorias de base, o famoso "Faiada" com os quais consegui uma publicação com mais de 120 páginas denominada "O GIGANTE DA BAIXADA" que contém muitas histórias, relatos e fotos.

AA BOTUCATUENSE


Escudo da AA Botucatuense. Reprodução: Arquivo Fernando Martinez.

Conhecida como "Associação" e também como "Veterana" foi fundada em 21/04/1918 tendo disputado campeonatos de acesso desde 1954 até 1964, com ausência em 1956.

Nos dias de hoje, o clube está totalmente voltado para a parte social, com 4.200 sócios titulares que usufruem de uma grande área em excelentes condições, formada por quadras, piscinas, piscina térmica, salão de festas, parque infantil, etc. Além dessa área o clube dispõe de outras duas, sendo um clube de campo e um local para prática de esportes náuticos. Na parte esportiva o clube se dedica à natação, triatlon, judô, vôlei, bocha, tênis, futsal, entre outros esportes, tendo obtido várias conquistas em diversas modalidades.


Time da AA Botucatuense posado nos anos 60. De pé: Carrapicho, Tide, Friaça, Tisnau, Cigano e Sílvio. Abaixados: Pulga, João Preto, Jonas, Nézio e Souzinha. Reprodução: www.tempodebola.blogspot.com.

Quanto ao futebol a situação é bem diferente da que encontrei na Ferroviária, pois não há a mínima intenção de voltar a ter uma equipe profissional. Uma prova dessa política é que o Estádio Antonio Delmanto não existe mais, pois o clube foi crescendo e avançando com as obras na área em que estava o campo. Ainda resta um pequeno lance de arquibancada que será removido para novas obras. Do gramado restou 1/6 da sua totalidade, local que foi transformado em campo de futebol suíço.


O que restou da arquibancada do Estádio Antônio Delmanto. Foto: Orlando Lacanna.


Detalhe do que sobrou do gramado da Botucatuense. Foto: Orlando Lacanna.


O mesmo estádio ainda nos seus dias de glória, lotado para mais uma partida da AAB em campeonato paulista. Reprodução: www.botucatuecultura.blogspot.com.

Consegui obter informações de que a cidade de Botucatu poderá vir a ter um time profissional, através do cantor sertanejo Daniel e seu empresário Amilton Policastro, que inclusive já tem time formado e se apresenta em jogos que visam arrecadar fundos para instituições de caridades da região. Alguns jogadores dessa equipe recebem cachê e portanto, já há um esquema quase profissional.

Quero agradecer a simpatia e a atenção dos Srs.Lilico e Malagutte que além de nos prestar toda assistência durante a visita nos presenteou com uma publicação de bom padrão com mais de 120 páginas denominada "A.A.Botucatuense - 80 Anos de Glória" que contém a história do clube, depoimentos e várias fotos.

Abraços,

Orlando

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Brasileiro Série B: Portuguesa 2-0 Criciúma

Fala povo!

Já agradecendo o grande número de visitas que tivemos nos últimos dias, graças ao apoio de amigos que nem sonhávamos em ter, posto aqui um registro bem rapidinho sobre o jogo que fomos (eu, o Mílton e o Jurandyr) ontem: Portuguesa e Criciúma no Canindé.

Ontem em São Paulo foi o dia mais frio do ano, e dava para perceber claramente isso. Como estava chovendo, a diretoria lusa abriu a parte coberta do canindé. Legal, o único problema dali é que é aquele lugar aonde o vento faz a curva, deixando todo mundo congelado. Todo mundo, menos o Jurandyr, que como sempre, reclamou do calor (!!!) que estava lá, e dizendo como sempre: "Nunca mais fez frio em São Paulo", "Aqui não faz frio há mais de 20 anos!". Resumindo, o Jurandyr (do contra) de sempre.

O público foi um dos piores do ano. Tudo por causa dos últimos jogos da Lusa, e da queda de produção do time na Série B do Brasileiro. Mesmo assim, a Portuguesa começou melhor do que o time de Santa Catarina, e logo aos 13 minutos, fez 1 a 0 em cobrança de pênalti.

Depois foi um festival de gols perdidos por parte da Lusa, e o Criciúma só se defendendo. E eles conseguiram uma proeza: não deram um único chute ao gol decente no primeiro tempo. O time está se esforçando mesmo para jogar a Série C em 2006.


Falta para a Portuguesa no segundo tempo. A bola passou raspando na trave, e a galera na numerada chegou a gritar gol. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo, o jogo não teve muita alteração: a Portuguesa com a maior posse de bola, e o Criciúma só se defendendo. Deixo aqui uma nota para a arbitragem do jogo de ontem: Zero! O árbitro e seu auxiliar número 1 foram péssimos. Invertendo faltas e dando impedimentos absurdos do ataque lusitano.

O Criciúma ainda teve uma única bela chance de empatar numa cobrança de falta que bateu no travessão. A história do jogo poderia ter sido outra se a bola tivesse entrado... Depois, num dos poucos lances que o bandeira e o juiz não atrapalharam, o grande jogador Celsinho marcou, numa belíssima jogada individual, o segundo gol da Portuguesa e selou a vitória: 2 a 0. Terceiro lugar da Série B assegurado, pelo menos, até sexta-feira.


Ataque lusitano na segunda etapa. Foto: Fernando Martinez. [140209]

O jogo valeu para colocar a conversa em dia, e discutirmos assuntos importantes para o Clube dos Doentes: Módulo II Mineiro, Terceira Divisão Carioca, o Imperador Palpatine (aê Jurandyr!) visitando São Paulo e até um futuro Estatuto para a Lista do Clube. Óbvio que, com isso, conseguimos expulsar alguns torcedores que estavam perto de nós (como sempre).

É isso, agora futebol só no final de semana, com dois dos Especiais do Ano: Finais da A2 e A3 no mesmo dia em SP. Momento histórico que será devidamente registrado e fotografado pelo povo aqui do JOGOS PERDIDOS! Nos aguardem!

Abraços

Fernando

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Paulista 2ªdivisão: Tanabi 1-3 Atlético Araçatuba

Olá,

Continuando a divulgar as equipes que disputam a Segunda Divisão Paulista, no último domingo estive na cidade de Tanabi (487 km da Capital) e assisti ao vivo, no Estádio Prefeito Alberto Victolo o jogo Tanabi 1-3 Atlético Araçatuba. Apesar da distância, valeu a pena ter ido ver esse jogo, que no geral foi bom, considerando o nível dos times no campeonato. Como o Atlético Araçatuba estreou este ano no profissionalismo, vamos apresentar devidamente a equipe:


Atlético Esportivo Araçatuba - Araçatuba / SP. Foto: Orlando Lacanna.

Curiosamente o Atlético Araçatuba disputou o segundo tempo com um uniforme totalmente diferente:


Uniforme do Atlético Araçatuba. Foto: Orlando Lacanna.

No primeiro tempo o jogo foi apenas regular com poucas jogadas ofensivas dos dois times. Houve concentração dos lances entre as duas intermediárias e os gols só saíram em razão de falhas dos dois goleiros. O Tanabi abriu o marcador aos 25 minutos, através de Tiago Henrique numa falha do goleiro Carlão, que talvez pelo sol frontal à sua meta tenha perdido o tempo da bola. Aos 42 minutos o avante Gueguel empatou a partida em outra falha de goleiro, agora de Élton, do Tanabi, que não conseguiu segurar um chute fraco e no rebote permitiu o empate.


Tiago Henrique abre o placar da partida para o Tanabi. Foto: Orlando Lacanna.


Gueguel empata a partida em falha do goleiro. Foto: Orlando Lacanna.

Na etapa complementar o jogo melhorou em razão do Tanabi forçar mais as ações, embora sem muita objetividade. O Atético melhorou muito com a entrada de Cris e passou a atuar com mais velocidade nos contra-ataques. Numa dessas jogadas, o Atlético conseguiu uma falta na entrada da área, que foi muito bem cobrada por Cris, aos 34 minutos, resultando no segundo gol do Tigrão. Logo em seguida, aos 41 minutos, Cris marcou novamente. Livre de marcação ele escorou de cabeça um cruzamento que veio da esquerda.


Com outro uniforme o Atlético Araçatuba marca de falta o segundo gol. Foto: Orlando Lacanna.

Final de jogo com resultado justo e o Atlético demonstrando que ainda pode sonhar com a classificação, mesmo que seja através do índice técnico. Destaque também à boa arbitragem comandada pelo Sr. Otávio Corrêa da Silva que conduziu o jogo com tranqüilidade.


Árbitro e seus auxiliares que foram ultra simpáticos com a equipe do JP. Foto: Orlando Lacanna.

No próximo fim de semana tem mais.

Abraços,

Orlando

Paulista 2ªdivisão: Jabaquara 2-0 Palestra

Buenas!

Vamos então ao meu joguinho do domingo: Jabaquara 2 x 0 PSB no Estádio Espanha, em Santos. E o Leão agora é líder, após essa grande vitória e com a derrota do ex-líder São Bernardo. O Jabaquara fez um primeiro tempo quase impecável e atacou do início ao fim procurando o resultado.


Zaga do PSB afasta mais um ataque do Jabuca. Foto: Emerson Ortunho.


Marcelo cobra falta que tira tinta da trave. Foto: Emerson Ortunho.

A pressão foi tanta que o Jabuca conseguiu os dois a zero ainda no primeiro tempo e podia ter sido mais. Mas no final dessa etapa, o volante Dick, que é um dos destaques do time, comenteu uma infantilidade e foi expulso pelo árbitro. Com um a menos o Jabaquara voltou do intervalo mais cauteloso, o técnico Coutinho colocou mais um zagueiro e procurou administrar o resultado. O PSB lutou bastante em busca do empate, mas a falta de pontaria de seus atacantes não deixou o resultado mudar.

Então é isso. Final de semana muito proveitoso.

Abraços!

Emerson